terça-feira, maio 31, 2005

O Post Conceptual: Aí vai um à moda da Margarida Rebelo Pinto...

...porque por estes fins-de-semana também eu completei uma trilogia: “As-Danças-Que-Não-Me-Deixam-Pensar-Noutra-Coisa-Durante-Semanas”.

Episódio I: Pré-adolescência

Eu estava para lá abandonado num canto duma garagem poeirenta, quando ela, a mais velha e a mais gira, anuncia:
“-Eu danço com ele...anda...”

A música era do Vangelis...era a banda sonora daquele filme em que uma série de atletas ingleses meio amaricados tentam bater o record da milha e vão aos jogos, etc...”Momentos de Glória” era o nome do filme, se não me engano...como “slow” adaptado, a tal música tinha os seus prós e contras...era bastante foleira, mas, por outro lado, os seus mais de 8 minutos (ou 20?)de duração garantiam um bem estar prolongado...na altura pareceu eterno...

Não suei das mãos e deu para uma paixoneta não correspondida que durou p’raí dois anos...

Episódio II: Pós-Universidade

Eu estava para lá abandonado num canto de um pub apinhado de turistas, quando ela, a mais nova e a mais gira, anuncia:
“-Agora danças comigo...anda...”

A música era do...bem, não sei de quem era...era latina, daquele tipo que o espanhóis ouvem às pazadas e a malta finalista dança trôpega lá em Cuba ou na República Dominicana...como dança mexida, a tal música tinha os seus prós e contras...era bastante foleira, evidenciava a minha total falta de jeito, chegando mesmo a provar que quando era bebé devem ter trocado as minhas ancas por dobradiças em ferro fundido que por aquela altura já deveriam ter bastante ferrugem, mas, por outro lado, os seus mais ou menos 4 minutos de duração garantiam uma dança bem próxima com muitas trocas de (sor)risos à mistura...na altura pareceu eterna...

Não suei das mãos e deu para uma paixoneta não correspondida que durou p’raí dois anos...

Episódio III: Idade (quase)Adulta

Eu estava para lá abandonado num canto do buraco com música alternativa cá da terra, quando eu, o mais cheio de sono, anuncio:
“-Vamos embora ou ouvimos a próx...afinal, não...epá, esta tenho de dançar...”

A música era dos Blasted Mechanism: “Blasted Empire”...o esgrovianço pseudo étnico do momento... como som a atirar para o drum n’ bass, a tal música tinha os seus prós e ...acho que só tinha prós...é bastante porreira, deita por terra a teoria das dobradiças ferrugentas, provando que se eu gostar da música, volto a parecer humano, os seus menos de 5 minutos de duração ainda deram para reparar em ti, do outro lado da pista, a gostar tanto como eu da música, mas tu sabias dançar...acho que houve uma troca de olhares...na altura pareceu eterna...

Não suei das mãos (porque ainda segurava numa boémia fresquinha) e não sei no que vai dar...não te conheço, lembro-me das tuas tranças...não fui capaz de ir falar contigo, não te podia dizer:
“Sabes, vou escrever sobre ti...”



NDR: o título foi um acto de contricção devido à lamechice patente neste post. Qual não é o meu espanto, quando descubro que a senhora em questão tem mesmo uma Escola de Escrita Online!!!

Quero desde já declarar, sob minha honra, que em nenhum dos posts por mim publicados, incluindo este, levei em consideração as lições propostas por essa senhora. Por enquanto, ainda tenho a minha dignidade, SEI LÁ...

2 Comments:

Blogger Jq said...

E tinha amigas?

2:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Afonso, nunca pensei k tanto pudesses escrever sobre um olhar, moço até tens jeito pa coisa...
pode ser k ela volte!
animaniax

1:34 da tarde  

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