A competência
A propósito dos fogos destes ano, a televisão lá de casa tem sido invadida por especialistas e comentadores à procura de soluções. Está-se a acabar a época, portanto entramos naquela fase da análise serena do problema.
Eu não percebo nada do assunto. Mesmo nada.
Eu não percebo nada do assunto. Mesmo nada.
Depois de tentar acompanhar algumas das teses expostas, cheguei à seguinte conclusão: Portugal tem os melhores bombeiros, analistas, investigadores em floresta e ambiente, polícias, GNR’s, Presidentes de Câmara, de Juntas de Freguesia, de Institutos Públicos; a população mais voluntariosa, os meios mais sofisticados (com uma escassez ou outra – mas com um acréscimo de 1326% em relação ao ano passado); e já estamos a preparar para o ano mais caças bombardeiros, mísseis de água teleguiados e submarinos de prevenção de incêndios. Temos mesmo pessoal muito bom. Do melhor. O único sacripanta que não colabora é o sacanolas do fogo (e é sempre o mesmo a repetir a graça todos os anos).
Creio poder desde já avançar com uma pequena parte da explicação (é certo que ainda não dá explicar toda esta área ardida assim de repente, mas OK, é um contributo à medida das minhas capacidades).
Ora, o “Tuga” é uma espécie que gera não só todos os especialistas atrás referidos numa relação qualidade/preço imbatível, como tem ainda estrutura suficiente para formar incendiários de excelsa competência. Excelsa competência.
E é aqui que tudo se explica: o crónico diferencial Luso entre as melhorias do desempenho e produtividade do Sector Público (governos, câmaras, etç.) versus as do Sector Privado (a rapaziada do fósforo, sujeita à economia de mercado, mais exposta à concorrência, etç.) também se manifesta neste sector.
Desta forma, assumindo que de ano para ano toda esta gente optimiza qualquer coisa ao nível dos procedimentos (com formação e tal); este acréscimo de competitividade relativa dos “privados” face aos “públicos” confere-nos sempre alguma margem de progressão para mais uns hectares de área ardida. Voilà!
Lx
PS – Que me perdoem sobretudo os bombeiros que estão no terreno. Esses sim, vejo-os na televisão com ar exausto. Ar de quem, de facto, se andou a debater com o problema dos incêndios florestais este ano.
E é aqui que tudo se explica: o crónico diferencial Luso entre as melhorias do desempenho e produtividade do Sector Público (governos, câmaras, etç.) versus as do Sector Privado (a rapaziada do fósforo, sujeita à economia de mercado, mais exposta à concorrência, etç.) também se manifesta neste sector.
Desta forma, assumindo que de ano para ano toda esta gente optimiza qualquer coisa ao nível dos procedimentos (com formação e tal); este acréscimo de competitividade relativa dos “privados” face aos “públicos” confere-nos sempre alguma margem de progressão para mais uns hectares de área ardida. Voilà!
Lx
PS – Que me perdoem sobretudo os bombeiros que estão no terreno. Esses sim, vejo-os na televisão com ar exausto. Ar de quem, de facto, se andou a debater com o problema dos incêndios florestais este ano.
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