entre a noite e o dia
O ar tem andado pesado (as temperaturas não ajudam e creio mesmo que a humidade estará um pouco mais “intensa”). Lisboa tem esta característica - por vezes o ar pesa.
As noites até podem ser muito mais agradáveis, mas ultimamente tenho-me surpreendido. Ou melhor têm-me surpreendido. Ou melhor ainda, têm havido surpresas e o meu papel varia de dia para dia.
Desde ter assistido a um assalto enquanto fazia crepes (já à parte da fuga, carteira debaixo do braço, e aí está ele a correr para o “ouro”) no Domingo; a ter interrompido, anteontem, um “pagamento” de uma senhora (deduzo que meretriz, embora possa ser uma extrapolação ousada da minha parte) a um taxista enquanto me dirigia para o carro, a seguir a um jogo de squash - para o qual me tinha esquecido de levar a hidratação mais habitual, o que conjuntamente com a fadiga acumulada me inibiu de esboçar qualquer tipo de estupefacção, pelo que toda a gente encarou o episódio de uma forma comoventemente natural; ao encontro fortuito e de diálogo inconsistente de ontem com uma das poucas saudades dos meus últimos anos de terceira fila a contar do fim.
Com noites tão “noites”, estava hoje de manhã a interrogar-me, a bordo de falsos carris, o que a noite de hoje me poderá reservar, ou mesmo, se os dias não poderiam contrabalançar o saldo.
Quanto à segunda questão, o Tipo lá de cima (o Tal que eu não reconheço) lá me fez a vontade e consegui vislumbrar pela janela, na paragem ao pé da sede da (in)competência política e legislativa, uma conversa entre um miúdo surdo mudo negro e uma monitora (professora/terapeuta?) loura como o Herman em fim de carreira. Não, não me lembrei desses, lembrei-me antes destes.Em relação à primeira, logo se vê. Espero pela “Little arithmetics” no final do dia.
Lx
2 Comments:
A humidade esteve abaixo dos 15%,por isso quase nao existiu...
é simplesmente um comentário a dizer: "há amigos atentos e que lêem as tuas crónicas"...dan so
a humidade, oh, a humidade...
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