auto-flagelação
"NUMA semana em que se demitiu o ministro das Finanças, apetece recordar que Portugal tem excelentes economistas, que a nação ouve há trinta anos com silenciosa reverência.
Não falando do ministro que acaba de sair, é impossível ignorar João Salgueiro.
Ou Silva Lopes.
Ou Vítor Constâncio.
Ou Medina Carreira.
Ou Ernâni Lopes.
O que eles dizem ninguém contesta.
Fazem previsões - que raramente coincidem com o que vem depois a acontecer -, mas isso não diminui a sua competência nem a sua capacidade de análise.
O país discute os políticos, critica-os severamente, ridiculariza-os mesmo - mas não discute o que dizem os economistas.
Ouve-os com o temor reverencial com que o doente escuta o médico cirurgião.
O PROBLEMA é que todos já foram ministros das Finanças - e a situação do país tem ido sempre de mal a pior.
Os portugueses continuam a acreditar nas receitas de Constâncio, Medina Carreira e Ernâni Lopes, mas é inevitável perguntar: se eles têm razão, por que é que, quando foram ministros, não aplicaram as medidas certas?
Por que motivo não viram o plano inclinado em que o país deslizava, dando o grito de alerta que permitisse inverter a situação?
Salgueiro, Ernâni ou Silva Lopes terão hoje carradas de razão nos diagnósticos que fazem e nas terapias que recomendam.
Mas por que não conseguiram aplicá-las quando estavam no Governo, por forma a não cairmos no buraco em que estamos metidos?
PORTUGAL é um dos países onde deve haver mais respeito pelo economistas.
Ninguém os confronta - e eles também não se confrontam uns aos outros, numa atitude de defesa da classe que é, aliás, compreensível.
Por tudo isso, dir-se-ia que Portugal é um dos países do mundo que dispõe de melhores e mais capazes economistas.
Como se compreende, então, que o país esteja como está?
Que estranho mistério é este o de um país com tão bons especialistas económicos e que apresenta constantemente, na área económica, resultados tão maus?"
Não falando do ministro que acaba de sair, é impossível ignorar João Salgueiro.
Ou Silva Lopes.
Ou Vítor Constâncio.
Ou Medina Carreira.
Ou Ernâni Lopes.
O que eles dizem ninguém contesta.
Fazem previsões - que raramente coincidem com o que vem depois a acontecer -, mas isso não diminui a sua competência nem a sua capacidade de análise.
O país discute os políticos, critica-os severamente, ridiculariza-os mesmo - mas não discute o que dizem os economistas.
Ouve-os com o temor reverencial com que o doente escuta o médico cirurgião.
O PROBLEMA é que todos já foram ministros das Finanças - e a situação do país tem ido sempre de mal a pior.
Os portugueses continuam a acreditar nas receitas de Constâncio, Medina Carreira e Ernâni Lopes, mas é inevitável perguntar: se eles têm razão, por que é que, quando foram ministros, não aplicaram as medidas certas?
Por que motivo não viram o plano inclinado em que o país deslizava, dando o grito de alerta que permitisse inverter a situação?
Salgueiro, Ernâni ou Silva Lopes terão hoje carradas de razão nos diagnósticos que fazem e nas terapias que recomendam.
Mas por que não conseguiram aplicá-las quando estavam no Governo, por forma a não cairmos no buraco em que estamos metidos?
PORTUGAL é um dos países onde deve haver mais respeito pelo economistas.
Ninguém os confronta - e eles também não se confrontam uns aos outros, numa atitude de defesa da classe que é, aliás, compreensível.
Por tudo isso, dir-se-ia que Portugal é um dos países do mundo que dispõe de melhores e mais capazes economistas.
Como se compreende, então, que o país esteja como está?
Que estranho mistério é este o de um país com tão bons especialistas económicos e que apresenta constantemente, na área económica, resultados tão maus?"
1 Comments:
Duh...ahahahaha...ahahaha...Duh...talvez seja altura de experimentar um engenheiro...
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