“Os meus óculos-de-sol” – trá-lá -lá dos anos 60?...
JAF: ”Boa tarde...precisava de uns óculos escuros graduados...os meus já têm um desvio de graduação...e...”
MDO (Menina Do Oculista): ”Humm, para graduar...não tem muita escolha, que lhe fiquem bem, tem basicamente estas armações, experimente...”
Coloquei-os na cara, reparei que são daqueles que, para além de tirarem o sol dos olhos, tiram também das bochechas e de metade da testa. Lentes generosas, portanto...FASHION!!!
MDO: ”Vê...ficam-lhe bem...gosta?”
JAF: “Ficam bem, mas não sei se gosto...”
MDO: “Porquê?”
JAF: “Sabe, eu sou tipo discreto e estes...e depois a marca, é meio, huh...chique... e eu huuhh, pois...”
MDO: ”O que me está a dizer é que não gosta de ter bom aspecto...é isso?”
JAF:” Bom, não é bem...huhh...”
MDO: ”Então?...”
DDO (Dono Do Oculista): “Engenheiro...algum problema...não gosta e não tem muita escolha ...ponha lá...é pá, ficam-lhe bem! Qual é o problema?”
JAF:” Huuh...marca e...huh, discreto...pronto, OK...eu levo-os...”
DDO: “...e ponha umas lentes de topo aqui para o nosso bom cliente...”
JAF: “Ai sim ?! E o preço...”
DDO: “...os seus olhos merecem e estas armações também, deixe lá o preço...mas, deixe-me cumprimentá-lo, então como vai a vida e tal...”- pega-me no braço e volta a cabeça par trás, ordenando: “...menina, faça lá encomenda das lentes...”.
Intermitência da morte, já dizia o nobel comuna: A menina do oculista tem os cabelos tão negros como os seus olhos, a pele é branca, semi-gótica, é gira que se farta...no dedo anelar usa um anel com um pentagrama. Uiiii, que susto: comprometida e satânica, águas passadas...nem quero pensar...
Um dia depois:
PDJAF (Pai Do JAF): “Passei no oculista levantar as minhas lentes. O tipo disse-me que foste lá ontem...”
JAF: “Pois fui...e então...”
PDJAF: “Ele disse: tão bom rapaz o seu filho, um tipo calmo, com aquela presença...”- nisto, o meu pai começa a mover-se em círculo com um ar gingão em câmara lenta e a rir-se a bandeiras despregadas....
JAF: ”Kééé!...o que é isso pai?!”
PDJAF: “O gajo imitou o teu andar, pá...foi de morte...e rematou: ...mas faz sempre boas compras, o seu filho!”
JAF: “Pois faço...” – assustado, murmuro: “Passa-me o vinho...”
PDJAF: “Agora bebes vinho?”
JAF:”Bebo!...e se tornas a imitar o gajo a imitar-me a mim, é melhor abrires outra garrafa!!!”
O meu pai levanta-se da mesa, faz a ginga outra vez, pisca o olho à minha avó e torna-se a rir, agora em coro com a minha mãe e com a minha avó, que já não ouve muito bem, mas aprecia estas palhaçadas...
Pois...faço boas compras, faço. Cum’ caraças...
MDO (Menina Do Oculista): ”Humm, para graduar...não tem muita escolha, que lhe fiquem bem, tem basicamente estas armações, experimente...”
Coloquei-os na cara, reparei que são daqueles que, para além de tirarem o sol dos olhos, tiram também das bochechas e de metade da testa. Lentes generosas, portanto...FASHION!!!
MDO: ”Vê...ficam-lhe bem...gosta?”
JAF: “Ficam bem, mas não sei se gosto...”
MDO: “Porquê?”
JAF: “Sabe, eu sou tipo discreto e estes...e depois a marca, é meio, huh...chique... e eu huuhh, pois...”
MDO: ”O que me está a dizer é que não gosta de ter bom aspecto...é isso?”
JAF:” Bom, não é bem...huhh...”
MDO: ”Então?...”
DDO (Dono Do Oculista): “Engenheiro...algum problema...não gosta e não tem muita escolha ...ponha lá...é pá, ficam-lhe bem! Qual é o problema?”
JAF:” Huuh...marca e...huh, discreto...pronto, OK...eu levo-os...”
DDO: “...e ponha umas lentes de topo aqui para o nosso bom cliente...”
JAF: “Ai sim ?! E o preço...”
DDO: “...os seus olhos merecem e estas armações também, deixe lá o preço...mas, deixe-me cumprimentá-lo, então como vai a vida e tal...”- pega-me no braço e volta a cabeça par trás, ordenando: “...menina, faça lá encomenda das lentes...”.
Intermitência da morte, já dizia o nobel comuna: A menina do oculista tem os cabelos tão negros como os seus olhos, a pele é branca, semi-gótica, é gira que se farta...no dedo anelar usa um anel com um pentagrama. Uiiii, que susto: comprometida e satânica, águas passadas...nem quero pensar...
Um dia depois:
PDJAF (Pai Do JAF): “Passei no oculista levantar as minhas lentes. O tipo disse-me que foste lá ontem...”
JAF: “Pois fui...e então...”
PDJAF: “Ele disse: tão bom rapaz o seu filho, um tipo calmo, com aquela presença...”- nisto, o meu pai começa a mover-se em círculo com um ar gingão em câmara lenta e a rir-se a bandeiras despregadas....
JAF: ”Kééé!...o que é isso pai?!”
PDJAF: “O gajo imitou o teu andar, pá...foi de morte...e rematou: ...mas faz sempre boas compras, o seu filho!”
JAF: “Pois faço...” – assustado, murmuro: “Passa-me o vinho...”
PDJAF: “Agora bebes vinho?”
JAF:”Bebo!...e se tornas a imitar o gajo a imitar-me a mim, é melhor abrires outra garrafa!!!”
O meu pai levanta-se da mesa, faz a ginga outra vez, pisca o olho à minha avó e torna-se a rir, agora em coro com a minha mãe e com a minha avó, que já não ouve muito bem, mas aprecia estas palhaçadas...
Pois...faço boas compras, faço. Cum’ caraças...
4 Comments:
:))
Amei este post!!
saudades
:)não me leves a mal meu querido mas este post podia pertencer a um livro do Adrian Mole,versão crescida... que delícia!é tão bom rirmo-nos das desgraças dos outros...:)vai ver o site www.olhares.com,tem fotos porreiras...
não levo a mal porque nunca li o Mole.
basta trancrever a vida, ehehe...
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