quinta-feira, setembro 29, 2005

O restyling do xanax do lusco-fusco...

Já passaram mais de duas semanas, penso que já posso fazer uma avaliação...a pré-campanha eleitoral? Não, mais importante do que isso...o “Morangos com Açúcar” mudou de elenco!!!

No preciso momento em que o meu distinto colega de blog acabou de ler o pretérito parágrafo, começou a soltar um “Oh não...”#$%-%&”. De qualquer maneira eu acho que após tantos posts sobre a Fátima F., o Avelino F.T. e o Alberto João J., o nível dificilmente descerá mais, mas vou tentar o meu melhor...

Este novo elenco tem desde logo contra si o facto de já não ser a série de verão, terá então menos oportunidades de mostrar os seus dotes de representação em bikini, mas tem feito calor em Setembro e os produtores da série mostram-se atentos...

Parecem existir menos modelos de 25 anos a representar adolescentes, como era normal na série anterior...Acontecia que, em certos episódios antigos, quando no colégio foram obrigados a usar uniforme, a série pouco perdia para certos colegiais sites japoneses. Agora há putos que parecem mesmo putos.

Saúdam-se as seguintes melhorias:
- Eliminaram quase por completo do elenco a faixa 8-12 anos, já que, de facto, os pirralhos não traziam nada de muito interesse à série.
- Reforçaram a onda étnica com a introdução de uma estudante de intercâmbio cabo-verdiana, mulata simpática e muito agradável à vista, mas com graves problemas de dicção, mas isso nunca foi óbice neste programa. Há também um estudante oxigenado sul-africano que veio para Cascais, fugindo à violência da Cidade do Cabo, mas isso não interessa nada. Se o gajo tem ido para Amadora, saía-lhe o tiro pela culatra, e ganhava-se no género comédia negra...
- Só temos de aturar metade dos elementos dos D’ZRT. No entanto, se um dos que ficou tivesse sido aquele elemento que não fala, o efeito teria sido potenciado.

Lamentam-se as seguintes faltas:
- Não terem transferido a polícia loura da patrulha de BTT “Praia Segura”(também com problemas de dicção) para a patrulha da “Escola Segura”.
- A professora de Educação Física foi substituída por um professor de Educação Física.
- A esquizofrénica parafernália de cores existente na decoração dos cenários e na maquilhagem das bimbas/fúteis/más-da-fita. Assim é difícil ao espectador concentrar-se em admirar todo o trabalho de actor patente...

Uma referência à parte para a presença de duas actrizes que participaram nessa seminal e mítica série da RTP: “Riscos”. De facto, a Ana Zanatti foi promovida de “Stôra-Margarida” a “Directora-do-Colégio-da-Barra-com-um-par-de-óculos-diferente-para-cada-toilette” e a Paula Neves passou de “Adolescente-Marrona-que-não-deixa-o-Namorado-Marrão-tocar-lhe-porque-não-sabe-se-O-ama” a “Bibliotecária-hyppie-com-jeito-para-o-violoncelo”. Regista-se o facto da Paula Neves abrir um pouco mais a boca quando fala, os progressos em relação ao “Riscos” são notáveis...e também já não está tão selvagem.

No “Riscos” o enredo era gizado pelo método tômbola (onde é que eu já li isto). Cada actor rodava o “zingarelho” e via a desgraça que lhe calhava em sorte. Isto demonstra o calibre dos actores dessa altura ...de facto, não é fácil para um actor representar um atlético rapaz de 17 anos ex-toxicodependente, marrão e bulímico que descobre, para além de estar grávido, que é seropositivo pela 4ª vez...

Voltando ao Morangos, eu vejo a série quando posso, 1/4 de hora daquilo e a minha cabeça fica isenta das agruras do trabalho, só fica o neurónio-piloto ligado...”Faz desporto!!!” argumentarão vocês...e eu faço, 4 vezes por semana, por volta das 20h, quando o Morangos acaba, e o Telejornal começa...vou para os jogos de volei e de basket com a cabeça mais leve...assim, salto mais alto...

Ouvi ontem na rádio que lançaram o “Duarte&Cª” em DVD. Outra série da RTP mítica e seminal, mas neste caso acabou em aborto natural, porque nunca mais houve séries daquele tipo...e tão boas...fica para depois a história de um encontro com um dos actores dessa série (Canto e Castro/”Prof. Ventura”) e a efabulação dessa mesma história pelos meus amigos...

A escrita deste post é consequência directa do que passou: aqui!!!

E, à noite, também sem novidades

O início da carreira foi, definitivamente, prometedor. Por vezes até achava que o Tricky era sobretudo bom a compor para a voz dela (passe o exagero, os puristas do senhor que me perdoem a ousadia). Há uma versão ao vivo, na BBC, de “Suffocated Love”, disponibilizada em tempos idos aí pelo racional, que é uma verdadeira malha; meia acústica, meia qualquer coisa. Mas quando ouvi a primeira música a solo (“Need One”), confesso que Martina me desiludiu um pouco. Descansei em demasia sobre o assunto (erro recorrente). Agora, deparei-me com “2 sons” que me tomaram de assalto.
Já lá vai algum tempo desde que ouvi uma canção manifestamente triste de que tenha gostado (isto assim escrito não soa nada bem).
The size
Just seems to get bigger
The prize is, well, just go figure
When I think way back when I can't go back again
A sonoridade de “Anything” tem qualquer coisa que me faz lembrar aqueles tipos que só falavam de coisas melancólicas lá nos eighties… daqueles que as faziam bem feitas. Ou então, o efeito das férias já se foi definitivamente…
Noutro tipo de registo, muito mais descontraído:
We get trigger happy
Got the feeling all day and night
We get everybody
To sing along in the summer night
Isto aqui resvala um bocado para o popezinho levezinho, para o comercialóide daquele que nada acrescenta à história da música, à sua verdadeira essência e tal e tal... Nos cânones do século XXI ninguém registará a performance desta senhora em “Soul food” e pois, pois, pois... Mas eu gostei e, depois da anterior, lembrei-me que não são precisas férias para se andar bem disposto. Se calhar isto tem alguma coisa a ver com o nome do álbum: “Quixotic”. Talvez sim, talvez não. Seja como for, quem tem uma voz destas não devia parar de editar.
In the morning
We're all singing
We're all free, yeah
Lx
PS – Apesar de aparentemente em actualização, as fotos saíram de Martina Topley Bird. E, entretanto, já gosto mais de “Need One”, agora que passaram dois anos...

Crónica do Racional: Mas que grande melão...

...no aniversário do dragão...o FCP ontem fazia 112 anos...

Estou sem palavras...

quarta-feira, setembro 28, 2005

Velharias pela manhã

De regresso às manhãs de quarta desarranjadas, estava a precisar de algo que reorientasse a minha escassa capacidade de concentração. Desta vez a escolha recaiu sobre uma terapia de choque.




Para mim, não se trata apenas da voz. É mais uma visão de conjunto. De “Natural Born Killers”, a “Cape Fear”, a, sobretudo, “Strange Days”, as recordações acabam sempre por lhe reconhecer um talento fora do vulgar. Talvez a voz seja demasiado monocórdica, os enredos e as personagens excessivamente bizarros e, de certa forma, tristes. Mas há coisas que não se compram.


Bom, “rockalhada” da boa, distorção e bateria musculada. Talvez fosse disto que eu precisasse de manhã. Apesar de antigo (mais uma para a “crónica das velharias”) só agora ouvi parte do álbum. E antigo ando eu também, que música desta não é propriamente actual e insisto em gostar de pensar que me faz mais novo.
Mais uma vez, obrigado Juliette.

Lx

PS – Fotos retiradas do site oficial da banda Juliette & The Licks

terça-feira, setembro 27, 2005

Crónica do Racional: os treinadores tômbola...

Jorge Jesus foi anunciado como treinador no U.Leira na 2ª feira.

Eu não percebo isto...há uma série de treinadores em Portugal que, apesar de raramente permanecerem mais de 1/2 época no mesmo clube, nunca têm falta de emprego. Sobrevoam os clubes de média e pequena dimensão como abutres, quandos lhes cheira a chicotada psicológica...
Felizmente que os nomes começam um pouco a mudar, alguns com mais sucesso que outros, mas continuo com a sensação que existe uma tômbola secreta na Liga de Clubes onde se tira à sorte (ou ao azar) o treinador a contratar...já estou a imaginar o Presidente do Gil Vicente:
"Vai, gira, gira, minha p#$%...cuidado, cuidado...oh, não!!! O Luís Campos 2 vezes em 3 épocas, f"#$-se, pá...Oh Major, esta porra 'tá empenada! Peça lá emprestada a tômbola do "Preço Certo em Euros" ao gordo..."

Quanto aos nomes da tômbola, sugiro alguns:
Manuel Cajuda, Manuel José, Mário Reis, Manuel Fernandes, José Romão, João Alves,Vitor Manuel, Vitor Oliveira, Jorge Jesus, Horácio Gonçalves ou o Luís Campos, este está quase a ser retirado do sorteio por incompetência crónica...

Depois admiram-se que o futebol português não progrida...o que vale é que estas personagens normalmente dão conferências de imprensa de matar a rir, só comparáveis no estilo ao Gabriel Alves, mas com sotaque regional...

E pensar que nessa tômbola já esteve o Mourinho ou o Autuori...agora lançar o Norton de Matos é que é brincadeira de mau gosto...

"Calquer diã ê falo dutra tombla kê conhesse..."

Ps: O artwork é uma joint venture entre mim e o Google... fez-se em 3 minutos!!!

Autárquicas II – “O regresso”

Esta talvez seja a melhor altura para tentar perceber o que realmente se passou. Isto porque, daqui a pouco tempo, começa a campanha e, aí chegados, deixo de perceber e de querer perceber o que quer que seja.
Conjugando todas informações oficiais, espero não estar a cometer nenhum erro ao afirmar que a verdade registada em documentos oficiais para a posteridade é a seguinte:

- A Dr.ª Fátima Felgueiras é candidata de legítimo direito à câmara municipal de Felgueiras, nas eleições autárquicas de 2005.
- Apesar de existir um mandato de captura em seu nome, a sua aparente deslocação para o Brasil e consequente regresso em período eleitoral não constitui nenhum crime à luz do direito português.
- Só no dia do seu regresso é que é oficialmente candidata.
- No dia do seu regresso já existem cartazes de Fátima Felgueiras espalhados por Felgueiras.
- Não foi efectuado nenhum contacto entre a candidata e qualquer órgão de soberania português (como o governo ou os tribunais). Nem mesmo com nenhum partido.
- Não existe perigo de fuga.
- Os rendimentos por si auferidos no passado foram suficientes para viver dois anos no Brasil e pagar as despesas judiciais inerentes ao processo.
- O Dr. Jorge Coelho de nada sabia há quatro anos e, como tal, este é um assunto que hoje não lhe diz respeito, apenas à justiça. O PS tem um novo candidato à referida câmara municipal.
- Temos a melhor legislação, juízes, governo, autarcas, advogados e empresas municipais do mundo. Quem considerar o contrário não está a agir de boa fé.

As minhas desculpas antecipadas se omiti um qualquer outro facto oficial. Desde já sublinho que, se tal aconteceu, foi um acto involuntário.
E porquê então todo este alarido?

Lx

PS – Foto descaradamente roubada a Fátima Felgueiras.

segunda-feira, setembro 26, 2005

1 fim-de-semana, 2 filmes...

Na sexta-feira fui ver o filme “À Boleia pela Galáxia” uma comédia de ficção científica, com uma muito britânica crítica social, baseada num best-seller dos anos 80. Marvin, o robô maníaco-depressivo, é impagável, disputa taco-a-taco com o R2-D2 a liderança do campeonato dos autómatos mais cool do cinema. Como este filme não vem directamente de Hollywood, era sexta-feira à noite, a sala de cinema era num hipermercado e os três duques actuavam ao lado, eu era o único espectador...sim, o único espectador.

Mas tinha–me dado mais jeito ter visto o filme que vi ontem no CAE, sozinho...O “9 songs” foi o segundo filme com sexo explícito, mas mesmo explícito, que vi na minha vida (fora a pornografia, onde os actores são máquinas...eheh)...e o primeiro numa sala de cinema...o primeiro, foi o famosíssimo “Império dos Sentidos”, mas esse vi-o em tenra idade e fazendo muito uso do fast-forward do vídeo, porque o espanto da descoberta era mais forte do que tudo...

Em filmes pornográficos será difícil (mas não impossível) ligar-nos aos filmes, devido à ausência de enredo, de romance, aos cenários caricaturais, ao automatismo do sexo...neste filme, não...a verosimilhança com a vida real é grande e deixou-me incomodado...porque o que ali é retratado, é, para mim, de um foro pessoal muito restrito...não digo que não veja mais filmes assim, apenas acho que não me sinto confortável em vê-los no cinema...e isto é inato, não vale a pena grandes análises. A prova está no facto de que eu não imaginei sequer que iria sentir esse incómodo...

Alguma crítica acusou os actores de inexpressividade, talvez tenham razão...no entanto não será de excluir a hipótese de essa inexpressividade ser intencional...afinal, se todos nós tivéssemos relações (sexo, afecto, diálogo) expressivas e vividas apaixonadamente, não haveria divórcios nem separações...

O filme é mesmo pobre de diálogos e de história, para aí 80% dos seus 70 minutos, são de actos sexuais, e é, no fundo, o retrato da memória que um tipo tem sobre uma relação passada...mas será mesmo possível que, na memória de uma pessoa, uma relação se possa basicamente reduzir ao sexo e outros quaisquerbons momentos (neste caso os concertos de música)?...eu, acho que sim, é possível...

Ainda não sei se gostei do filme, mexeu comigo, por isso não pode ser completamente inútil...mas, o tal incómodo não me permite uma análise fria...tenho de rever o filme daqui a uns tempos...

Do que eu gostei de certeza, foi das imagens do concertos na Brixton Academy (não hei-de morrer sem lá ir) a que o “par romântico” assistia regularmente. Black Rebel Motorcycle Club, The Von Bondies, Elbow, Primal Scream, The Dandy Warhols, Super Furry Animals, Franz Ferdinand e, espante-se, Michael Nyman...todos, em grande nível, cada um ao seu estilo…

Ficam duas máximas para a vida, que cada um dos filmes me deu:

Sexta-feira: “DON’T PANIC!!!”
Domingo: “ONLY UNHAPPY PEOPLE CAN’T DANCE.”

Esta última, no meu caso, é complicada…

Irracional desinspirado

Contaram-me que, certa vez, um treinador de basquete, ao exasperar com a “exibição” da equipa, se virou para o banco e disse: “tu, tu, tu, tu e tu, entrem!”. Um dos “tus”, mais estupefacto que o nosso Aníbal, terá perguntado timidamente (até porque isto era um jogo dos escalões de formação) “Mas, para que posições?”, “Não quero saber, tirem-me aqueles palhaços dali”.
Rochemback, Carlos Martins, Custódio e Hugo Viana. Para mim, era este o meio campo ideal no ano passado. Entretanto surgiu o João Moutinho, o que permitiu fazer aqui umas variações. Este ano não há Rochemback. Este ano não há Hugo Viana. Por enquanto, o Carlos Martins e o Custódio estão lesionados. Sobra então o João Moutinho.
Combinado que estava encontrar-me às 20:00, saí de casa assim que se confirmou que o Alonso era campeão do mundo. Mas eis que chegado à entrada do Metro me lembrei que faltava algo. Pois, a “Box”. Por esta altura eu devia ter começado a desconfiar que alguma coisa não ia correr bem... É que a noite foi mais ou menos nesta toada. Alcançaram-se os objectivos, mas com excessivo dispêndio de emoções.
Morno, tudo muito morno no início; do público ao futebol. Instalou-se uma certa falta de entusiasmo, que, em Alvalade, rapidamente descamba para um coro de assobiadelas e espírito de auto-flagelação.
Aos poucos, o Polga começa a falhar bolas fáceis; felizmente, não dão em nada. Falham-se passes, joga-se mal. Finalmente uma triangulação bem feita, o Deivid aparece rapidíssimo vindo não se sabe bem de onde, passa um, consegue adiantar a bola face ao guarda-redes e cai. Estádio em pé. O árbitro apita, aponta “penalty”. Grande confusão, muitos jogadores a reclamarem. Vejo um cartão vermelho, mas não percebi bem para quem era. Fica toda a gente em campo? Começo a ver o Marco Tábuas a aquecer, mas o Moretto continua lá. Perde-se tempo, muito tempo. Cerca de 7 minutos entre o lance e a entrada do novo guarda-redes. O público não para de reclamar - hoje não é um bom dia para ver futebol.
Liedson fixa a bola. Finalmente, palmas, finalmente palavras de incentivo, finalmente os cânticos. Mas o remate sai denunciado, frouxo e à figura. Vêm-me à memória as boas exibições do Marco Tábuas contra os três grandes...
Bem, temos um a mais, pior não ficámos. O Vitória começa a queimar tempo sempre que pode. O público ainda mais nervoso. Entrada dura sobre o Tello, nem falta é. Contra-ataque que não dá em nada. Sai o Tello lesionado e entra o Paíto; mantém-se o “esquema táctico”. Parte do público não concorda, mas a estreia do Moçambicano no campeonato sempre dá direito a palmas. Ele não é muito certo a defender, nem muito certeiro a atacar; mas não lhe faltam nem velocidade nem vontade. Curiosamente, assim que intervém parece calmo (o mais calmo em campo...). À segunda, domina bem a bola (!) e, com pouco balanço, faz um bom centro. Alguém consegue dominar de peito e escapar-se ao defesa. Parece o Liedson. Rematou! Golo! Finalmente boas notícias. E era o Deivid.
Na segunda parte, Peseiro, “o grande estratega”, decide tirar o Luís Loureiro e meter o Wender. A explicação, não sei bem qual foi, mas admito que os quatro cartões amarelos do Loureiro nesta liga (a um da suspensão) e a lesão do Custódio possam ser bons motivos para gerir o plantel - jogo em casa, contra uma equipa que tinha menos um jogador em campo. Já quem iria ocupar o lugar de trinco, estou ainda sem perceber. Ou então era para jogar sem trinco.
Não se jogava futebol, o que fazia com que “Pinigol” voltasse a ser o avançado centro suplente mais aclamado do mundo - creio que foi Eça de Queirós que um dia escreveu sobre um político que, por nunca falar, na assembleia, era o mais prestigiado de todos. Do género Sócrates (e Jerónimo) na campanha para as legislativas e Cavaco nas presidenciais. O problema é que, quando o fez, a sua aura desapareceu. Chamemos a este fenómeno o "efeito Pinigol”. Mas para entrar o Pinilla, quem sairia? E quando é que estes tipos começam a jogar à bola? O melhor era tirá-los a todos. Todos, menos o Tonel (sempre a despachar), eventualmente o Douala (é caso para dizer que a incerteza é uma técnica apenas ao alcance de alguns – magníficos momentos como o da “bola bate no joelho esquerdo e depois no calcanhar direito, e com esta deixo dois para trás porque sou mais rápido”) e, claro (pensava eu), o Liedson (que correu imenso a atacar e a defender) e o Deivid, dupla que com o meio campo do ano passado... De resto, salvo algum que não me lembre, acho que era de lhes aplicar um : “tu, tu, tu, tu e tu, entrem!”
Sai Liedson e entra o Beto... Numa tentativa de esclarecer o meu conturbado espírito, tentei efectuar uma análise fria e esquemática da situação. Estamos, portanto, a ganhar 1-0, em casa, contra o Vitória de Setúbal, que desde os 19’ tem um a menos. Tiramos um avançado, melhor marcador do ano passado, para colocar um defesa central e subir um dos centrais para trinco. A complexidade táctica destes movimentos só está ao nível eloquente de um predestinado; alguém como o visionário que desencantaram para treinador da equipa de futebol de 11 profissional do Sporting. Eu nunca imaginei foi que houvesse tanta gente a conhecer a mãe do Peseiro na intimidade. Nem a intensidade do "efeito Pinigol".
Acabou. Felizmente, não empatámos. Como no ano passado.
Lx
PS - sem fotos, que isto hoje também não estava a funcionar

Portugal está oficialmente deprimido e a prova é...

...que os Sigur Rós entraram directamente para o 5º lugar da tabela de vendas com o seu 4º álbum "Takk".

Eu melancolicamente contribuí para o facto, encomendando a minha cópia na 4ªa feira...

sexta-feira, setembro 23, 2005

Eu hoje "estou-lhe a dar" com esta do "copy/paste"...

... mas cá vai mais um:
"Os três telejornais da noite abrem com extensas coberturas do "caso do dia": o regresso triunfal de Fátima Felgueiras ao país e à sua coutada eleitoral. A alegria, o entusiasmo, a emoção são visíveis na voz dos repórteres, nas manifestações de histeria dos populares, no próprio rosto de alguns polícias que conduzem a "arguida" perante a juíza da comarca, que, em tempo absolutamente recorde, chamou a si a foragida, subtraindo-a à alçada da PJ e à prisão, e, antes mesmo da hora de abertura dos telejornais, já tinha decidido um recurso interposto horas atrás contra a sua prisão preventiva, mandando-a em liberdade. Ela própria, a "heroína" do dia, estava resplandescente, parecia um general romano regressando vitorioso de uma campanha no Oriente. E que grandes feitos de campanha cometera ela para ser assim levada em triunfo? Andara dois anos e meio fugida da justiça. Fátima Felgueiras é acusada em justiça pelos crimes de corrupção passiva, peculato e abuso de poder, cometidos no exercício das suas funções de presidente da câmara. O povo não quer saber desses detalhes: a senhora fez obras na terra, ajudou os velhinhos e ia a pé para a câmara todos os dias, "cumprimentando toda a gente pelo caminho". Por isso, o povo adora-a, e os que o povo adora nunca podem ser culpados dos crimes que o povo atribui normalmente aos políticos: apenas são vítimas de "cabalas" e "perseguições". Os próprios jornalistas parecem ter por ela uma estima particular: em tom condescendente de quem acha que o mundo nunca poderá ser perfeito, explicam-me que ela não é mais do que o bode expiatório de um esquema largamente em uso nas autarquias e destinado a financiar o partido por debaixo da mesa. Estão a ver, coisas de somenos: uma licençazinha de construção em zona protegida a troco de uma contribuição para a campanha do partido, um contrato de fornecimento com a câmara a troco de uma subfacturação que a todos serve e permite guardar o remanescente para financiar a candidatura do camarada tal, excelente filho da terra.Por isso, Fátima parece gozar da indulgência de todos. Quando finalmente é emitido um mandado de captura contra ela, consegue saber antes de toda a gente e, no próprio dia, foge para o Brasil, onde, durante dois anos e meio, continua a ser notícia venerada, lançando veladas ameaças à justiça e ao partido, e continuando, lá em Niterói, a receber o ordenado de autarca, porque, sendo as interpretações da lei necessariamente confusas (de outro modo, de que viveriam os autores dos "pareceres" jurídicos, que são, muitas vezes também, os autores das leis?), a lei não é clara sobre a questão de saber se alguém que vive no Brasil e que o tribunal suspendeu de funções e mandou prender pode continuar, mesmo assim, a poder ser considerado presidente de câmara em funções. Mas isso são pormenores, apenas uma gota de água no oceano dos nossos impostos. O essencial é que o povo e os seus defensores concordam com a tese dela de que, se alguém se declara inocente, tem o direito de não ir para a prisão, independentemente de a justiça pensar o contrário e insistir em julgá-la. É claro que podemos sempre apresentar as coisas de outra maneira: se alguém que exerce funções públicas é acusado por crimes patrimoniais no exercício das suas funções, deve interromper essas funções e explicar-se em tribunal, ou deve fugir e proclamar-se mártir da justiça? O povo, claro, acha que os políticos devem ser responsabilizados, sobretudo os "corruptos". Mas também acha, devido ao tal mecanismo de "proximidade democrática", de que o poder local é o exemplo máximo de méritos, que deve haver excepções. O "seu" político não é igual aos "outros" políticos. Se assim não fosse, não haveria prisão preventiva para ninguém, o que também não está certo.Há, pois, excepções. Excepções ao bota-abaixo com que o povo classifica todos os políticos em geral. Fátima é a excepção de Felgueiras, Valentim a de Gondomar e do futebol, Isaltino a de Oeiras, o incrível Torres a de Amarante. Todos eles têm em comum o facto de a justiça, por uma razão ou outra, desconfiar que eles não são cidadãos recomendáveis para funções públicas. Todos têm em comum a circunstância de os respectivos processos (especialmente os de Ferreira Torres) se arrastarem de tal forma que nunca a decisão chega a tempo de evitar a sua reeleição. E todos têm em comum o facto de, a 9 de Outubro próximo, virem, muito provavelmente, a ser eleitos presidentes de câmara, graças ao mecanismo da absolvição democrática, que é mais rápido e mais eficiente do que a absolvição judicial. A 9 de Outubro próximo, o país vai-se confrontar com o sintoma mais deprimente da degradação da nossa democracia. E não adianta fingir que Felgueiras, Gondomar, Amarante e Oeiras são maus exemplos que não representam o todo. Simplesmente, não é verdade. Basta olhar para muitas das caras de candidatos que enxameiam o país, de norte a sul: nem é preciso chamar o Ministério Público, está lá tudo escrito, nas caras deles. Portugal inteiro está cheio de casos semelhantes e, pior do que isso, todos sentimos que o sentimento geral do país é a complacência, quando não a veneração perante eles. Se por acaso vos aconteceu tropeçar numa coisa chamada Gala dos Dez Anos da Caras, sábado passado na SIC, talvez vos tenha acontecido perder de vez as ilusões. Nem nos mais obscuros tempos do Estado Novo se chegou ao extremo impudico de ver o povo à porta do Condes para aplaudir uma fauna indescritível de gente que de relevante tem apenas a extrema saloiice a que chamam glamour e uma comum e absoluta inutilidade social, profissional e cívica. Houve tempos em que o país se dividia - e dividia ferozmente - por ideias políticas, projectos pessoais, rivalidades empresariais, querelas culturais. Mas os simplesmente bandidos, medíocres ou nulidades patentes ficavam à porta. Dir-me-ão que em todos os países existe uma sociedade rasca, e em última análise digna de dó, que só sobrevive porque alimenta as ambições e ilusões do menu peuple, e isso, por sua vez, alimenta uma comunicação social de género que, hoje em dia, é, aliás, próspera. Isso é verdade. Mas também é verdade que, apesar de tudo, subsiste ainda um critério de selecção, quanto mais não seja o do pudor e o do ridículo. Que outra grande estação de televisão de um país a sério guardaria o prime time de um sábado à noite para um espectáculo tão degradante e tão deprimente como aquele?É esta profunda degenerescência de valores, de referências e de símbolos, que pode parecer inofensiva, mas que vai corroendo aos poucos a nossa democracia. Acabamos a ver, a aplaudir e a eleger gente que não convidaríamos para jantar em nossa casa. Está tudo ligado. E depois admiramo-nos por ver outros com outras responsabilidades comportarem-se como se já nada fosse verdadeiramente importante e não fosse susceptível de ser apagado pela tal absolvição democrática. Como Carrilho e Carmona Rodrigues, naquele tristíssimo debate, ou como o "impoluto" Rui Rio, achando que a arrogância, a chantagem e o silêncio conveniente perante questões de gravidade extrema chegam e sobram para ganhar eleições. E o pior é que chegam."

"O país de Fátima"
Miguel Sousa Tavares
Jornalista
Lx

Já agora, agradeço que alguém de direito me venha também esclarecer isto

"Fátima Felgueiras e as estruturas do PS estiveram em contacto desde finais de Maio com vista ao regresso a Portugal da ex-autarca, reitera hoje o jornal Público
O jornal noticiou na sua edição de quinta-feira a existência de contactos entre a ex-autarca e a cúpula do PS para acertar as condições do seu regresso a Portugal a partir do Brasil, onde estava fugida desde Maio de 2003, a par de algumas garantias recíprocas.
A Comissão Permanente do PS negou quinta-feira quaisquer contactos entre a direcção socialista e Fátima Felgueiras informando que a ex-autarca «apenas escreveu uma carta» ao partido para se desvincular de militante.
«A dra Fátima Felgueiras apenas escreveu uma carta ao PS desvinculando-se de militante, o que veio a verificar-se», escreveu em comunicado a Comissão Permanente socialista, sublinhando ser «totalmente falso» que Fátima Felgueiras e a direcção nacional do PS tenham falado sobre o seu regresso, na quarta-feira.
Contudo, hoje o jornal Público garante que os contactos entre Fátima Felgueiras e o PS ocorreram «desde finais de Maio e foram estabelecidos, pelo menos, com dois membros do secretariado nacional dos socialistas».
«Tal aconteceu depois de Fátima ter deixado ameaças veladas sobre aquilo que poderia vir a revelar no julgamento», acrescenta o diário.
O Público diz ainda que «no segundo fim-de-semana de Setembro, o interlocutor do PS terá mesmo solicitado que alguns dos elementos ligados à candidatura de Fátima Felgueiras fossem postos ao corrente da situação, para assim se absterem de afrontar a candidatura oficial do PS em Felgueiras».
Segundo o jornal, quando chegou ao Porto, na quarta-feira, e foi entregue aos responsáveis da Directoria da Polícia Judiciária, Fátima Felgueiras deixou claro que tinha negociado as condições de regresso ao afirmar: «O que é que estou a fazer aqui? Não era isto que estava combinado, eu tenho é que ir para o Tribunal de Felgueiras».
De acordo com o Público, ao aperceber-se que a PJ poderia levar Fátima Felgueiras para a prisão e não para o tribunal, a filha da ex-autarca «encetou contactos telefónicos com alguém que se encontrava no Tribunal de Felgueiras».
Esses telefonemas fizeram com que «a juíza enviasse um fax a solicitar a presença da ex-autarca no tribunal, para lhe poder ser lido o despacho» que confirmava que ficava em liberdade, explica o Público.
De acordo com o despacho que revoga a prisão preventiva de Fátima Felgueiras assinado pela juíza do Tribunal de Felgueiras, Fátima Felgueiras evocou a imunidade que lhe é conferida por ser candidata às autárquicas para não ser enviada de imediato para a prisão preventiva. Felgueiras escapou à prisão preventiva, decretada em Maio de 2003, fugindo para o Brasil quando a PJ iniciou investigações a um alegado «saco azul» na Câmara de Felgueiras.
Entretanto, o Ministério Público já anunciou que vai recorrer da decisão do tribunal de Felgueiras de revogar a prisão preventiva a Fátima Felgueiras, acusada de 23 crimes no âmbito do processo.
No dia em que regressou a Portugal, Fátima Felgueiras anunciou a sua candidatura como independente à Câmara de Felgueiras nas autárquicas de Outubro."
Lx

O quê????!!!

"O procurador-geral da República, Souto Moura, não quer que a acusação do processo Apito Dourado seja deduzida antes das autárquicas. O magistrado argumentou que o encerramento do inquérito a dias das eleições podia ser entendido como uma interferência da justiça na área da política."
Público
Lx

São elas que o dizem, não sou eu...

Já não bastava ficar com suores frios quando vejo o vídeo desta música (a beleza do deserto, a Beyoncé na prancha de saltos, a Kelly em cima do Mercedes SLR Mclaren,enfim), ao tomar atenção à letra percebi que ela contem uma mensagem muito importante, atrevo-me a exclamar: Bravo!!!

Mulheres deste mundo e dos outros, leiam isto e unam-se debaixo deste ideal:

Destiny's Child - Cater 2 U
[Verse 1 Beyonce]
Baby I See You Working Hard
I Want To Let You Know I'm Proud,
Let You Know That I Admire What You Do
The More If I Need To Reassure You, My Life Would Be Purposeless
Without You (Yeah)
If I Want It (Got It)
When I Ask You (You Provide It)
You Inspire Me To Be Better
You Challenge Me For The Better
Sit Back And Let Me Pour Out My Love Letter

Let Me Help You
Take Off Your Shoes
Untie You Shoestrings
Take Off Your Cufflinks (Yeah)
What You Want To Eat Boo? (Yeah)
Let Me Feed You
Let Me Run Your Bathwater
Whatever You Desire, I'll Aspire
Sing You A Song
Turn My Game On
I'll Brush Your Hair
Help Put Your Do Rag On
Want A Foot Rub? (Yeah)
You Want A Manicure?
Baby I'm Yours I Want To Cater To You Boy

[Chorus]
Let Me Cater To You
Cause Baby This Is Your Day
Do Anything For My Man
Baby You Blow Me Away
I Got Your Slippers, Your Dinner, Your Dessert, And So Much More
Anything You Want Just Let Me Cater To You
Inspire Me From The Heart,
Can't Nothing Tear Us Apart
You're All That I Want In A Man;
I Put My Life In Your Hands
I Got Your Slippers, Your Dinner, Your Dessert, And So Much More
Anything You Want, I Want To Cater To You

[Verse 2 Kelly]
Baby I'm Happy You're Home,
Let Me Hold You In My Arms
I Just Want To Take The Stress Away From You
Making Sure That I'm Doing My Part (Oh)
Boy Is There Something You Need Me To Do (Oh)
If You Want It (I Got It)
Say The Word (I Will Try It)
I Know Whatever I'm Not Fulfilling (Oh)
No Other Woman Is Willing (Oh)
I'm Going To Fulfill Your Mind, Body, And Spirit
I Promise You (Promise You)
I'll Keep Myself Up (Oh)
Remain The Same Chick (Yeah)
You Fell In Love With (Yeah)
I'll Keep It Tight, I'll Keep My Figure Right
I'll Keep My Hair Fixed, Keep Rocking The Hottest Outfits
When You Come Home Late Tap Me On My Shoulder, I'll Roll Over
Baby I Heard You, I'm Here To Serve You (I'm Lovin It, I'm Lovin It)
If It's Love You Need, To Give It Is My Joy
All I Want To Do, Is Cater To You Boy

[Chorus]
[Bridge Michelle]
I Want To Give You My Breath, My Strength, My Will To Be Here
That's The Least I Can Do,
Let Me Cater To You
Through The Good (Good)
The Bad (Through The Bad)
The Ups And Downs (Ups And Downs)
I'll Still Be Here For You
Let Me Cater To You
Cause You're Beautiful (You're Beautiful)
I Love The Way You Are (You Are)
Fulfill Your Every Desire (Desire)
Your Wish Is My Command (Command)
I Want To Cater To My Man
Your Heart (Your Heart)
So Pure Your Love Shines Through(Shines Through)
The Darkness We'll Get Through (So Much)
So Much Of Me Is You (Is You)
I Want To Cater To My Man
[Chorus Out]

É de ficar emocionado, não é?...

quinta-feira, setembro 22, 2005

Olha a cara de sacana dela...

...e confesso que também estou um pouco farto dos felgueirenses, embora nunca lá tenha ido...a Felgueiras.

Quando eles assentaram aquele arraial de porrada no Francisco Assis (por quem eu não nutro especial simpatia), fiquei físicamente mal disposto.

Ontem fiquei incrédulo: quando soube que ela, a Fátima, ia voltar, ainda pensei que fosse para ir para a 1ª Companhia da TVI fazer companhia ao Frota, Castelo Branco, Valentina, Romana, etc...seguindo aliás, o exemplo do Avelino, com quem partilha o gosto pelo descaramento e pela falta de ética.

Mas não, canditata-se e é já...e a malta deixa. Na hipótese de ser provada a sua inocência, esperava pelo fim do julgamento e candidata-se para a próxima...não, o povo assim o exige...

Se esta gentalha for eleita, o Miguel Sousa Tavares tem razão, os portugueses têm o que merecem...

Hoje tive pesadelos com aquele episódio do "Evita Peron has left the building"...grande porra...esta laca é de fixação massiva...

quarta-feira, setembro 21, 2005

Humildemente vos digo: se puderem, evitem-no

"Lisa odeia andar de avião, mas o que a espera no seu voo para Miami superará em muito o seu medo das alturas. Minutos após descolar, o passageiro ao seu lado, Jackson Ripner, revela-lhe o verdadeiro motivo da sua viagem: assassinar um importante homem de negócios. E Lisa é uma peça fundamental da missão. Caso se recuse a colaborar, um assassino receberá um telefonema de Jackson e assassinará o seu pai. Presa no avião, a uma altitude de 30 mil pés, Lisa tem de tomar uma decisão, sabendo que qualquer acção sua pode pôr em risco a vida do pai e de todos os passageiros a bordo."
Lx

PS - Sinopse surripiada ao "Público".

“O menino dos bifes!”

Estou para escrever este post há bastante tempo e é melhor ser já hoje, para ver se angario a ousadia indispensável a uma alteração da conjuntura. Apesar do título parecer uma analogia à trilogia do Tolkien, a verdade é excessivamente mais dolorosa.
Ora bem, eu, que ando sempre a verbalizar contra o défice público, tenho incorrido num comportamento pecaminoso, à razão de umas quatro a cinco vezes por semana, lá pela hora do almoço.

Uma das instituições públicas alfacinhas que tem andado a fazer furor na imprensa nacional (parece que há por lá uns tipos que apelidam outros tipos de ordinários, se estes últimos se recusam a cumprimentá-los) congrega no seu seio uma realidade que nem todos conhecem (é assim, do género, submundo). Trata-se da rede de refeitórios de que a dita instituição dispõe.

Ora, acontece que um deles se situa perto do local de peregrinação da minha incompetência diária. Demasiado perto. Vai daí, eu e mais uns mancebos (rapaziada igualmente adepta da refeição “prato pirâmide”) temos aproveitado as instalações para estabelecer com elas uma relação comercial de carácter regular. E é aqui que tudo se complica. As senhoras que trabalham no local em causa, todas já de uma idade respeitável, acham piada a esta romaria (será que sabem que o pessoal não é propriamente funcionário lá do sítio? Ainda me tomam por engenheiro ou fiscal...) e, às doses, já de si copiosas, acrescentam sempre um suplemento; não vá um de nós sofrer de algum desses problemas de subnutrição que por aí grassam (“a crise, meninos, a crise”). E nós tudo bem.
A ementa (para além de sopa e sobremesa) contempla sempre a opção de um “prato do dia” de carne ou peixe. E em opção, um bife. Um bife, disse eu; não um bifeco mal amanhado duma qualquer vaquinha em início de carreira. Não, é um bife que regularmente excede as dimensões da porcelana. Com ovinho a cavalo, batatinha frita (daquela a sério, nada de palermices congeladas), arrozonga e salada. Acontece que, apesar de já fazermos marcações de um dia para o outro (“não se esqueçam de marcar o cozido para amanhã, senão só apanham bifes!”); eu, pelo menos duas vezes por semana, azimbro-lhe com o dito filete. É que me sinto bem com aquilo. Assim que me sento e contemplo por breves momentos todo o esplendor da suculência do naco, pressinto como que a invadir-me uma sensação de êxtase e auto-realização. Comovo-me, até. É mais forte que eu...
Daqui resultam vários fenómenos, dos quais destaco apenas 3.
1. Aquele período entre as 14:00 e as 15:00, já de si estruturalmente improdutivo (agravado desde que optei por renunciar à dose diária de cafeína), tornou-se implacável. O corpo não responde, excepto em casos de intervenção sumária por parte da entidade patronal. Em todos os restantes cenários, a letargia domina.
2. Tenho o privilégio de contactar com autênticos ícones da referida instituição. Cito, apenas a título de exemplo, um que ultrapassa qualquer caracterização teatral com que eu já tenha deparado. Possui pormenores altamente distintivos, tais como o primeiro botão da camisa a estar apertado ser o imediatamente acima do umbigo, deixando a descoberto a primeira curvatura da proeminente liposidade e a farta pilosidade; o eterno palito ligeiramente descaído, em constante variação de flanco; tudo devidamente temperado com uma voz generosamente amplificada.
3. O meu próprio engordanço, de fácil constatação: desde a prancha de Bodyboard se afundar (no fim de semana passado, quem me visse de lado pensaria que eu estava a nadar, mas não; eu estava a remar em cima de uma prancha) aos jogos de futebol começarem a ter meia hora a mais (apesar de permanecerem nos sessenta minutos).

Bem, o título é o chamamento utilizado pelas senhoras da cozinha, quando o repasto já se encontra devidamente confeccionado. A entoação que lhe é conferida parece-me ter qualquer coisa de semelhante com a dada pelas falas daquela personagem do Herman José, a Maximiana.
Por esta altura, já só espero que um destes dois palermas não privatizem este recanto...
Lx

Normalmente não gosto do que ela escreve...

...mas desta vez atingiu um nervo importante:

A Cartilha
"Negros, onde estão?"
Clara Ferreira Alves

"A América (e o resto do mundo) entrou em estado de choque com os pobres desalojados do Katrina. Negros, a maioria. Os jornais, as rádios, as televisões, os colunistas, os «pundits» apontam o dedo a uma pobreza americana, de raça negra, sulista, vítima da desigualdade, dos cortes orçamentais aos programas de combate à pobreza, dos cortes na Saúde e na Educação, dos cortes do welfare. Vítima do racismo e do esquecimento, da feroz desigualdade dos estados do sul, de maioria negra, em que os brancos controlam o poder económico e social. Está tudo certo, é tudo verdadeiro.
Mas, toda a gente sabe que existe uma classe média negra na América, com poderosas organizações de direitos civis. E que existe, tanto em Hollywood e Los Angeles, como em Chicago, como em Nova Iorque, um clube de milionários negros, poderosíssimos, que controlam o mercado da música rap que domina o mundo, controlam o merchandising da música rap, e controlam o mercado de raça negra consumidor desse merchandising (e não só, todos os miúdos brancos, de todo o mundo ocidental e abastado, copiaram a street fashion e os tiques dos rappers americanos. Yo!).
Mas, alguém viu da parte desta gente, que se caracteriza pelo consumo conspícuo de moda de alta costura e logos, de diamantes, de roupas caríssimas, de iates e carros, de jactos privados, e de um estilo de vida ostentosos à boa maneira dos líderes africanos corruptos, alguém viu, dizia eu, um grande movimento de solidariedade e ajuda financeira aos seus irmãos negros do sul? Alguém viu P. Diddy, Lil Kim, Russell Simmons, Quincy Jones, Mary J. Blige, e os milhares de rappers milionários de Chicago e Nova Iorque e da Califórnia, fazer o que fizeram alguns actores e celebridades de Hollywood e ajudar, ou abraçar, um desgraçado que perdeu a família e os bens no Katrina? Alguém viu o reverendo Jesse Jackson, ou Eddie Murphy, ou inefável reverendo Al Sharpton, ou mesmo os boxeurs negros e bem de vida como Mike Tyson (e de Michael Jackson e da sua família nem é bom falar) levantarem a voz e a mão num gesto altruísta? Só Oprah Winfrey o fez, e tem feito, e continua a fazer. Ela é a negra mais bem sucedida da América e a que tem maior consciência social. O resto, não existe, ou existe egocentricamente. Corruptamente.
Quando se culpa apenas a Administração Bush de tudo, e os brancos de tudo, de todo o racismo, deixa-se de lado o racismo de negros contra negros, o fosso entre ricos e pobres da mesma cor. Existe, e são poucos os que o saltam. Na América, como em África, quem menos ajuda os negros são os negros."


Mas existe outra excepção: o rapper e produtor, Kanye West, que disse umas verdades ao Bush, em directo na TV, para escândalo de todos...

terça-feira, setembro 20, 2005

"Mostra-me apenas o teu lado lunar"...

... e eu tentei...

Estava uma lua cheia espetacular ontem, bem grande, à saída do meu joguito semanal de vólei..."Hei de tentar fotografá-la...", só que fui jantar e tomar banho primeiro. Quando peguei na máquina, já a lua estava mais longe.

1ª Tentativa - Em Auto, deu em 1/50 e f3.1. Luz a mais, mas se calhar não posso abdicar do tempo de exposição. Talvez bastante menos abertura...

2ª Tentativa - Em Manual, dei-lhe em 1/50 e f9.0. Luz a menos...com o zoom a 370mm (10x), a lua mais parece uma bola saltitona. Daí a minha tremideira e a tremideira da foto...a lua está amarela, tenho de lhe dar um pouco mais de abertura...

3ª Tentativa - Em Manual, dei-lhe em 1/50 e f7.0. Luz OK...vá lá, não tremeu muito, mas a lua já está muito longe para se distinguir as crateras...

Os meus dotes de fotógrafo continuam péssimos, mas a lua até parece redonda...

segunda-feira, setembro 19, 2005

Crónica do Racional: "Ich bin ein Berliner!!!"...

...dizia JFK em tempos idos, pois eu agora exclamo:
“Eu sou um sportinguista!!!”

Não, eu continuo a ser adepto do FCP, sou “sportinguista” no sentido da definição moderna do termo, isto é:
Sportinguista: adepto sofredor da equipa que melhor futebol pratica no campeonato.

Essa equipa este ano é o FCP, os resultados são assim-assim, como se viu em Braga e em Glasgow, mas o futebol praticado é de encher o olho, rápido, muito rápido...tipo Barça ou Ajax do inicio dos anos 90...confesso que estou encantado com o misto de samba e tango que se vê do meio-campo para a frente...só falta um tipo que as meta lá para dentro mais vezes...e que a defesa não leve tantos banhos turcos...



E, tranças e cabeleireiras à parte, também sou grande fã do “velho” Co Adriannse, enquanto se aguentar por cá, porque já arranjou inimigos suficientes...só por dizer umas verdades. Vejamos algumas das afirmações da semana passada, que indignaram meio país:

“Essa pergunta é estúpida...” – é verdade, quem conhece o calibre do jornalismo desportivo português, certamente não fica admirado.
“Essa pergunta também é estúpida...”- é verdade, nem se admirará que aconteça uma segunda vez, ou várias, na mesma conferência de imprensa.
“Os jogos do campeonato português são aborrecidos...” - é verdade, pois são.
“Um jogador do campeonato só ser suspenso ao 5º amarelo e depois limpar a ficha é uma vergonha, um incitamento à violência...” – é verdade, mais uma vez, pois é.
“Suspender o McCarthy foi uma decisão fácil, apenas apliquei os regulamentos do clube, não me interessam os nomes, ou quanto ganham, os regulamentos são iguais para toda a gente...” – é verdade, e simples, ouviram senhores dos tribunais?
“Que país é este em que em Setúbal estão mais pessoas penduradas nas varandas dos prédios circundantes, do que no estádio em si mesmo, a ver o jogo?”...bom, eu respondo: é um país de tesos e, na cidade em questão, de desempregados, onde os bilhetes são caríssimos, mesmo para ver um espectáculo de fraca qualidade.

Bem, mas esse pecado das varandas até eu cometi, no Naval-FCP, (aliás o Fisterra fez o pleno), ao constatar que me sai mais barato ir ver o FCP-Naval no Estádio do Dragão a 120km de casa , do que ir ao estádio José Bento Pessoa, ali, a 200 m.

Voltando ao Co, espero é que ele perca aqueles tiques do saudoso Mário Wilson, já que acabou o jogo em Braga num inédito 3-2-3-2. Penso que o recorde do “velho capitão” em termos de táctica kamikaze, foi um 2-2-2-4, quando, há uns anos, o Benfica já perdia em Munique por 3-0 com “hat-trick” do Klinsmann...aliás nesses tempos elogiava-se a coragem de alguém, aludindo ao tamanho da genitália do Sr.Wilson.

No fundo, só espero que os resultados não sejam apenas morrer na praia como no Sporting...que raio, este ano, o brasileiro desconhecido que veio do Marítimo até é bom!!!...o próprio César Peixoto aprendeu a centrar e marcar livres e tem alegria de jogar!!!...muito por culpa da noiva sportinguista (que podem desfrutar abaixo), mas prontos...o Diego até joga!!!...o Sokota lesionou-se!!!...o Areias foi jogar de xadrez!!!...o Octávio está na política!!!...o Peseiro continua!!!....o Koeman continua!!!...com tanto a favor, temos de, num ano assim, ser campeões...e já agora, se não for pedir muito, 3-0 ao Chelsea na final da Champions!!!

Ps: Jq, sei que que concordámos em manter este blog decente, mas a foto acima, chama-lhe...será, digamos, um marco de regojizo pela 2ª milena de visitantes...além disso, sugeri lá em cima que o SCP, era a equipa que melhor futebol jogava o ano passado, por isso, não digas que vais daqui...

Será se mim, ou esta questão dos cadernos está-se a desproporcionar?

"NÃO me rendi ao Moleskine, o lendário caderno de notas de capa preta e elástico à volta que nos sécs. XIX e XX andou no bolso de artistas e intelectuais como Van Gogh, Matisse e Ernest Hemingway - e a globalização do séc. XXI nos põe à mão de semear, nas prateleiras junto às caixas da Fnac, a €8,60 cada.
Duvido da veracidade da informação de que Van Gogh era um utente compulsivo do Moleskine, fornecido pela marca num elegante desdobrável em quatro línguas que acompanha cada caderno de notas - «carnet» (francês), «notebook» (inglês), «notizbuches» (alemão) ou «taccuino» (italiano). Como se sabe, o pintor holandês nunca vendeu um quadro e levou existência miserável ao ponto de ensandecer, cortar a orelha e registar esse acto para a posteridade em dois auto-retratos com a orelha ligada (um com cachimbo e outro sem), pintados em 1889. Ou os Moleskine eram muito mais baratos em Arles, no último quartel do séc. XIX, ou Van Gogh não tinha dinheiro de bolso para os comprar.
Mas deixemos para trás a dúvida Van Gogh, uma vez que o «pedigree» do caderno está garantido pela certeza de que Hemingway o usava. É fácil imaginá-lo na Bodeguita del Medio, a escrever apontamentos para o Velho e o Mar em folhas de um Moleskine decoradas pela sua caligrafia torrencial e borratadas por gotas de mojitos.
Não acredito no Pai Natal nem na possibilidade do uso do Moleskine me contagiar com a genialidade de Hermingway. Por isso, fiquei imune a esta moda e mantenho-me fiel aos cadernos Clairefontaine de 9 x 14 cm, com 96 páginas de papel quadriculado e capas de cores tão variadas como um Twingo.
A minha marca preferida de cadernos ganhou este ano uma «patine» extra quando Paul Auster revelou em Lisboa que o famoso bloco de notas azul fabricado em Portugal, que o escritor Sidney Orr usa em A Noite do Oráculo, é uma ficção absoluta. Na vida real, Auster, ele próprio, escreve em Brooklyn em cadernos Clairefontaine.
Sempre que vou a Paris, aproveito para me abastecer de cadernos Clairefontaine (98 cêntimos cada) na Gibert Jeune do Bou’Mich, e de esferográficas Muji, na loja do Marais desta cadeia japonesa. Para mim, a doçura na escrita, é uma esferográfica roxa da Muji a deslizar nas folhas aveludadas de um Clairefontaine.
A globalização é uma fantástica oportunidade para todos. Para os globalizados Moleskine, mas também para a Clairefontaine. Para as globalizadas Bic ou Montblanc, mas também para as esferográficas Muji.
Há dez anos, a PT inventou o Mimo, o telefone pré-pago que foi o combustível da massificação do telemóvel. A invenção portuguesa foi rapidamente globalizada e hoje é usada em 80% dos telemóveis existentes no mundo.
Para a massificação do telemóvel junto dos 1,4 biliões de muçulmanos, ainda mais importante do que a tecnologia portuguesa foi a genial invenção de uma pequena empresa de telecomunicações do Dubai. A Ilkone-Mobile desenhou um telemóvel especificamente feito a pensar nos muçulmanos, que vem carregado com suratas do Corão, alarme programado para tocar na hora das orações e incorpora uma bússola que indica permanentemente a direcção de Meca.
Brilhante é também a capacidade de antecipação dos editores dinamarqueses. As traduções de Paul Auster, Le Carré e Brett Easton Ellis saem primeiro em Copenhaga que os originais em Londres ou Nova Iorque. Per Kofod, o editor dinamarquês de Auster, explica porquê: «Se não acompanharmos a velocidade das versões originais, os leitores não hesitarão em precipitar-se para o livro em inglês, deixando à passagem duas vítimas- o tradutor e o editor da tradução».
A globalização é uma fantástica oportunidade para todos. Mas para isso é preciso pensar e inovar, com a mesma naturalidade e frequência com que se respira. É preciso deixar que a maçã nos caia em cima da cabeça, pensar porque é que ela caiu - e agir em conformidade com o que se aprendeu."
"Moleskine, Muji e maçã"
Jorge Fiel / "Expresso"
Bem, os cadernos até têm pinta.
Lx

terça-feira, setembro 13, 2005

O meu sonho...



...o Mini carrinha, a partir de 2008, espero que não se estiquem no preço...

segunda-feira, setembro 12, 2005

Escolha como quer morrer...

...de arritmias ou de Alzheimer?

Isto enquanto não aparecerem as cápsulas milagrosas italianas. Confusos? Esclareçam-se AQUI!!!

Eu escolhi não ter arritmias há 1 ano, 1 mês e 14 dias...

...e escolhi não morrer de cancro no pulmão há 2 anos e 20 dias...(no mesmo dia escolhi ter 15 kg extra)...

Se inventassem uns (como esses aí em baixo) que não fizessem mal à saúde, isso sim, era ciência...

...mas será que saberiam tão bem?

Mais um que passou a acreditar em Deus...

Eu até nem gosto das corridas de ovais a 400km/h, mas "phonix"...



Obrigatório "checkar": o final da história AQUI!!! e como tudo começou ACOLÁ!!!

domingo, setembro 11, 2005

O regresso do irracional - em VIII actos

“Próxima estação: Campo Grande. Há ligação com a linha verde.”
Foi mais ou menos por esta altura que redireccionei as minhas antenas para um dos diversos recantos da minha irracionalidade: o desporto-rei. Depois de ter provado a época passada, repito a dose este ano (agora ligeiramente, mesmo muito ligeiramente, mais descaído para a central).
Dado que há sempre muito que dizer, pensei que talvez fosse melhor organizar isto. Vamos lá então, com o texto repartido por oito partes:

I. Quis o acaso que a minha estreia este ano se desse com o SLB (eu normalmente vou ver futebol, mas tudo bem, quando se compra um bilhete de época tem que se ver tudo por atacado, doutra forma pode não compensar; assim cada jogo fica perto dos oito euros). Tinha estado em casa a espreitar uma das meias finais do US Open e só me apercebi ao que ia de facto quando, pouco antes de sair de casa, o Progenitor me telefona a perguntar se sempre queria ir ao jogo; é que já tinham sido disparadas balas de borracha. Tento descansá-lo, ia levar o cachecol certo, pelo que não devia correr grande perigo. “Quando o jogo é em Alvalade, normalmente atiram aos de vermelho”. Acho que não o descansei muito.
Chego às imediações a uma hora do apito inicial.

II. Segundo telefonema da noite, pequeno acidente doméstico, a espera deve demorar cerca de 20 minutos. Tudo bem, sempre vou coleccionando mais uns motivos de reportagem.
Ambiente tenso. Muito tenso.
O ano passado fiquei impressionado pelo civismo. As pessoas no metro eram ostensivamente dos dois clubes, mas o ambiente era saudável. Só ao chegar ao estádio é que vi 2 imbecis a fazerem asneira. Mas a polícia estava sempre por perto, ficou claro que não ia dar abébias, ninguém se esticou.
Este ano, nada vi no metro mas, cá fora, havia demasiada gente a querer violência. A muita polícia acalmou os ânimos, mas ficava sempre aquela sensação de os quererem apanhar desprevenidos, nem que fosse por 8 breves segundos…

III. Dado que o "anti-depressivo" também inclui a função radiofónica (posso memorizar cerca de oito frequências), vou tentar perceber os dois “onzes”. Reparo que o Porto está empatado e que ouve problemas com umas tranças. “Ah, era tão lindo!” - mas também para esses andámos a formar estrelas… (como mais tarde viria a descobrir).
No “meu onze” tudo relativamente espectável, mas no Benfica há mexidas. E eu que tinha (no gozo) sugerido a entrada deste tipo durante toda a semana! Será que o Koeman

IV. Chega a companhia (este ano com um reforço) e seguimos para a fila de entrada. Ou melhor para o filão! “Nunca tinha visto isto assim” (e não era a primeira vez que o estádio enchia). “Hé pá, estão a abrir outra entrada!”. Aquilo que seriam 30 minutos transformaram-se em cerca de 8.
Ao passar nos torniquetes (sem nunca ter sido revistado…), um pequeno ecrã continuava a não anunciar novidades, o FCP mantinha-se em branco.
Primeiro contacto com a “nova curva”. Sim senhor, já dá para perceber um bocadinho melhor o que se irá passar no outro lado do campo.
Ouço um “A vossa atenção para os ecrãs” e começo a rever aquela exibição do Manuel Fernandes. Pelas imagens descubro que afinal foi 7-0… “Espera, não”; ouviam-se os comentários do Rui Tovar, afinal esse jogo teve 8 golos… Manuel José sobe ao relvado e lá consegue puxar de umas tímidas palavras, enquanto o estádio o ovaciona em pé. Por pouco não entra a maca pela primeira vez...
Entretanto o Porto marca. Quaresma, quem mais? (Pois é, ainda marcariam mais dois). Mas agora o Mundo vai parar…

V. O estádio em pé quando as equipas entram. Ambiente infernal. O som habitual: “Viva o Sporting”. Começam os petardos (mais de 20 ontem, talvez até uns 3x8…). Coreografias das três claques com muita tralha à mistura. Pequenos incêndios no fosso. “Em cada Lampião / Há um c……”.
Ou o estádio tem boa acústica ou o barulho é mesmo ensurdecedor. Por muito fortes que os jogadores sejam psicologicamente, só um autómato não ficaria intimidado com aquele ambiente. E talvez o Barbosa.

VI. Primeira parte relativamente tranquila. O árbitro deve ser familiar do Barbosa (que era o número 8); algumas faltas pareciam-me (a mim e à maioria do público) ao contrário. O Tonel nervoso a sair para o ataque, mas seguro na defesa. O Polga a não comprometer, mas a parecer-me demasiado lento (sem sobressaltos, contudo). O Luís Loureiro não é, de facto, o Rochemback: a defender dá conta do recado, mas a atacar está tudo demasiado confuso. Talvez o plantel deste ano não…
Começamos a assentar. E o Tonel arranca o primeiro grande aplauso quando limpa a jogada e na, saída para o ataque, senta o Simão. Estamos a chegar lá.
Canto. Tello marca, Tonel assiste de cabeça, Deivid deixa passar, Loureiro… bem, golão… tudo, mas mesmo tudo, de pé.
“E quem não salta / é lampião”. Petardos, demasiados petardos. Intervalo.

VII. Segunda parte. Parece que isto vai lá. O Nuno Gomes já em campo. Entrada duríssima sobre o Rogério. Não vi quem foi, mas o Rogério fica estendido no chão. Ele não é dos que fingem, aquela não foi para brincadeiras. Vermelho directo. Ricardo Rocha exaltado, mas nada a fazer, tem de sair. Voltam os cânticos. “Estão nas cordas, temos de aproveitar”. Não estamos a aproveitar. O Koeman parece acertar nas substituições, eles não deixam que o jogo se desequilibre. Estão unidos, não perderam a cabeça. O Miccoli movimenta-se muito bem e tem pormenores “de jogador”. Polga com falta palerma. “Caramba, à entrada da área, e está lá o Judas”. Pois é, uma política de exportações também traz dissabores. O Simão tinha sido insultado durante todo o jogo, fartou-se de reclamar com o árbitro sem apanhar amarelo; a bola ainda bate no Tonel, mas o placard não mente. 1-1. Descubro que a minha bancada tem imensos SLBistas que gritam a bom gritar (tirando um mentecapto ou outro, o público “da casa” respeitou as comemorações – são, aliás, compreensíveis; eles ainda não tinham marcado esta temporada).
Ai Peseiro, ui, phonix e o camandro. C’oa breca, que entra o Wender. O Loureiro desinibido já faz lançamentos longos. O Tello finalmente arranja espaço para cruzar, Liedson! Entre os centrais! Resolve! O Luisão parecia um Dodo
Petardos e mais Petardos. Saem pessoas feridas. O corpo de intervenção está a uma nesga…a minha bancada grita para a JuveLeo “Palhaços! Palhaços!”.
“É sempre a mesma coisa, sofremos até ao fim…” mesmo com 10 o SLB jogou mais este ano que o ano passado. Sem mais incidentes (porque este ano não houve Mantorras) apito final. Alívio, parece que me tiraram oito anos de cima…

VIII. Chegado ao oitavo e último ponto, uma nota (mais) pessoal. Este irracional já tinha visto 35 minutos da doméstica Naval ao vivo (chega-lhes Fogaça!) - numa bancada, digamos, superior; mas entre adiamentos e oportunidades perdidas a crónica vaporizou-se no espaço e no tempo. Este irracional, embora não acompanhe a doméstica, não dormiria descansado se não lhe dedicasse estas linhas. Gostaria até de lhe dedicar umas outras linhas, mais racionais, mas hoje o dia é de festa e os assuntos sérios ficam para outras contendas. Agora, talvez seja melhor pensar no jantar, antes que cheguem as oito da noite…
Lx

PS – Foto absorvida à UEFA. E desculpa o tamanho da coisa JAF, mas por muito que tentasse, não era possível escrever menos. Um tipo que eu conheço é que costuma dizer: “Um adepto do FCP, como não tem na mesma cidade outro grande, nunca perceberá o que isto é”. Apesar de existirem para aí uns oito clubes no Porto…

sexta-feira, setembro 09, 2005

"Afinal parece que sim"...é quase uma telenovela da TVI...

CiclismoArmstrong confirma possibilidade do regresso à competição2005-09-07 Por PUBLICO.PT

Gero Breloer/DPA (arquivo)
Lance Armstrong: "A recente campanha caluniosa vinda de França despertou o meu lado competitivo"

O ciclista Lance Armstrong confirmou hoje que está a ponderar o regresso à competição, depois de ontem o seu porta-voz ter desmentido esta possibilidade.
"Apesar de estar a desfrutar o meu tempo como atleta reformado ao lado da Sheryl [Crow, a sua namorada] e dos meus filhos, a recente campanha caluniosa vinda de França despertou o meu lado competitivo. Não quero avançar percentagens sobre a hipótese [de regresso], mas não a excluo", lê-se na curta nota publicada no seu sítio oficial.Em declarações ao jornal texano "Austin American-Statesman", o ciclista, que cumpre este mês 34 anos de idade, admitiu estar a reflectir sobre a possibilidade de participar mais uma vez na Volta à França."Acho que essa é a melhor maneira de chatear [os franceses]", afirmou Armstrong, que foi acusado pelo diário francês "L’Équipe" de se ter dopado em 1999, ano em que venceu a primeira de sete edições do Tour."Ele ainda tem mais um Tour nas pernas"Depois de Armstrong ter revelado a possibilidade de participar em mais uma Volta à França, o director desportivo da Discovery Channel adiantou que o atleta pode voltar a treinar com a equipa este Inverno e admitiu que não procurou nenhum substituto para o norte-americano."Ele quer fazer parte dos treinos em Dezembro e estar em forma como os outros", referiu Johan Bruyneel, sublinhando que o regresso do ciclista é "uma possibilidade em aberto"."Tenho a certeza de que ele pode ganhar [outro Tour]. Pela forma como ele ganhou este ano, com tudo sob controlo e sem mostrar qualquer fraqueza", acrescentou Bruyneel, sentenciando: "Ele ainda tem mais um Tour nas pernas".

Chega-lhes tu também...

"Os autarcas algarvios reuniram-se e decidiram exigir ao Governo que lhes resolva, "em termos definitivos", o problema da falta de água. Querem a água do Alqueva, a de Santa Clara ou de Odeceixe, a água do mar dessalinizada, qualquer coisa. Ou então virão lá de baixo para se manifestarem à porta de S. Bento. Pelas mesmas razões, o país inteiro poderia fazer o mesmo: os agricultores que restam sem se terem ainda vendido às celuloses e que têm o gado a morrer à fome e à sede e as culturas de Outono condenadas, as populações do interior que, mesmo sem o "desenvolvimento" do Algarve, já não têm água nas torneiras.O problema é que, ao mesmo tempo que se queixam da seca, os autarcas algarvios preparam-se para licenciar a construção de mais uns 30 campos de golfe, cada um dos quais consome água por 8000 pessoas, e projectam a aprovação de mais uns 200.000 fogos para o turismo. Está bem de ver que nunca haverá água que lhes chegue para tamanhas ambições de "desenvolvimento". Nem água, nem estradas, nem hospitais, nem infra-estruturas funcionais, nem sequer praias onde possa caber todo o "turismo de qualidade" que prometem aqueles senhores de bigode que enxameiam os cartazes de propaganda para as autárquicas dos milhares de rotundas algarvias. Hoje, exigem dos governos água e socorro para segurar as arribas em vias de desabar pelo excesso de construção, amanhã vão exigir mais areia e mais mar. Já esgotei com eles o meu vocabulário de adjectivos, a minha capacidade de indignação, o que me restava de memórias de um Algarve outrora deslumbrante, onde tudo poderia ter sido feito com dimensão, gosto e dignidade, erguendo ali uma indústria turística que teria sido muito mais rentável e com muito maior horizonte do que esta, cujo único futuro é a fuga em frente. Só espero que, de entre as suas várias promessas eleitorais, e deixando passar a época de todos os terrores que é a das eleições autárquicas, José Sócrates se lembre de que prometeu pôr termo ao regime predador que faz depender o volume de receitas autárquicas da quantidade de construção autorizada.Escolhi o exemplo do Algarve para iniciar este texto apenas porque ele é recente e é também recorrente. Se fosse preciso fazer um manual de como desenvolver erradamente uma região, cometendo sistematicamente todos e cada um dos disparates possíveis e ignorando sempre e sempre todos os avisos feitos, o Algarve seria um modelo de manual inultrapassável. Não porque os responsáveis pelo desastre algarvio sejam piores do que os outros, apenas porque tiveram mais possibilidades naturais para a asneira e, entusiasmadamente, não as desaproveitaram. Mas, soltem-se as poucas e frágeis amarras legais que ainda defendem o Alentejo, e o Alentejo todo - litoral e interior - seguirá o mesmo caminho, de Tróia a Sagres, do Alqueva à serra de S. Mamede. Porque é essa a nossa vocação natural e o nosso cluster económico: destruir o que temos de bom, sacrificar a sustentabilidade a longo prazo pelo lucro especulativo imediato. Por isso abandonámos a floresta endémica e a pastorícia e substituímo-la pelos eucaliptos e pinheiros, que servem para alimentar as celuloses e pegar fogo ao país; por isso, deixámos que Bruxelas comprasse com um só cheque a nossa agricultura para que possa continuar a subsidiar os agricultores franceses ou espanhóis, enquanto nós abandonamos o interior e construímos barragens para regar greens de golfe assistidos por cadies ucranianos; por isso, sacrificamos o património natural do litoral e das reservas, como a ria Formosa ou a ria de Alvor, para que uns quantos espertalhões, assistidos por advogados especializados em tráfico de influências políticas e mancomunados com autarcas incompetentes ou corruptos, façam grandes negócios imobiliários que o povo confunde alegremente com a chegada do "progresso". Este Verão passei uns dias no Norte, entre o horror dos incêndios e o espanto por constatar que, enquanto o fogo ameaçava uma aldeia, a aldeia vizinha continuava despreocupadamente a atirar foguetes para o ar, para celebrar sabe-se lá o quê. Estive suficientemente perto dos incêndios para me dar conta do estado de espírito reinante entre aqueles que viam as matas de eucaliptos e pinheiros pegarem fogo umas às outras, sucessivamente. Vi os bombeiros, aparentemente imunes à exaustão e ao medo, fazerem o seu trabalho, com determinação e calma; vi os autarcas locais, na primeira linha de combate aos fogos e, esses sim, admirei-os e respeitei-os; mas vi também o sentimento dominante das pessoas, que se traduzia em comentários do tipo "não há nada a fazer, vai arder tudo, o país inteiro". Tal como no Algarve, onde os comentários dos banhistas nas praias, olhando os prédios e as torres que avançam como incêndio incontrolável, também comentavam que "não há nada a fazer, vai tudo a eito!".Essa sensação de que já não há nada a fazer por este país, eu sei situá-la exactamente no tempo recente: começou num dia de Julho, quando o ministro das Finanças, Campos e Cunha, foi obrigado a demitir-se e a fazer-se substituir por um yes man do PS por ter ousado manifestar publicamente as suas dúvidas sobre a utilidade para o país da Ota e do TGV, esquecendo a necessidade institucional de dar acolhimento à vontade das clientelas partidárias do mundo dos grandes negócios. E continuou, quando o novo ministro das Finanças inaugurou a sua entrada em funções, gastando quase meio milhão de contos de indemnizações para substituir parte da administração da Caixa-Geral de Depósitos por gente tão acreditada quanto o aparatchick Armando Vara. Aí, o que restava ainda de ilusões rendeu-se à evidência da fatalidade de um Estado dominado pelos interesses partidários e pelo rasteiro desígnio de acorrer aos seus e satisfazer os que financiam campanhas eleitorais. O descrédito final e a desesperança instalaram-se de vez, quando o país começou a arder e se tornou cruamente evidente que nada e ninguém estava preparado para tal, apesar dos milhões gastos, da experiência acumulada e dos estudos feitos e comissões nomeadas. E assim chegámos, num ápice, ao estado de desânimo e descrença actual. Nunca, em mais de vinte e cinco anos que ando a observar de perto a política nacional, vi um governo desbaratar tão rapidamente o seu capital de esperança; nunca vi uma tamanha sensação de impotência e inutilidade instalada nas expectativas de todos; mas faltava ainda realizar que o que nos propõem de esperança se resume no regresso ao passado simbolizado ou em Cavaco Silva ou em Mário Soares, para que, de forma atabalhoada e confusa, se comece a instalar a ideia de que não há saída sem mudança de regime. Nunca estivemos tão em baixo, nunca estivemos tão descrentes. Olhamos de cima a baixo, do Presidente da República ao mais obscuro funcionário do Estado, e a sensação é de que estamos próximos do "salve-se quem puder". E, no meio de tanto motivo de tristeza, acho que é justo fazer uma homenagem a quem tem tentado remar contra a maré do "deixa andar": a Marques Mendes, cuja luta pela moralização da vida interna do PSD tem sido a única luz de lucidez, coragem e higiene democrática à vista. Infelizmente, em termos de resultados palpáveis e imediatos, ele vai perder e os trafulhas vão ganhar. Chamado a decidir, o povo vai querer Valentim, Fátima Felgueiras, Isaltino e Ferreira Torres. E se é isso que o povo quer e é isso que os políticos lhe dão, o problema não é a democracia. O problema são os portugueses."

"Nunca, como agora"
Miguel Sousa Tavares/ Público

quinta-feira, setembro 08, 2005

Esquerda ao longo

Ora, aqui o distinto colega, enquanto não volta a bitaitar sobre o desporto rei, vai de momento indagar sobre outras bolas. Mormente e nomeada (como estes diziam) de ténis.
Os torneios do Grand Slam sempre se revestiram de grandes problemáticas. A Austrália e os Estados Unidos têm um fuso horário que não lembra a ninguém e, por muito que me digam que é mesmo assim e ninguém tem culpa, eu fico sempre um bocado amuado por perder um Federer/Kiefer ou um Clijsters/V. Williams.
Também a Inglaterra e a França têm os seus problemas. Por exemplo, tem sido recorrente que apenas um destes torneios seja possível de acompanhar em canal não codificado (e isto para quem tem cabo...).
Quando estudava a coisa era muito grave. O calendário destes quatro torneios é verdadeiramente cretino para um estudante recheado de épocas de exames (recheadas de cadeiras...). Se aparece um em Janeiro, outro vai para Junho; e, já agora, toma lá também um em Setembro, para o caso de restarem dúvidas.
Agora também não é fácil. Se pela hora portuguesa são tardios, durmo pouco; se são durante o dia, estou confrontado com o expediente. De modo que começo a achar que não inventaram o ténis apenas para me darem cabo das costas; foi também para me lixarem a veia de espectador.
O US Open já vai com para os quartos de final (quase meias). O site tem bastante informação, o que me permite ir seguindo os resultados dos jogos que deixei a meio na noite anterior. Está aí o link do lado direito e até vídeos com o resumo de alguns dias se podem ver.
Última nota, sempre tive simpatia por vários estilos de jogo, não sou propriamente um purista nem um adepto ferrenho deste ou daquele. Existem contudo jogadores/ras que simpatizo mais ou menos. Ultimamente, acho particularmente curioso que alguns “cotas” ainda arranjem espaço para arrancarem uns aplausos (nunca gostei dos funerais antecipados que a imprensa no geral vai fazendo - por vezes, através de indivíduos que nunca tiveram de enfrentar qualquer tipo de pressão, no que quer que seja, e para quem é muito fácil verbalizar contra um/a atleta que se encontra perante milhares de espectadores que aguardam em silêncio o seu próximo movimento).

Apesar de ter já 33 anos, não me lembro de alguma vez ter ouvido falar em Davide Sanguinetti. Este protagonizou um dos jogos mais divertidos de que tenho memória. Desde falar e gesticular sozinho, a trocar provocações e piadas com o adversário (os dois a beijarem a rede alternadamente quando esta lhes era particularmente útil) a, claro, jogar um ténis muito interessante: longas trocas de bola que culminaram na sua vitória em cinco sets (num jogo com mais de 4 horas e vinte minutos).

No feminino; sempre me pareceu que Mary Pierce era um bocado inconstante. Mas recuperar da derrota na final de Rolland Garros (1-6, 1-6) e responder a Justine Henin-Hardenne com 6-3, 6-4, deixa-me sem palavras. “GO MARY!”.
Sanguinetti já saiu, e outros/as estão a caminho. As olheiras, essas, têm-se agudizado...
Lx

PS – o título deste post foi uma das minhas sugestões para o nome do blog; em honra aos actuais comentadores da eurosport (“passing-shot” cruzado é mais complicado de dizer, de modo que escolhem o “ao longo”, que sempre dá aquela sensação de infinidade...); e ás minhas tendências mais esquerdalhas. Agora é um post. As fotos, direitinhas do site oficial.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Parabéns a mim e parabéns a ele...este é Post nº 103...

...eu não me dei conta e o meu distinto colega também não deve ter notado...passámos a centena de posts...Ok, não é nada de especial, mas é bastante mais do que o que eu previria inicialmente...

100 posts depois do inicio não sei se mudou grande coisa, se algo mudou, espero que tenha sido para melhor...

Continuo com vontade de continuar...assim, sem propósito definido, a não ser o de ter um sítio onde largar umas postas de vez em quando...de "botar jogo", como diz um calvo colega de trabalho...

Espero que o distinto colega também mantenha a vontade de continuar a continuar a fazer aquilo que ele faz...

Enquanto não tivermos mais posts do que visitas está tudo bem...

"Afinal parece que não..."

Porta-voz de Armstrong desmente o seu regresso 06.09.2005 - 18h14 PUBLICO.PT

"Um porta-voz de Lance Armstrong garantiu hoje que o norte-americano está retirado de forma definitiva da competição e que não vai participar na próxima edição da Volta à França em bicicleta.
Essa hipótese havia sido adiantada pelo próprio atleta em declarações ao jornal texano “Austin American-Statesman”.“Estou a pensar que é a melhor maneira de chatear [os franceses]”, afirmou Armstrong, citado pelo jornal, sobre a hipótese de voltar de novo a participar na prova rainha do ciclismo mundial, que venceu por sete vezes consecutivas.

Numa reacção a estas declarações, Mark Higgins, um porta-voz do ciclista, veio negar a hipótese do seu regresso. “Não vai acontecer”, disse à AP Mark Higgins, garantindo: “Ele está retirado a 100 por cento”. Higgins, que falou com o ciclista depois da publicação das suas declarações no jornal texano, referiu que Armstrong estava apenas a brincar quando referiu estar a ponderar em correr de novo a Volta à Franca."