-Oh JAF, que tal essas prendinhas, hã? Que veio no sapatinho?
-Hum...deixa ver cheque do Banco, cheque da FNAC, camisa, livro e um DVD dos Kings of Leon!
-Credo, Kings of Leon...pfff, comercialito, não...
Eu ia jurar que esta alma que me interpelava há uns anitos achava os K.O.L. a melhor invenção desde a roda.
Mas pronto...como os rapazes venderam uns disquitos a mais e são capazes de fazer parte da playlist da Rádio Comercial...já não prestam.
As 22 músicas do DVD atravessam os 4 álbuns dos Kings of Leon. Pode se gostar mais de um disco ou outro, mas...para mim, não há ali grandes incoerências.
É apenas um simples espectáculo de rock n' roll. Simples e directo.
Começo a pensar que certas pessoas talvez não gostem assim tanto de música.
Mesmo na era da internet, uma banda americana para ser descoberta em Portugal, por mais indie que seja, tem que já ter vendido uns discos. Comercialitos portanto...
Qual é o mal que mais pessoas tenham acesso e gostem daquilo que pensávamos ser só para nosso deleite.
Agora uma coisa tenho que admitir: que as rádios portuguesas repetem os singles orelhudos até à exaustão, repetem. Isso faz enjoar de algumas músicas...
Mas não fazem parecer os Kings of Leon na pior coisa desde a Peste Bubónica.
Para a famosa e respeitada entrevistadora brasileira Marilia Gabriela, a pessoa que entrevistou de quem mais duvidou da inteligência foi a Madonna.
Muitas tropelias sofreu a senhora: nada de directos, perguntas sob censura, submissão de um video-portfolio (por esta altura ja ela tinha entrevistado presidentes e tipos como o Kissinger) e ainda foi olhada de lado por uma entourage de bichas por quem a rainha da pop se fazia acompanhar.
Pois bem a Madonna escreveu, produziu e realizou este filme bem porreiro. Terá sido outsourcing?
Ps: Aqui fica uma musiquinha importante da banda sonora. É de um dos protagonistas:
Uma viagem à Índia não está nas minhas prioridades. Tenho um pequeno problema com o sistema de castas.
Ainda não percebi porque os ocidentais vão buscar redenção espiritual num país tão profundamente injusto.
A táctica "...os meus problemas não valem nada perante isto...", não me parece que funcione no longo prazo.
Enfim...isto tudo para dizer que o livro "O Tigre Branco" parece um compêndio das razões para o meu anti-fascínio.
Um livro brilhante que nos faz desejar a cada momento que o que estamos a ler não é verdade. É ficção, mas parece bem real.
Ainda não vi o filme "Quem quer ser Bilionário" mas, parece-me que, depois de ler este livro, quando o vier a ver, a sensação será igual à de beber um fino depois de beber um shot de bagaço...
É como está escrito na capa: "Blazingly Savage and Brilliant".