As abelhas maias...
Dialogos em linguas mortas e esquisitas, sangue, tripas, violência gratuita e violência justificada em mais uma história sobre a decadência social ou civilizacional...
Tal como no "Espancamento de Cristo", a experiência visual e sonora é fora dos limites. Não deixa é de ser muito bela.
Será que o Mel Gibson acredita que também nós vamos a caminho de um apocalipse e por isso filme estes exemplos do passado. Será que é isso que o leva para os copos...
Bom, se isso significa que ele vai continuar a fazer bons filmes como este. Força aí...
PSI: gostei de ver a evolução no processo de produção de cal em 500 anos (ou a ausência de evolução, ehehe)...
PSII: A selva deu-me saudades da Costa Rica, já a bicharada que por lá anda...
9 Comments:
Já eu não gostei tanto.
Dá-me ideia que ele se quer transformar na consciência Cristã da Humanidade. Boa fotografia, bom enquadramento histórico, mas interpretar a "chegada" Espanhola como um desígnio divino, a salvação de um povo que se destruía a si próprio (antecedida de profecias e doenças); pareceu-me um tanto ou quanto exagerado.
A farse do inicio diz qq coisa como: nenhuma civilização é destruida do exterior sem que se destrua por dentro primeiro.
o espanhois não são a salvação, vêm terminar o que já estava a caminho.
não vi moral cristã desta vez.
desculpa mas "He's fucked" como li numa das legendas do filme nao me parece nada ao estilo da epoca. Muito menos a cena da sogra a querer netos...
Devia ter feito o meu próprio post sobre o assunto.
A minha interpretação é pessoal e não fundamentada em qualquer declaração do realizador.
A cena da criança doente possuída de um espírito divinatório, toda a colecção de sinais premonitórios ao longo da perseguição, e o culminar na praia aquando da chegada Espanhola, não me pareceram inocentes, do ponto de vista confessional. Nem essa frase introdutória, que acho inquietante (especialmente com a tua adenda), dado o enquadramento. Admito que seja por serem públicas as posições dele, no que à fé diz respeito.
Quanto à parte histórica, no geral, pareceu-me uma boa descrição da sociedade (sobretudo a farsa das execuções). Quanto às sogras, será que era assim? Hehehe… Deve haver uma tese de doutoramento sobre isso nalgum lado…;)
Um colega meu que tem uma frase deselegante em relação à liberdade de opinião, mas a moral da história é que cada um acaba por ter a sua. Esta é mais ou menos a minha. Acho que vale a pena ver o filme, embora não o considere assim tão bom. Mas OK, em vez de poluir os posts dos outros com estes comentários, deveria ter escrito o meu.
Se os espanhois fossem a salvação o filme chamava-se "salvação" e não "apocalypto"...
de qq maneira, assim q entrei na sala de cinema tentei esquecer-me do credo do realizador...nã sei se isso é bom.
Claro, e se viessem do espaço seria o "Apocalypto Astronauta".
Creio que já assimilou devidamente o meu argumento, nomeadamente que a chegada Espanhola parece antecedida de divindade - talvez não valha a pena insistir nisto.
Apesar de Sua Excelência querer conversa, proponho que passemos ao ponto seguinte.
passemos, passemos...
a sensacao que o filme me deu e de que o modo de vida ideal e mais feliz era o da aldeia inicial, em comunhao com a natureza, sem sacerdotes maias e sem espanhois...
nao me parece que ali se tivesse renegado que os cristaos espanhois deram cabo daquilo tudo...
o jaguar paw e de facto uma personagem messianica, mas a sua escolha e viver um novo comeco, longe da grande cidade e longe dos espanhois e isso e apresentado como um final feliz.
a salvacao era seguir o caminho do jaguar paw e nao os espanhois.
mas isso foi como eu entendi.
pois pois...
e eu remato com:
e o Boloni!?!?!?
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