Obrigado Cinema Português...
...sem a tua existência, eu nunca teria visto uma modelo deitada nas flores da campa recente do seu vizinho homossexual a rogar ao defunto noite fora:
"F$%&-me, F$%&-me!!!"
Pois é...ontem o filme no CAE foi o "Odete". O cinema português continua a testar os limites da minha pachorra e do meu estômago...não saí da sala porque estava cercado, mas houve quem saísse.
Não sou homofóbico, mas podia ter morrido sem ver visto a cena dum felatio numa sauna gay, que não perdia nada. Os cowboys comparados com isto são uma brincadeira.
Mas a náusea não vem do facto do filme conter relações homossexuais. Vem da história não ter pés nem cabeça. Vem da gratuitidade da efabulação dos sentimentos de perda (morte e maternidade). Vem da espiral psicótica em que as personagens principais caem e da qual nunca mais saem (o filme acaba sem que a história acabe). Vem de algumas cenas francamente mal representadas.
Salva-se a banda sonora, francamente boa. Salvam-se alguns planos muito bem filmados. Regista-se com agrado o nu da Ana Cristina Oliveira (isto nos filmes portugueses é sempre garantido)... mas como foi no ínicio não deu para acalmar os ânimos. Salvam-se também as pessoas na sala que às tantas reagiam aos diálogos e cenas mirabolantes com aquilo que mereciam: a risota geral!
Já achei mais piada à teoria de que um filme é bom quando provoca a reacções fortes, boas ou más, ou quando provoca a falta de consenso entre os que o viram. Também vou ter que rever o meu hábito de ir ao CAE sem ver que filme está em cartaz.
E acreditem, este nem sequer foi produzido pelo Paulo Branco...
2 Comments:
acho que na sexta no gato fedorento gozaram com as pessoas que gostaram desse filme:)
Amigo... Eu avisei que era imperdível...
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