O lado escuro a descoberto
É um bocado complicado descrever o gozo que dá ler um livro destes.
Como qualquer livro da área, está cheio de verdades inquestionáveis um pouco dúbias, sendo que este ainda se dá ao luxo de enveredar por temáticas melindrosas.
A fenomenal lista de palavras de anúncios imobiliários associadas às melhores e piores casas; a razão dos traficantes de droga morarem em casa dos pais; como estudar a batota dos professores; a forma mais eficaz de combater o Ku Klux Klan; uma abordagem profundamente pragmática da influência da paternidade obsessiva no desenvolvimento das crianças (até porque ambos os autores são pais); e, claro, a já clássica relação entre a despenalização do aborto e a diminuição da criminalidade.
Esta última com um capítulo (a meu ver) extremamente interessante, onde se põe a nu a real eficácia das políticas implementadas por Giuliani em Nova York (as que passavam por castigar todos os delitos, começando pelos menores, por forma a implementar uma nova mentalidade na rapaziada mais nova). Este ponto é-me especialmente querido, porque depois de ter lido há uns anos uma reportagem do “Expresso” sobre a iniciativa, dei por mim a aturar o Paulo Portas a decalcar esta filosofia na televisão. Logo aí fiquei de pé atrás, agora percebo melhor porquê.
Um dos poucos autores que conheço da Sociologia Política tem direito a uma brevíssima passagem, mas a esse tenciono regressar de forma diferente, em breve. Só registo o facto, porque me pôs de sobreaviso: cuidado com quem questiona tudo de forma leviana, o “libertarismo” de Nozick nunca me pareceu bom conselheiro.
É sempre abusivo apelidar um livro de obrigatório, mas, perdoem-me o ênfase, é-me extremamente complicado descrever o gozo que dá ler esta análise dos mecanismos de incentivos.
É caso para dizer que todos reagimos a estímulos. Bons ou maus.
Lx
Como qualquer livro da área, está cheio de verdades inquestionáveis um pouco dúbias, sendo que este ainda se dá ao luxo de enveredar por temáticas melindrosas.
A fenomenal lista de palavras de anúncios imobiliários associadas às melhores e piores casas; a razão dos traficantes de droga morarem em casa dos pais; como estudar a batota dos professores; a forma mais eficaz de combater o Ku Klux Klan; uma abordagem profundamente pragmática da influência da paternidade obsessiva no desenvolvimento das crianças (até porque ambos os autores são pais); e, claro, a já clássica relação entre a despenalização do aborto e a diminuição da criminalidade.
Esta última com um capítulo (a meu ver) extremamente interessante, onde se põe a nu a real eficácia das políticas implementadas por Giuliani em Nova York (as que passavam por castigar todos os delitos, começando pelos menores, por forma a implementar uma nova mentalidade na rapaziada mais nova). Este ponto é-me especialmente querido, porque depois de ter lido há uns anos uma reportagem do “Expresso” sobre a iniciativa, dei por mim a aturar o Paulo Portas a decalcar esta filosofia na televisão. Logo aí fiquei de pé atrás, agora percebo melhor porquê.
Um dos poucos autores que conheço da Sociologia Política tem direito a uma brevíssima passagem, mas a esse tenciono regressar de forma diferente, em breve. Só registo o facto, porque me pôs de sobreaviso: cuidado com quem questiona tudo de forma leviana, o “libertarismo” de Nozick nunca me pareceu bom conselheiro.
É sempre abusivo apelidar um livro de obrigatório, mas, perdoem-me o ênfase, é-me extremamente complicado descrever o gozo que dá ler esta análise dos mecanismos de incentivos.
É caso para dizer que todos reagimos a estímulos. Bons ou maus.
Lx
1 Comments:
esse livro foi comigo de férias e voltou de lá por abrir.
um erro a corrigir brevemente.
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