terça-feira, janeiro 31, 2006

Uma questão de perspectiva...


Estão a expandir o bairro social na Gala, com casas que, pelo menos à minha vista, parecem bastante agradáveis. Curiosas, são as diferenças de opinião quanto à denominação do bairro...


Empresa Municipal: chama-lhe Sidney, exemplo de cidade agradável...
Inquilinos: chamam-lhe Kabul City, exemplo de...

Desculpem a qualidade das fotos, disparadas de carro em movimento em regime "drive-by"...tipo gangue, portantos...
Perdoem-me ainda a franqueza, mas custa-me ver um bairro com tão poucos anos, já cheio de lixo e graffitis...sei que há pobreza, exclusão social, mas também podia haver um bocado de brio...

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Equador

Hoje passei o equador, mas não passei impune.
A ira de Neptuno caiu sobre mim, e não foi bonito.
Penso que há fotos, e vou averiguar....

Contra-ciclo

A mensagem hoje de manhã nas rádios era unânime: cuidado com o trânsito e atenção aos esforços físicos.
As estradas estão em mau estado, têm havido inúmeros acidentes. Os esforços físicos são de evitar, fique em casa.

Hoje de manhã constatei que o nevão foi bastante abrangente, a A1 estava com um “look Pirinéus”.
Logo à noite, pelas 23:00, convinha-nos que começássemos a acertar com o piso; temo-nos queixado da humidade, como é que será com ele gelado?
Só eu sei... a palavra aquecimento vai adquirir uma nova dimensão...
Lx

Fisterra gelado...





...já não acontecia desde que eu andava na 4ª classe...ou seja há 19 anos...

sexta-feira, janeiro 27, 2006

O gomo

Evidentemente que não dou para crítico de arte; mas o objectivo não é bem esse. E também não me pagam a publicidade.
Ontem voltei a esta sala e estou numa de penitência por várias “faltas injustificadas”.
A primeira vez foi curiosa, porque o público assistia no próprio palco e a tradução era em simultâneo através de headphones (foi hilariante ouvir uma tradutora com sotaque de leste a pedir desculpa no início do 2º acto; a peça já tinha começado, mas a senhora distraiu-se; foram 5 minutinhos de teatro em húngaro inesquecíveis!).
Seguiu-se este manhoso italiano, com um trompetista ultra-irrequieto (Gianluca Petrella), a explicar entre 2 músicas porque é que o título “Theme for Jessica” lhe deu problemas lá em casa (não é esse o nome da esposa) e o que realmente o motivou a compor sobre a felicidade (“Happiness Is to Win a Big Prize in Cash”) - com casa e carro para pagar, lembraram-se, finalmente, de o galardoar, em Copenhaga, com algo diferente das estatuetas estapafúrdias habitualmente despachadas para a casa da sogra.
Num dos que eu depositava mais esperança foi o com menos impacto. A P.J. que me desculpe. Do quarteto gostei, embora alguns dos compositores não me entusiasmassem.
E a última vez tinha sido este senhor, e o seu espectáculo híbrido. Qualquer coisa entre Jazz e Flamenco, onde pontificava uma personagem que mais parecia um vendedor de tabaco contrabandeado, em Algeciras; magríssimo, de calças justas, tez extremamente morena e gadelha que estimo as melhoras. O espécimen (Tomás Moreno – “Tomasito”) tinha uns acessos de energia tresloucada que o levavam, de quando em vez, a interromper as palmas sentadas e a graciosamente depositar num pequeno semi-palco de madeira uma dança que transpirava de orgulho, temperada com uns “Olé!” q.b.

Ontem, depois de 50 bocejos entre a boleia e o início do espectáculo, estava a ver a vida a andar para trás. Não se percebiam os actores, as danças pareciam despropositadas. Quando engrenou, foi mais um serão bem passado; parecia uma versão de banda desenhada, com os movimentos de expressão corporal extremamente caricaturados e uma banda em palco a debitar a banda sonora. Com outra vantagem adicional: à tarde recitei hossanas ao cumprimento das regras, à noite relembraram-me a vantagem de questionar algumas premissas. Gostei sobretudo da médica rebelde, que prefere restituir a maldade (e por consequência a escolha), que erradicá-la.

Que a penitência dê frutos, pois ainda tenho uns meses largos para me sentir jovem naquela política de preços (ao menos nalgum lado, hehehe!).
Lx

PS – Ainda arrisquei uma exposição de fotografia, mas eram 300 fotos de um mesmo rosto masculino. É uma experiência que eu não relembro com particular saudade (“Quando é que isto acaba? Hã!?”).
Esta foto, retirada do sítio.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Maia

Navego no Oceano Pacífico rumo à Polinésia Francesa, Nuku Hiva.
Para trás ficaram dois dias em Puerto Quetzal, Guatemala, a aprender astrologia Maia (não, não estou a falar da abelha nem da vidente da Ericeira) e um dia em Acapulco, que nem tive tempo de conhecer.
Quanto a fotos, melhores dias virão...

“Quem trepa no coqueiro é o Rei”

E o homem lá ganhou isto (o Presidente Cavaco).
Talvez este tenha sido o melhor resultado, do ponto de vista esquerdalho, se se considerar que o Cavaco (o Presidente Cavaco) ganharia sempre uma segunda volta.

Domingo foi um dia aziago. Estava a discutir as funções do presidente com a progenitora, com base na Constituição. Naquilo que está, de facto, escrito; do que o homem pode fazer (nomeações e afins). Foi agitado o fantasma do déspota nestas eleições, de repente assustei-me com essa perspectiva; a última palavra, agora, é sempre a do Cavaco (a do Presidente Cavaco). E são ainda várias palavras.

Mesmo depois de me ter apercebido do que é o sistema eleitoral português, onde não falta apenas o voto electrónico (que permitiria a um eleitor votar em qualquer mesa), passa até por não ter uma base de dados central de todo o eleitorado (estando a certificação/validação dos resultados assegurada sobretudo pelos membros das mesas de voto afectos às candidaturas em causa, sejam elas presidenciais ou outras – com os cadernos eleitorais na posse dessas míticas figuras que são os “Presidentes da Junta”); tinha a esperança (quase convicção) de uma votação mais preenchidota. Já percebi.

Pensava que 10 anos com o mesmo tipo a Presidente impunham algum respeito/consideração pela personagem, e que existiria alguma preocupação acerca da sua substituição. Sensação que aparenta estar errada.

Tenho cá para mim que o Jorge Pá era um tipo porreiro para ser presidente. Quando penso no mandato que vai acabar a 9 de Março, lembro-me da deslocação sem imprensa a quartéis de bombeiros num dos já habituais Verões ardentes, do aviso ao actual Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados – o Sr. Vara tinha de ser posto a andar porque isto afinal não era bem assim; mas também de silêncios manifestamente evitáveis em relação ao Alberto João. Esta e uma data de outras coisas podem não ter resolvido nada, mas ainda acredito que algumas deram algum jeito.
Até quando a esquerdice clamava “Banananolas!” por não ter posto o Santana a andar por aí mais cedo, ele pareceu-me, à sua forma, pedagógico; lá nos fez ver que aquele hábito tão Português de confundir o respeito pelas regras com a ausência de coragem é só mais umas daquelas coisas em que gostamos de acreditar, quando nos dá jeito.

Pretende-se que este tal de Presidente (Cavaco) seja a imagem disto a que chamamos País, quem nos representa, quem tem o poder de ser ouvido sempre que o desejar. O Jorge Pá tinha discursos chatos que ninguém ouvia, mas por mais de uma vez ouvi os que não ouviam queixarem-se, “Porque não eles não fazem nada, não falam do que é preciso!”.
Chegados ao dilema “não queremos ouvir, mas queremos que falem; não queremos saber, mas queremos que alguém nos diga”; não soa assim tão desafinada a vitória de quem nada diz, de quem tem um perfil supostamente sério, determinado e trabalhador. Enquanto civilização, estávamos a pedi-las, ainda que o senhor (Presidente Cavaco) não ganhe só por isso.
O tipo (o Presidente Cavaco) nem um discurso de vitória soube articular. Espero que o seu desempenho a Presidente da República me soe melhor que a expressão Presidente Cavaco, Aníbal, que ainda não me habituei. Que este seja apenas um daqueles sons enganadores (não tenho nenhum contrato com a marca, só meti isto porque lhe achei piada – demora um bocado a carregar).
Lx

PS(D) – Imagem gamada na net, mas creio que a origem da mesma é o “Expresso”.
O título.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Não me apetecia regressar à labuta...



...embora estas coisas não se possam dizer.
Fotos com “polaroid” alheia, sendo que a última foi completamente “à surra” e publicada sem qualquer tipo de anuência.
Faltas de qualidade da minha exclusiva responsabilidade.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

A ponte é uma passagem....

...para a outra margem.

Depois de ontem, talvez alguns se devam dedicar à pesca...

O novo régulo é de direita...À falta de um resultado mais alegre, resta-me esperar que regule bem...e defenda os interesses toda a tribo e não apenas os de quem o colocou na cadeira...

Pá, Jorge, já tenho saudades tuas, pá!
Ps: Fotos de sábado ao pé do rio, no Cabedelo, após o lusco-fusco...

domingo, janeiro 22, 2006

Puntarenas, Costa Rica




sexta-feira, janeiro 20, 2006

O fantasma azul...

Estava a casa totalmente às escuras, a luz não estava boa nem má porque não havia nenhuma...tão pouco havia motivo. As exposições descuidadas de 60 segundos deram nisto.

Tornei-me transparente, mas mesmo na versão fantasma continuo gordo...

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Arquipélago de San Blas / Canal do Panamá





Retórica...

Cheguei a um dos pontos mais baixos da existência...
Para melhorar do meu problema na coluna tenho de fazer uma terapia que consiste em levar 12 injecções duplas intra-musculares de vitamina B12 e relaxante muscular. São 6 dias seguidos e mais 6 dias intermitentes a levar injecções para cavalo no belo do traseiro...
Ao 3º dia de terapia posso desde já afirmar que a questão acima descrita tornou-se retórica...
E aqui, no posto médico da fábrica, nem sequer existem belas e esbeltas enfermeiras do sexo feminino que relativizem o sofrimento. É tudo homens nos seus cinquentas que dão injecções à "faquir"...

terça-feira, janeiro 17, 2006

Presidenciais IV - A decisão

Ainda falta, mas como acho que já não vou ter mais tempo para escrever sobre o assunto, já fica.
Resumindo, acho que os debates e a campanha (até agora) tiveram um grande mérito, perceber o que aí vem. Trouxeram, contudo, uma triste confirmação. No que isto (Portugal), se tornou.

Começando pelo que está em primeiro nas sondagens, Sr. Professor, devo-lhe dizer que, se dúvidas tinha, sobre se sua excelência (quase de certeza o meu próximo presidente) é um rotundo mentecapto, esta campanha em nada me defraudou.
A Cavaquice transpirou arrogância (nem sequer cruzou o ol
har com Francisco Louçã no debate televisivo), foi demagogo (cartazes com “sei que Portugal qualquer coisa assim entre aspas” dão-me vómitos), apelou ao que mais paroquial e pobre de espírito existe na sociedade Portuguesa (“duas pessoas sensatas, na posse dos mesmos dados, têm a mesma opinião” – exceptuando, por exemplo, se estivermos a falar de uma situação em que se impõe a intervenção de um Presidente da República).
Humildemente, parece-me que Presidente e Governo da mesma cor política é má ideia, haja então alguma vantagem na sua hipotética vitória.

O Dr. Soares é capaz de dizer a maior barbaridade deste mundo de cara séria, com toda a gente discordar de si, percebermos que não faz a mínima ideia do que está a falar e não perder nada com isso (“O Banco Central Europeu subiu a taxa de juro para estimular a economia europeia” disse o animal político numa entrevista ao Público).
Não gosto de analogias a partir da política para o futebol (ao contrário já acho alguma piada), mas desta vez abro uma excepção. Faz-me lembrar o Jorge Costa dos tempos áureos, a distribuir fruta para onde está virado, sem nunca cheirar o cartão amarelo.
Dizer que o Presidente não pode fazer nada, quando lhe dá jeito; e depois já pode, porque ele é que sabe como é que é, é mais uma pirueta assinalável. E um dossierzito de vez em quando também não faz mal a ninguém.A idade pode mesmo ser um problema, mas honra lhe seja feita no seguinte: desconfio fortemente que na sua idade estarei muito menos disponível para me dar ao trabalho de aturar a cangalhada Portuguesa, que alegremente desponta nestas alturas eleitorais (e noutras).

Também Alegremente, e ninguém o cala, com a Pátria, a fraternidade, a tortura do sono, Argel, a solidariedade e a guerra. Está bem, e quanto a ser presidente? E quanto à legislação que lhe deveria ter passado pelas mãos todos estes anos? E porque não suspende o mandato de deputado se não quer discutir essa questão menor e economicista - o orçamento de estado (única lei Portuguesa que obedece a uma espécie de constituição europeia – O Pacto de Estabilidade e Crescimento).
Duvido que Manuel Alegre seja o Homem certo para o cargo, que tenha a fibra e a coragem de decidir com o poder nas mãos.
Mas contrariar o actual PS numa candidatura independente, confesso que é de Homem. Dizer que não concorda com a candidatura de Mário Soares também. Incomodar aquelas almas pardas seguidistas, que confortavelmente se vão instalando em tudo o que é administração pública, ter a coragem de lhes explicar que uma coisa é ganhar eleições, outra bastante distinta é actuar sem sequer qualquer ponta de vergonha na cara, já mereceu o meu aplauso.

Caro Jerónimo, uma candidatura do PCP (e não sua) serve sobretudo para evitar uma maior abstenção e uma vitória à 1ª volta do Prof. Cavaco. Consegue ser simpático e não explicar nada. E arrastar eleitorado à sua volta, feito que eu julgava impossível.

Alguém disse um dia que o Prof. Louçã tem um estilo “tele-evangelista”. Eu concordo, a forma determinada e sobranceira como expõe os argumentos tem desarmado, para um comovente silêncio, jornalistas e oponentes. É pena, porque dava jeito que alguém o conseguisse contrariar nalgumas coisas. O Prof. Cavaco não se quis dar ao trabalho (provavelmente não precisa), mas desta forma perdeu uma boa hipótese de se descolar do epíteto “razoável economista”.

Garcia Pá! Tu é que a levas direita!
O que mais me preocupa é que, ao ver algumas notícias, começo a concordar com algumas das fatalidades que tu pregas. Tu próprio deves ter estar aflito pois, se calhar, não acreditavas lá muito nalgumas delas (“Nem no tempo do fascismo a polícia tinha o poder discriminatório dos dias de hoje!”).

PS – Imagens dos sítios oficiais dos candidatos.
Excepto a do Jorge Pá, arrebanhada em parte incerta.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Eu sou um mito...

...preparem-se, porque acho que vou perder a vergonha neste...

Ontem o filme do CAE era uma comédia romântica daquelas perfeitas para se ver ao domingo à tarde...era domingo à noite, o filme era bem leve como uma salada, e ainda bem, porque ainda estava cheio do cozido-à-portuguesa que me saiu a semana passada...

O história era sobre uma divorciada de meia-idade, bem boa por sinal, que começa, contra a vontade dela e sob pressão da família, a conhecer homens da Internet...Após uma tentativa promissora, mas falhada, vai desabafar com as manas:
Mana1:”...como correu ontem?”
Divorciada:”...a princípio bem...depois mal...ele era sincero e emocional sobre isto das relações...gostava, e não tinha medo, de falar muito sobre isso...assustou-me...inteligente e romântico...bem, deixei-o fugir...”
Mana2:”Romântico e gosta de falar sinceramente sobre os sentimentos isso é...
Mana1 (suspirando):”...um mito. Já não há homens assim...deixaste o homem fugir?”

Alto e pára o baile...mito?...suspiro?...eu estou aqui, cumpro as características acima descritas, mas as estatísticas não comprovam que seja um artigo de predilecção feminina.

Ok, prontos, estou a chegar à ternura dos noventa...quilos...e estou um bocado empenado, mas...por falar nisso do empeno, desde sábado que uso uma cinta de contenção lombar para mitigar o meu problema nas costas...agora já posso chegar a uma cachopa e dizer:
JAF:”...sabes, acho que temos algo em comum...”
UmaCachopa:”...ai sim, que interessante, o quê?”
JAF:”...ambos usamos algo com elástico e armação projectado para conter carnes...”
Bom, o que eu queria mesmo dizer é que:
Meninas, o homem sensível não é um mito. Se o querem tanto, eu estou aqui, venham-me buscar...ajudem-me a inverter a estatística, porque a estatística actual diz-me que vocês preferem os sacanas...

A Cripta...

...zapping no sábado, aparece o José Alberto Carvalho a anunciar no Telejornal:
“...e temos aqui um Engenheiro Informático para nos ajudar a compreender a encriptação, ou protecção, que os ficheiros do Envelope 9 traziam...”
E depois é com incredulidade que vejo o engenheiro abrir o Excel, escolher uma coluna de dados e “clickar”:
Tools->Filters->Auto Filter (!!!)
...eu a esperar ver uma proeza digna de um hacker e depois sai-me isto. A montanha pariu-me um rato, porra...uma audição de urgência em Belém por causa de um filtro de Excel...

Agora já posso dizer pó’ chefe, piscando o olho:
“...Engenheiro, já lhe preparei o ficheiro de custos...mas olhe, se quiser separar os custos por prestador de serviços ou por mês específico, olhe...use a “Cripta”...“

Os felinos domésticos malcheirosos que se cuidem, podem perder o emprego...a vida dos organismos públicos já é sketch que baste...
Ps: por acaso, fiquei mesmo com a impressão que a génese disto não passou de um erro inocente da PT, incompetente, mas inocente...

domingo, janeiro 15, 2006

Curaçao



As fotos são de ontem em Willemstad, Curaçao. Hoje navego ao longo da costa da Venezuela e Colômbia. Algumas aves marinhas indicam a presença de peixe, e as embarcações de pesca não demoram muito a aparecer. Amanhã, Cartagena.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Guadeloupe







Pointe a Pitre, Guadeloupe.

Porque existem diários desportivos

E porque é que estou a escrever isto? Porque esta semana devia ter começado o verdadeiro campeonato. Mas telefonemas e tal e coiso, que os outros não podem, jogo adiado e não sei que mais...
Resultado: acumulação indevida de bazófia futeboleira por falta de comparência do adversário (tecnicamente foi um adiamento, dado que a falta de comparência implicava a não realização futura do jogo e o agravamento do rácio “pagamento total/nº jogos”). Eles têm é medinho...
A coisa foi dramática; existia campo e eram necessários, no mínimo, 7 tipos para aproveitar a marcação do campo em jeitos de jogo de treino. Dei por mim a disparar telefonemas: se em 4 horas é complicado combinar um cinema, quanto mais convencer rapaziada a enfrentar o fresco das 22:00 (confirma-se a velhice propagada...).
Esgotei a minha lista de contactos e o saldo do telemóvel. Houve mesmo um tipo, com o qual nunca tinha falado ao telefone e que não vejo há uns 15 meses, que, arrisco, ainda hoje não sabe lá muito bem quem lhe telefonou.
E agora? É que ainda por cima arranjámos uma “Mister”. Uma “Mister”. Sim, é mesmo uma, não me enganei (a secretária aqui do pedaço treina as jogadoras do...wrhheee... qualquer coisa “Sport Lisboa e primo dá chapada” – a escola não é muito boa, é até má, vamos ver se o pé de obra compensa).
Vai daí entrou-se na discussão táctica. Quem sobe, quem compensa, reposições, barreiras, etc. – assim, do género, Conselho de Ministros a discutir o futuro modelo de gestão da EDP. E a testosterona a acumular-se.
Estamos a um passo de discutir as marcações de cantos por email. Agora sim, percebo o que sustenta a existência de 3 diários desportivos em Portugal... fóruns, conversas, premonições e pontos prévios sem que a equipa se conheça sequer toda.
Pior, já sei que vou faltar ao próximo jogo. Ao primeiro... deve ser castigo pelo nome escolhido... só eu sei...
Lx

E isso tira finos?

Esta tira e muito mais ;)...só é pena ser Canon! Eheheh...

"Adams Mode" aqui...

terça-feira, janeiro 10, 2006

Dominica



Roseau, Dominica. O dia começou às 06:30 com uma manobra à chuva e evoluiu até atingir o estatuto de dia de cão.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

O fatal frete...

Reparei nos comentários ao post do chimpanzé que já há quem ache que eu ando a ver filmes a mais, sugerindo até outras maneiras de passar o tempo:
- “...joga à bola, pá...” atira um...eu jogava, mas só amanhã é que apresento ao aprendiz de carniceiro o raio-x lombar que o ajudará a perceber se a minha dolorosa paralítica subsequente ao último jogo de baloncesto é algo digno de registo;
- “escreve mas é “posts” para o outro blog...” atira outra...minha querida., tenho 1 hora de net por dia, em horário de expediente, há que priorizar...

Mas, de facto, o filme que vi ontem foi a mais...

Ainda me tentaram desviar:
“...epá, só vou amanhã embora, de modos que eu e a minha cachopa pensámos em ir ao cinema no CAE, mas hoje ‘tá um qualquer português...”
“...ah, “O Fatalista” do João Botelho...”
“...pois isso...nem eu, nem ela ‘tamos muito para aí virados...também não sabes se é bom?...pois, se calhar vamos ver alguma coisa mais potável...”King Kong” já viste, “As crónicas de Narnya” talvez?”
“Obrigado...não, eu vou ao CAE...”.
Mas por que é que eu fui?
Havia o (FCPorto/Boavista+bejecas/tremoços) como alternativa...Porquê?
Eu sou um homem de rotinas...esta é só mais uma...

Ontem até tive uma companhia acidental/coincidental...ela perguntou-me no fim:
“Então gostaste?”
“Comprei um bilhete de cinema e saiu-me uma peça de teatro. Odeio teatro...”

Já devia ter percebido, por experiência própria, que esta última frase do “...odeio teatro...” não é muito popular entre a população feminina, se ao menos a sinceridade marcasse pontos, mas olhem, era domingo à noite, daí a 8 horas estava a trabalhar e ainda estava meio atordoado de ter assistido ao 1º “Tempo de Antena – Presidenciais 2006”, não se pode exigir muito mais.

Há várias formas crónicas de o erudito realizador de cinema português mostrar que também é da populaça, sem perder a pose, a saber:
1. Põe cenas de bordéis e cabarets nos filmes...
2. O guião é asneirento comó’ c#$%&%$...
3. Existem personagens caricaturais da nobreza decadente...
4. É o representante do Benfica nos debates televisivos de futebol...

Confesso que estes tiques me irritam, mas desta vez o primeiro teve um atenuante: uma das mulheres da vida deste filme era representada pela jovem loura protagonista de um dos folhetins diários da TVI, por sinal namorada do mandatário para a juventude do Manuel Alegre, por sinal vocalista da doninha. Agradeço o nu integral, aplaudo as 3 (três) frases que lhe estavam destinadas no guião...

Penso que os actores portugueses tomam os técnicos de som por incompetentes, pois não representam, declamam para um coliseu vazio com meia dúzia de gatos pingados na última fila...

Exercício mental: qual foi o último filme português de que gostaste?...bom, não desgostei do “Alice”, gostei do “Os Imortais”. Também tem p#$%& e bordéis e o realizador, o António Pedro Vasconcelos, também é um pedante benfiquista, mas vê-se bem melhor...

Exercício Mental: há alguma coisa em comum nos filmes de que não gostaste no CAE?...bom...SIM!!!...EUREKA!!! Foram todos produzidos pelo Paulo Branco!!! O produtor do Manoel de Oliveira. Já os vi de todos os feitios: uruguaios passados na Argentina, italianos passados na China, franceses passados em Marrocos ou portugueses passados em Portugal...se são do Paulo Branco, é frete na certa...

O discurso antigo continua actual. Fatal como o destino...

St. Lucia




Port Castries, St. Lucia.

domingo, janeiro 08, 2006

Barbados



Bridgetown, Barbados. A praia estava muito boa...

sábado, janeiro 07, 2006


A bordo tudo está calmo após uma travessia do Atlântico sem sobressaltos, à excepção de um encontro com a tempestade tropical Zeta que quase passou despercebido. Hoje tive a companhia de alguns peixes voadores durante a manhã. Amanhã, Caribe...

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Blues fora de época

Assim que me comecei a aproximar, começou a cair uma chuva violenta. Apesar das cãibras que ontem me ameaçaram, não foi assim tão difícil fazer uma saída brusca para resgatar o chapéu de chuva. Mais um mau tempo imprevisto; deve ser o ritual da semana - podiam era ter avisado mais cedo.
Ando aqui com uma sensação de indignação, esta última não se faz. Senti-a como uma “judiaria”. É certo que histórias de vai correr mal porque não pode correr bem, são blues que não existem; mas por muito que não me esqueça disso, ontem, o mood era de um certo blues.

A foto é de uma banda em Dubrovnik, singing the blues (é impressão minha, ou estou a repetir muitas vezes blues? Blues p’ra aqui, blues p’ra ali, blues, blues, blues...) na esplanada de um restaurante. A vocalista tinha uma voz muito sensual, era igualmente bonita, mas o que mais retive foi a sua simpatia (valor que incorre numa certa escassez). Numa praça, com mais alguns restaurantes, cheios de pinta, mas puxadotes.
A preguiçar na base de uma estátua, a gramar o belo do chuvisco ocasional, estávamos numa de pelintras após a Lasanha/Pasta/Pizza Capricciosa e a salada grega da noite, isto a preços mais consentâneos com o escasso orçamento extensamente debatido.

(Coisas do género:
“Eh pá, ontem gastámos mais 2,5 euros na dormida do que o previsto”
“Pois, tá certo, mas não te esqueças que incluiu o pequeno-almoço”
“Isso é tudo muito lindo, mas esquecemo-nos de contabilizar as 3 águas de ontem”
“Por falar nisso, Stella 0,5?”
“Oh, sim. Oh sim, sim.”)

Apesar de não lhe contribuirmos para o ordenado, a senhora voltava-se graciosamente para trás, ao final de cada música, a agradecer-nos (e aos restantes “Okupas”) os aplausos.

Hoje, durante o dia, apercebi-me que até o Tejo, habitualmente tão sujo como as negociatas na EDP (um pouco menos) lá começou a clarear aos poucos. Espero é que o mau feitio resvalado nesta semana não tenha provocado demasiados danos colaterais.
Pelo menos, já estou ligeiramente mais concentrado. E a aproveitar o facto de termos começado a combinar som com as investigadelas . Nem tudo são espinhos.
A de hoje:


"Mining For Gold"
(Traditional)

We are miners, hard rock miners
To the shaft house we must go
Oil bottles on our shoulders
We are marching to the slow

On the line boys, on the line boys
Drill your holes and stand in line
'til the shift boss comes to tell you
You must drill her out on time
Can't you feel the rock dust in your lungs?
It'll cut down a miner when he is still young
Two years and the silicosis takes hold
and I feel like I'm dying from mining for gold

Yes, I feel like I'm dying from mining for gold.