Textos, leva-os o vento
Tinha que ler o texto. Aliás, tinha que fazer mais que isso, mas tem-se-me instalado uma preguiça avassaladora e o “é até hoje” tem resvalado para o “é até amanhã” (às vezes até para o “aquele abraço”...). Deve ser o frio (tenho estado aqui a pensar numa boa desculpa, e quando esta é a melhor...). O texto fazia-me lembrar aqueles prosas dos tipos de Gestão: muito senso comum e pouco substrato; que as pessoas sofrem cada vez mais de “hurry sickness”. Pois, está bem, ó rouxinol. E que as novas tecnologias só servem para agudizar este sentimento, os telemóveis, os emails, os... (nisto toca o telemóvel: “Os dados do BI?” “Está bem, o nº é o ...”). Bem, voltando ao texto; que as pessoas, mesmo quando não têm pressa, acabam por andar sempre a correr de um lado para o outro e... (“Uhhoooo! Phonix!”; 2 idosas saem disparadas, tropeçam uma na outra e ficam em forma de teia de aranha presas na campainha do corrimão do “6”. Este motorista é dos bons, acelera na descida da “Conde do Redondo”, que é para fazer aquela travagem mais rasgadinha na paragem da curva).
Bom, estava numa daquelas manhãs pouco contemplativas e não me apetecia sequer ouvir rádio. Assim que o autocarro parou, consegui ultrapassar toda a gente, subir as escadas das “Francesinhas” a correr, apanhar o elevador (que se estava quase, quase a fechar), confirmar se já tinha recebido resposta ao sacana do email que tinha enviado ontem acerca da inscrição (que não há meio daqueles palermas me responderem); e aproveitar aqueles primeiros cinco minutos, enquanto ainda não chegou ninguém, para despachar o post do Bento, que este fim de semana até ganhámos e não há meio de o acabar.
Se os artistas que fazem estes textos fossem mas é trabalhar...
Lx
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