segunda-feira, junho 20, 2005

O meu paradigma...

...”bloguístico” surgiu de novo em força na minha a cabeça, sobretudo numa altura em que o Fisterra já leva quase 3 meses de existência e dobrou a marca das 1000 visitas, embora ¼ destas sejam da minha responsabilidade, devido à minha já anunciada info-exclusão, não conseguimos ainda excluir as minhas visitas...

Com efeito, posso dizer com absoluta certeza que o nosso blog é especial!...quanto mais não seja pelo facto de não conter qualquer link para outro blog qualquer, o que me parece uma situação muito fora da norma da blogosfera mais próxima, que se dispõe numa teia bem urdida, bem ligada...

Quem me alertou para esta situação anormal, o tal paradigma, foi a minha consciência que, de alguns tempos para cá, assumiu a voz do Zé Pedro Gomes. Naquele tom de melga que se escuta nos reclames ao “supermercado dos agrafos” na rádio, exclamou:
“-Ouve lá pá, tu não lês blogues, pá! Já reparastes?”

Ela, a consciência, tem razão: será que a crescente “blogalização” (anagrama de uma das palavras da moda, reveladora da inteligência do autor) adversa da minha vida subsiste apenas enquanto formalização da “teoria maternal” que sugere a existência de um marcado egocentrismo na minha pessoa?

Bom, lá isso não sei...sei que a minha experiência, prévia ao Fisterra, com blogs resumia-se a umas visitas abruptas ao pirata laranja, aquando do surgimento do fenómeno, umas consultas esporádicas sobre a história do pipi dele e aos quatro que, por essa altura, ainda não tinham face, muito menos seriam estrelas pop...Recentemente, tendo como ponto de partida o espaço próximo, geográfico e pessoal, vadiei irregularmente, mas com propósito científico, na imensidão de blogues...vadiei por entre remorsos consumistas, iconografia militante, arremedos políticos inacessíveis, bons e maus humores, fabulações do quotidiano, rigores técnico-informativos e desabafos dispersos...não me detive em nenhum...minto, agora vou regularmente a outro blog felino, mas esse terá muito pouco para ler e não é para aqui chamado...

Os números provam-no, engenharia oblige, não só não leio outros blogs, como provavelmente leio mais o blog em que eu próprio escrevo do que qualquer outro leitor...os meus motivos serão egoístas, escrevo mais para mim, do que para os outros, descobri que tenho essa necessidade...mas também gosto que os outros leiam o que escrevi para mim...



Se não existisse este fisterra.blogspot.com, teria de usar esta trombeta gigante colocada junto ao mar que descobrimos lá para os lados do fim-do-mundo e ficar sem voz ao tentar lançar para longe estas tonteiras que por aqui vou escrevendo...


Ao distinto co-autor que propôs o desafio deste blog, sem saber no que se estava a meter, e aos outros cerca de 800 pacientes convidados do Fisterra, aqui ficam os meus humildes agradecimentos por ocasião da milena de cliques, que sempre é um número mais redondo do que a quinhentola...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

bloga-mos...
sem malícia, claro!

2:20 da tarde  
Blogger Jaf said...

Acho que a forma correcta será:
embloga-mos...

ahaha...

8:43 da manhã  

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