O Jorge e a Amy...
Apesar de lhe reconhcer o talento especialmente nos textos, nunca gostei do Jorge Palma. É um não gostar primário, uma embirração, completamente subjectiva.
Sempre me diverti um pouco com as análises aos concertos do homem pelos meus amigos que gostam dele:
"...grande concerto, hoje tocou três sem pregos..."
"...o gajo não acertou com uma letra mas foi brilhante..."
"...desta vez o whisky só apareceu no encore".
Ás vezes penso que a música ficava para segundo plano. O espectáculo era o circo trôpego dos vícios do homem.
Mas estou a falar de cor e injustamente, porque nunca fui a nenhum concerto do Jorge Palma e discos não tenho, ofereci o último à minha mãe para ela trautear o "Encosta-te a mim" no bólide...
Ontem estava a fazer zapping após mais um episódio da minha indisputada favorita série de hospitais (o ancião "Serviço de Urgências"), quando vejo que estão a transmitir o Rock in Rio.
Apesar da constante e violenta massificação que as rádios portuguesas fazem, eu não resisto à voz da Amy Winehouse.
Mas o que eu vi ontem foi demasiado mau. Só a mais pura ganância comercial contrataria um ser humano naquele estado para um concerto perante 90000 pessoas.
O que mais me entristeceu foi que, apesar da desilusão da maioria das pessoas, na TV deram tempo de antena às tias que disseram que o concerto foi óptimo apesar foi feitio particular da artista. E que as quedas e quebras de voz são engraçadíssimas.
Em cima de um palco esteve uma pessoa que necessita de muita ajuda para se manter por cá.
A noite devia ser de luto e não de festa.
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