No início era o verbo…
“Eu blogo”. Foi este o título de um email que recebi em meados de Janeiro deste ano. Eu também já tinha pensado nisso, mas por esta altura ouve de facto um “clique”. Deve ter sido semelhante à primeira vez que vi alguém meu conhecido a “surfar”. Porque não?
Mesmo antes da ideia surgir, já tinha passado a vista por alguns blogs. Mantive-me relativamente atento a alguns, embora poucos. Seja porque só gosto deles parcialmente, porque o tempo escasseia, enfim, por uma data de outras boas desculpas. O meu silencioso “manifesto” sobre estas coisas será qualquer coisa do género de achar que há espaço para todos. É que eu gostava de poder ler muitos mais. Por muito diferentes que sejam das minhas áreas de esquerda ou de direita, das minhas referências, do meu clube, da minha filosofia, da fotografia que queria e não consegui, da minha timidez, da minha linguagem, do livro que não li. Do meu silêncio, da minha música ou dos meus hipotéticos propósitos que ainda não decifrei enquanto blogo. Gostava de ver muitos mais a arriscar (seja lá o que isso for). Pela parte que me toca, nunca consegui perceber exactamente o que se pode seguir.
Entretanto, a minha responsabilidade é diluída com outro distinto colega e, o que aqui se passa, continua a ser uma barafunda. Culpa exclusivamente nossa, evidentemente.
A minha “itinerância” baralhou sempre a contabilidade das afinidades. Tenho consciência de que não sou caso único; por entre o que faço e onde estou, os encontros e desencontros sucedem-se.
Parece-me que o tempo se esbate em períodos cada vez menos lineares; depressa se ganha e depressa se perde. Ou se vai perdendo ou ganhando, talvez seja isso. Algumas pessoas reservam sempre uma qualquer rubrica do activo, indiferentes a essa tal de “itinerância”. Outras inscrevem-se no passivo. E têm havido reencontros. E é assim, sempre foi assim.
Aquela sala é feita de pessoas, por muito que a lógica da actividade não o contemple. As passagens fugazes são frequentes, mas tem vindo a sobressair uma “estrutura” mais fixa, que já existia antes de mim. Dessa “estrutura”, registou-se ontem uma despedida. Foi de alguém que, nem que seja a divagar sobre piolhices diametralmente opostas às que me atormentam, involuntariamente ajudou a despoletar em mim este “fim do mundo”. Passados uns tempos decidi também arriscar. E, com esse tal de distinto colega, lançámos esta pérola…
Uma última referência, a que não resisto, é só para deixar cair que, especialmente tendo em consideração o ambiente sempre circundante (repleto de preocupações com as escolhas racionais do consumidor, num contexto de relação de agência, numa conjuntura de recessão e sem instrumentos monetários à disposição do governo da República, etç, etç); digo eu que foi hilariante a diversificação abrangida por algumas discussões, sobretudo à hora do almoço:
From the ice-age to the dole-age
Mesmo antes da ideia surgir, já tinha passado a vista por alguns blogs. Mantive-me relativamente atento a alguns, embora poucos. Seja porque só gosto deles parcialmente, porque o tempo escasseia, enfim, por uma data de outras boas desculpas. O meu silencioso “manifesto” sobre estas coisas será qualquer coisa do género de achar que há espaço para todos. É que eu gostava de poder ler muitos mais. Por muito diferentes que sejam das minhas áreas de esquerda ou de direita, das minhas referências, do meu clube, da minha filosofia, da fotografia que queria e não consegui, da minha timidez, da minha linguagem, do livro que não li. Do meu silêncio, da minha música ou dos meus hipotéticos propósitos que ainda não decifrei enquanto blogo. Gostava de ver muitos mais a arriscar (seja lá o que isso for). Pela parte que me toca, nunca consegui perceber exactamente o que se pode seguir.
Entretanto, a minha responsabilidade é diluída com outro distinto colega e, o que aqui se passa, continua a ser uma barafunda. Culpa exclusivamente nossa, evidentemente.
A minha “itinerância” baralhou sempre a contabilidade das afinidades. Tenho consciência de que não sou caso único; por entre o que faço e onde estou, os encontros e desencontros sucedem-se.
Parece-me que o tempo se esbate em períodos cada vez menos lineares; depressa se ganha e depressa se perde. Ou se vai perdendo ou ganhando, talvez seja isso. Algumas pessoas reservam sempre uma qualquer rubrica do activo, indiferentes a essa tal de “itinerância”. Outras inscrevem-se no passivo. E têm havido reencontros. E é assim, sempre foi assim.
Aquela sala é feita de pessoas, por muito que a lógica da actividade não o contemple. As passagens fugazes são frequentes, mas tem vindo a sobressair uma “estrutura” mais fixa, que já existia antes de mim. Dessa “estrutura”, registou-se ontem uma despedida. Foi de alguém que, nem que seja a divagar sobre piolhices diametralmente opostas às que me atormentam, involuntariamente ajudou a despoletar em mim este “fim do mundo”. Passados uns tempos decidi também arriscar. E, com esse tal de distinto colega, lançámos esta pérola…
Uma última referência, a que não resisto, é só para deixar cair que, especialmente tendo em consideração o ambiente sempre circundante (repleto de preocupações com as escolhas racionais do consumidor, num contexto de relação de agência, numa conjuntura de recessão e sem instrumentos monetários à disposição do governo da República, etç, etç); digo eu que foi hilariante a diversificação abrangida por algumas discussões, sobretudo à hora do almoço:
From the ice-age to the dole-age
There is but one concern
I have just discovered :
Some girls are bigger than others
Some girls are bigger than others
Some girls are bigger than others
Some girl's mothers are bigger than
Other girl's mothers
Lx
PS 1 – A foto, finalmente da minha safra, veio de Finisterra. Esta bota com mau aspecto encontra-se no extremo do cabo, na escarpa adjacente ao farol.
PS 2 - Os meus agradecimentos ao Cunhado, porque isto de não tirar fotos em formato digital remete-me recorrentemente para questões relacionadas com o scanner…
1 Comments:
Às vezes posso demorar, mas chego cá.
Saudades da diagonal, Ana
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