Já tinha saudades...
...de imaginar uma paixão de Verão.
Imaginava-a num sítio como S.Pedro de Moel, porque gosto dos passeios de calçada portuguesa cobertos de caruma e de sombra.
Imaginava-te com chinelos de enfiar o dedo porque naquele tempo não se lhe chamavam havaianas e não se fingia que vinham do Brasil. Sabia o que calçavas porque gostava de ir a olhar para o chão e ver os nossos passos lado a lado em direcção à praia, porque as mãos ainda não se davam.
Observava, feliz, a linha que descia do teu pescoço para o teu ombro bronzeado, enquanto escorrias e esticavas o teu cabelo claro para um dos lados. Ainda tremias do mergulho...
Na volta, vinhas descontraída...chinelos, toalha enrolada na cintura e o pólo do teu pai russo de antigo, desabotoado e grande demais, pendurado nos teus ombros.
Imaginava um beijo roubado numa sala grande e fresca de fim-de-tarde, chão de tijoleira, portadas de madeira escura e vidros foscos coloridos, por entre as almofadas de cabedal dos sofás, tão grandes que nos perdiam o pé...Lia-te nos lábios “...gosto muito de ti...” enquanto eu fechava o jardim e tu ainda espreitavas por detrás da tua porta.
Imaginava-a num sítio como S.Pedro de Moel, porque gosto dos passeios de calçada portuguesa cobertos de caruma e de sombra.
Imaginava-te com chinelos de enfiar o dedo porque naquele tempo não se lhe chamavam havaianas e não se fingia que vinham do Brasil. Sabia o que calçavas porque gostava de ir a olhar para o chão e ver os nossos passos lado a lado em direcção à praia, porque as mãos ainda não se davam.
Observava, feliz, a linha que descia do teu pescoço para o teu ombro bronzeado, enquanto escorrias e esticavas o teu cabelo claro para um dos lados. Ainda tremias do mergulho...
Na volta, vinhas descontraída...chinelos, toalha enrolada na cintura e o pólo do teu pai russo de antigo, desabotoado e grande demais, pendurado nos teus ombros.
Imaginava um beijo roubado numa sala grande e fresca de fim-de-tarde, chão de tijoleira, portadas de madeira escura e vidros foscos coloridos, por entre as almofadas de cabedal dos sofás, tão grandes que nos perdiam o pé...Lia-te nos lábios “...gosto muito de ti...” enquanto eu fechava o jardim e tu ainda espreitavas por detrás da tua porta.
Imaginava o meu sorriso matreiro a esgotar os passos do caminho de casa. Porque ainda me lembrava do cheiro da tua pele sem artifícios de perfumes. Porque tudo recomeçaria amanhã de manhã...
14 Comments:
Então, e de acordo com tua própria classificação, imaginavas que eras um sacana.
Ai... e como eu também gostava de ter agora uma paixoneta de Verão.
bjnho
um sacana matreiro, e orgulhoso disso
E eu ia mesmo agora acrescentar :”E tarado!”.
Vá lá, que apesar de tudo, ainda me contive.
Um gajo faz uma tenatativa honesta de manter o fluxo de vistas do sexo feminino ao tasco e vocês sabotam-na a torto a direito.
Falam de barriga cheia, pois claro.
com amigos destes...;)
Receio bem que tais suspeições sobre amizades alheias (quando há um ano e meio sugeria termos como "sacanas") só se comparará à preocupação demonstrada pelo Presidente Aníbal no que à partidarização do aparelho do Estado diz respeito (é caso para dizer que ele domina o assunto).
Quanto à barriga cheia, dadas as actuais circunstâncias, no mínimo, cruel.
Por fim, agora que reli a "tentativa honesta"; é que me apercebi das suas especificidades (o pormenor da chinela, porventura um tanto ou quanto assertivo). Prometo não voltar a poluir os seus "posts" com comentários inoportunos. (Um tipo quando está longe, fica rapidamente desactualizado).
Não há especificidades nenhumas...este post é tão genérico como os medicamentos. Antes houvesse especificidade.
Quanto ao conceito de sacanas, fui reler o post (http://fisterra.blogspot.com/2006/01/eu-sou-um-mito.html) e ele reporta à minha (e só minha)experiência pessoal da altura que obviamente não tem nada a ver com sr. dr.
Tomar o conceito que expus na altura por universal é estranho.
Tal universalidade significaria então que estaria de rodeado de sacanas.
Haveria 2 tipos de homens no mundo: eu e os sacanas.
Sim, isso de facto é plausível.
Tens uma memória do caraças. Obrigado.
EPÁ,EPÁ,E O BOLONI?!?!?!?!
X.
É interessante recordar esse senhor nesta fase do campeonato...
Confesso que ainda estou aqui a matutar sobre a não universalidade daquilo que a estatística te diz; mas entretanto, o X é o sacana do teu irmão, não é?
E já agora, quanto aos medicamentos, um conceito muito em voga até é identificar subgrupos da população que mais possam beneficiar da terapia...(por exemplo, moças com chinela e pólo russo à macho).
É com grande tristeza que reconheço que perdemos na pré-época com o benfas (ainda se fosse com o Yokohama Marinos), mas permita-me corrigi-lo xor PSIL, o campeonato ainda não começou…
(O comentário acerca do Boloni revela bem a sensibilidade do seu autor...)
Sensibilidade essa que é uma qualidade rara nos homens, por isso muito me surpreendeu este teu post.
Se é raro haver homens que sintam assim, mais raro é haver homens com coragem de descrever pensamentos assim.
Gostei.
Essa história de ser genérico está muito mal contada...quando deixares essa mania de ser "marca branca" hás-de ver o raio da diferença. Mais um exemplo de um produto colocado no mercado errado.Pode ser que apareça uma turista, eu pelo menos acredito em OVNIs só pelo princípio da coisa...
As fãs dos escritos do JAF também se podiam chegar à frente, o Verão está quase a acabar, e a vida é curta porra.
são 5:30 da manhã. mantive a minha promessa e vim para casa a ouvir pj harvey. e agora, quem é que é o poeta hã?
em grande druida...em grande...
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