segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Depois da tempestade, a borrasca...

Depois do abaixamento kármico evidenciado pelo meu último post, nada melhor do que um fim-de-semana fora, na capital, neste caso.

Boas vindas cumpridas na sexta-feira bem regadas por boa(s) e variada(s) cerveja(s) belga(s)...houve moderação, porque o dia tinha sido de trabalho e o seguinte tinha agenda para cumprir.

O casal queria acabar de rechear a casa e eu queria perceber como vou começar a rechear a minha, daí o dia passado no templo da quitanda sueca. Mato saudades dos tempos de estudante em Erasmus na Suécia, trazendo da mercearia, oportunamente anexa, 3 frascos de arenque em conserva Abba: molho de caril, molho de alho e molho de mostarda. Ninguém me acompanha.

À noite, o mergulho merecido na noite lisboeta. Primeiro paguei o Mico, depois em Santos, abri as comportas. O estado líquido e a passagem pelo sótão da moda demonstram a segunda razão porque até gosto de Lisboa, assim, de vez em quando. Deus sabe que sou um fraco por caras bonitas e mestiçagem, Lisboa não deixa que me falte nada.

A primeira razão é a luz.

No domingo pagaram-se os excessos e o dia, marcado pela desmotivadora tempestade, só começou depois do almoço que não o chegou a ser. Com pena, a projectada visita a Sintra encurtou-se na forma de uma subida ao seu Palácio, lá no topo. É engraçado.

O quarto do rei era mais perto da cozinha, do que do quarto da rainha...dá que pensar. Os excessos do mobiliário espantam, mas não cativam. Nos minaretes registava-se que, do céu azul à borrasca, a distância era curta.

Despedidas dos jardins, marcadas pela cor das flores. Várias tentativas, sob chuva de piadolas colectivas, para conseguir registar a cor certa. Sem Photoshop...
Com a chuva e a pressa, apercebo-me que o meu ser trapalhão ainda não se adaptou a esta coisa de andar a mudar de lentes e ao cuidado que é preciso no manuseamento geral da minha nova máquina fotográfica. Tenho muito para aprender.

Retorno a casa muito negro, com o ocasional pedraço e a ocasional rajada a reduzirem ocasionalmente a velocidade para 70 na auto-estrada...tudo ao som do punk morto e do relato, mais uma vez ganhámos à rasca, mas ganhámos...

Ainda tenho tempo para picar o ponto no CAE, o filme, esse era muito fraco. Quando não se tem um argumento de jeito, nem os flashbacks narrativos o disfarçam...
Lisboa estava fria e chuvosa, a garganta vai inflamar.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Agradeço o telefonema

12:37 da manhã  

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