quinta-feira, dezembro 25, 2008

7 raparigas mais talentosas que a Ana Free...

Lykke Li - "I'm Good, I'm Gone"


Emily Jane White - "Dagger"


Alela Diane - "The Pirate's Gospel"


Lisa Hannigan - "Teeth (Other Voices)"


Lauren Hoffman - "Broken"


Kathryn Williams & Neill MacColl - "Come With Me"


Sia - "Day too Soon"

terça-feira, dezembro 23, 2008

Demagogia...


Hoje numa troca de emails com a UBI - Universidade da Beira Interior, reparei no footer que dizia:

Imprima este email só se for mesmo necessário. A UBI é amiga do ambiente. As árvores são um bem imprescindível.”

Ora eu já tenho visto isto tipo de mensagem noutras empresas e aí perdoo. Agora numa universidade não. Uma universidade devia ter cuidado com o que escreve, a frase está errada. A frase certa é:

Imprima este email só se for mesmo necessário e garanta que recicla o papel gasto. A UBI é poupa recursos.”

Agora pergunta o leitor, mas ó JAF tu não trabalhas numa empresa que produz mais de um milhão de toneladas de papel por ano? Não serás parte interessada?

Sim e ...sim. Mas na minha empresa só se imprime quando é preciso e não se desperdiça papel. Ou tenta-se...Eu tento.

A parte errada da frase é que não se salvam árvores nenhumas por não consumir papel.

Ninguém vos diz “...não comam couves porque as pencas são inestimáveis.” ou não comam frango assado porque um mundo sem galinácios é triste...”.

As árvores que nós usamos para fazer papel são uma cultura agrícola como outra qualquer, apenas têm ciclos de colheita de 10 anos. Por cada árvore que é cortada obviamente outra é plantada. só queremos árvores de florestas sustentáveis.

Todas as partes da árvore que não servem para a produção do papel são usadas para produzir energia verde. Verde porque é limpa e verde porque é renovável. As emissões gasosas são baixas e as cinzas são usadas como fertilizante na silvicultura. 

A nossa empresa capta mais CO2 do que liberta. A razão é simples:

Assim como quando uma pessoa é jovem tem mais capacidade respiratória, um eucalipto quando é jovem tem mais capacidade de fazer fotossíntesse, libertando oxigénio, e tem mais capacidade de crescer, fixando carbono. Árvores velhas perdem estas capacidades, logo a renovação da floresta melhora a qualidade do ar.

E o papel reciclado? Deve-se reciclar obviamente, mas também, se não se gastarem papéis finos (impressão e escrita) não haverá nada para reciclar e assim jornais, embalagens, cartões serão feitos de fibra virgem em vez de material reciclado.

Existem outros produtos feitos com celulose como fraldas e papel higiénico e como nunca iremos limpar o nosso rabo ao iPhone ou lavar fraldas de pano sem utilizar água e detergentes, a mensagem é: não desperdicem, mas também não pensem que vão salvar o mundo.

Eu não defendo que se abatam florestas milenares para fazer silvicultura agressiva. Mas existe mais que espaço para plantar as árvores necessárias ao nosso consumo de papel. O ciclo é fechado.

A reciclagem de papel, embora necessária, é dos processos industriais que mais água gasta, por outro lado como as tintas que usamos não são solúveis em água, tem de se usar solventes poderosos para tratar o papel. E a água, essa, sim é um bem inestimável.

Quando vim trabalhar para esta indústria sabia da sua reputação ambiental, preocupava-me vir a ter consciência pesada. Não tenho.

A nossa empresa baixou os consumos de água em cerca de 60% nos últimos 15 anos, utiliza 95% de energias renováveis no seu processo, tem uma eficiência energética bastante alta.

Não entendo como poderá compensar economicamente poluir. No caso das emissões líquidas e resíduos sólidos a teoria é simples, quanto menos sair, menos terá que entrar, neste caso matérias-primas e água. No caso das emissões gasosas também: toda a gente sabe que um carro que carbura mal consome mais combustível, quando as nossas chaminés não estão limpas significa que não estamos a queimar combustível de uma forma eficiente e por conseguinte estamos a gastar mais para produzir a mesma energia.

Ou seja a uma ineficiência ambiental corresponde sempre uma ineficiência processual e por isso um prejuízo económico.

Escrevi este texto de memória, deve conter imprecisões, porque ninguém mo encomendou.

Acho que essa história de não consumir papel para poupar as árvores, num país civilizado é demagogia e a demagogia não salva o ambiente.

Quando deixarmos de consumir papel alguém se vai lembrar de as plantar para lenha e assim voltamos à Idade Média, porque uma árvore queimada para energia gera 9x menos valor do que uma árvore usada para fazer papel.

E aí sim, seremos uns meninos à volta da fogueira...

Imprima este post só se achar necessário. Ninguém o vai ler, quanto mais imprimir...

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Escolhas...



Na noite do dia 16 de Dezembro estive no jantar da minha direcção fabril que incluia o espectáculo do cartaz acima...por incrível que pareça eu já o tinha visto numa noite em que eu e o Psil não tinhamos mesmo nada para fazer na Figueira. Tudo fechado menos o Casino...Enfim, Setembro numa estância balnear é assim mesmo...as legs são mesmo hot, mas eu não sou fã por aí além de can-can...

No mesmo dia 16 tocavam no Santiago Alquimista em Lisboa os Asian Dub Foundation, uma das bandas que mais me influenciou (inspirou) na minha vida. Nasceram de um projecto de acção social que punha putos desfavorecidos a tocar instrumentos musicais. A atitude punk, a crítica social sem filtros e a mistura incrível de estilos sempre mexeram comigo.

O Iggy Pop disse que são melhor banada ao vivo dos últimos 30 anos...eu não meto para a veia como velho Iggy, mas o concerto que vi na Queima de Coimbra há 1/2 dúzia de anos não sai de cá de dentro...

Por isso aqui vai mais um retrospectiva, cortesia YouTube...

Do 1º álbum numa major, "Rafi's Revenge", "Buzzin":


Do álbum "Community Music", "Real Great Britain":


Do álbum "Enemy of the Enemy", "1000 Mirrors" com a senhora Sinead O'Connor:


Do álbum ao vivo "Keep banging on the walls", "Rise to the Challenge":


Do álbum "Tank", "Flyover":


Do novo "Punkara", que significa a fusão entre punk e bhangra music (estilo tradicional indiano), "Burning Fence":


Agora adivinhem onde eu queria ter estado em 16 de Dezembro.

Naya Zindagi, Naya Jeevan...new way, new life...

É pá vejam...


Acho que foi o filme mais visto em França, este ano ou de todos os tempos.

É uma comédia muito, muito boa e nem é preciso um doutoramento em sociologia para a perceber.

Em Portugal chama-se "Bemvindo ao Norte" e para mim é um must...é pá, vejam, prontos.

domingo, dezembro 14, 2008

Passagem de testemunho e a Ministra...



Durante 5 anos e meio vivi com uma checa. Chamava-se Fabia.

Não era loura e de olhos azuis. Era preta, pouco potente e muito utiltária.

Vivemos bons momentos juntos mas troquei-a por algo mais novo.



O eleito é um alemão, nascido lá para os lados de Palmela.

É a minha ajuda para a indústria automóvel nacional...

É branco, muito potente e pouco utlitário.

Mas cada vez que o conduzo põe-me um sorriso nos lábios.
Por vezes desligo o rádio para ouvir o motor.

Não foi uma escolha racional, mas agora preciso dos tais sorrisos, não de coisas úteis.

Se bem que por vezes é preciso um sorriso utilitário.
Ouvi a Ministra da Educação aos microfones da TSF dizer que foi bom que a Plataforma Sindical dos Professores, finalmente, após meses de negociação, apresentasse propostas por escrito, mas que infelizmente tais propostas não enchiam sequer uma folha A4.

Se isto for verdade, eu, se fosse professor, estaria muito preocupado com quem me representa. E longe de mim querer defender o Governo, pois não conheço a sua proposta.

Quando a minha empresa foi privatizada, foi modificado o sistema de avaliação e progressão nas carreiras.

Foi implementado (imposto), não foi discutido. Apesar de o achar simples, está explicado num manual com bastantes páginas.

Não houve greves.

O tal modelo é bastante mais restritivo do que o anterior, retirou bastantes perspectivas de carreira e de vida a cada um de nós.

Mas até agora só encontrei uma maneira de eu vencê-lo, apesar de poder não ser suficiente: mais trabalho e mais competência.

É que isto não anda para brincadeiras.
E ao reler este post lembrei-me do Fisterra de 2005.

Os mal-amados...


A  crítica foi quase unânime: "Seda" foi um dos grandes falhanços de 2007. A seca do ano.

A história roda à volta de um francês que a meio do séc.XIX, quando era proíbido a estrangeiros entrarem no Japão, se deslocava anualmente de França até lá, por terra, para comprar ovos saudáveis de bichos-da-seda para que as fiações na sua terra natal se mantivessem em serviço, já que a bicharada europeia era afectada por uma maleita desconhecida. Pelo meio existem os remorsos que sente ao sucumbir a um amor platónico de uma concubina de um senhor feudal japonês, quando sabe que tem um amor incondicional pela sua mulher.

Concordo que narração do personagem principal é monocórdica, que o filme é demasiado retalhado onde se exigia calma e é tortuosamente demorado onde não existe nada que o justifique. Algumas cenas de amor são gélidas, existem algumas imprecisões.

Um crítica chegou a dizer que este filme é tão interessante como olhar para uma caixa de sapatos e olhar os bichos a mastigar as folhas de amoreira.

Eu comecei a ver este filme as ontem ás 20h30, nesse dia tinha sido chamado à fábrica às 3 da manhã e por lá me mantive até às 19h00, no entanto vi o filme, com o aquecimento na minha casa a 25ºC sem luz na sala e mesmo assim não adormeci.

Existem essencialmente 2 razões para que tal tenha acontecido. A primeira prende-se com o facto de que se não entregasse o filme até ás 23h pagava mais 5 euros e eu, para algumas coisas, sou pelintra. A segunda é que tudo neste filme é belo. Muito belo. As pessoas as paisagens, a música de Ruychi Sakamoto...tudo.

Já aqui disse às vezes olhos os filmes como uma série de fotogramas e me desprendo da narrativa. Este é um desses casos. Se desse muitos ouvidos às críticas teria perdido o prazer que este falhado filme me proporcionou.   




Sou um fã tardio e estranho do M. Night Shyamalan. Ainda não vi o filme que o trouxe para a ribalta ("O Sexto Sentido"), nem o que me dizem ser o melhor ("Unbreakable"), adoro todos os outros, até o monosprezado("Senhora da Água").

Tinha então espectativas elevadas para este novo filme mas o facto é que me irritou. Continua a aludir ao 11 de Setembro e agora junta o moralismo contra a nossa decadência ambiental.

A premissa é a seguinte: se por vezes as algas matam os peixes com estranhas toxinas quando sentem o seu ecossistema ameaçado, o que aconteceria se as as plantas do mundo se sentissem fartas e ameaçadas pelos humanos e quisessem acabar com a nossa raça.

A premissa até é jeitosa, mas neste filme as plantas libertam uma toxina que acabam com os instintos de auto-preservação das pessoas, como tal, as pessoas quando a inalam sentem uma necessidade imediata de se suicidarem. Isto é bastante macabro e assusta um pouco, mas depois assistem-se neste filme coisas que dão cabo disto.

É que algumas pessoas quando inalam a toxina não têm nada de jeito ou muito prático para se matarem. Então o susto e medo provocado por cenas onde pessoas sucessivamente se atiram de um topo do edificio ou de cidades fantasma populadas por técnicos de electricidade enforcados nos postes de electridade, é substituído pelo riso e incredulidade perante o ridículo, quando vemos gente (com muito sangue a jorrar e outros pormenores "gore") a meter-se debaixo de cortadores de relva ou a besuntar-se com carne no fosso dos leões do zoo.

Mais rídiculo é pensar, como o filme sugere, que as pessoas quereriam viver normalmente e sem traumas 3 meses depois em cidades e vilas onde supostamente milhões se teriam suicidado. 

Acho que os actores e particularmente, Mark Wahlberg, também não ajudaram muito.

Este filme deixa-me um travo agridoce semelhante aquele com que fiquei qundo vi "A Guerra dos Mundos" do Spielberg.

Uma oportunidade perdida.  

terça-feira, dezembro 09, 2008

Outro prolongado, tomem lá mais cinco...


Filme indie inglês sobre as insómnias e dor-de-corno que se sucede ao fim de uma relação.

Vale a pena pela caderneta de cromos que são as personagens.

Mas a distância a uma comédia de domingo não é muita, o que não é necessáriamente mau... 


Ainda embriagado pelas férias, aluguei este épico japonês do séc. XIX onde se viviam os últimos dias dos samurais e havia a guerra entre o poder do Imperador e o poder do Shogun (uma espécie de regente do Império). Também já se combatiam espadas com tiros...

Apesar do interesse histórico foi um pouco seca e notei um toque de nacionalismo/propaganda que me irritou...

Ganhou os óscares japoneses e tal... 


Um filme musical irlandês é construído à volta da história de como dois estranhos se encontram e acabam por ir gravar uma maquete juntos, seguindo depois cada um o seu rumo.

Excelentes músicas do tipo singer/songwriter (cantautor) e logo excelentes actores/músicos.

Ganhou o Festival de Sundance. 


Li algures que se este filme fosse lançado na era dos westerns era só mais um entre tantos.

Ora esta não é a época dos westerns e por isso soube-me bem ver este filme, assim clássico, bons actores e excelente fotografia.

Uma boa coboiada... 


Este é um dos queridos da crítica especializada deste ano.

Mas não passa de uma peça de teatro filmada, eu detesto teatro, e, com esta peça/história, gostei menos ainda. Pastores, pastoras, ninfas, druidas, bardos, tudo a falar em verso...ufff. Que estucha.

Nem umas quantas mamocas ao léu me salvaram o filme.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

F-D-S prolongado...o que passou...

...sim pareço o Bruno Nogueira que à 2ªfeira tem uma rubrica na TSF chamada "Sugestões para o fim-de-semana que passou".
Com tanta borrasca já previa que ia falar de filmes. Mas...

Mas, sexta ainda fui ver os Deolinda ao Casino da Figueira. Sala enorme para a ocasião não ajudou ao concerto que foi um simples desfiar do disco.

Os músicos são excelentes, como um amigo meu disse: eles tocam música leve e descomprometida com o peso e o compromisso de música de câmara...a música é gira, mas está demasiado colado a um conceito que terão de re-inventar.

Mas gostei muito, já que ainda não me fartei do disco, nem do fon-fon-fon.


Primeira fita do fim-de-semana: uma adaptação de um romance do Ian McEwan que eu tinha lido por entre a selva do Sri Lanka e a praia das Maldivas.

O realizador já tinha adaptado "Orgulho e Preconceito" fazendo um filme clássico em pleno séc.XXI.

Repetiu a fórmula e eu que não resisto a dramalhões bem filmados, convenci-me. 2ª vez.

 



Segunda fita do fim-de-semana: mais um filme "empírico" de Wes Anderson.

À saída do visionamento do anterior "Life Aquatic with Steve Zissou" perguntaram-me:

-Gostaste ?

-Adorei e tu?

-Pior filme que já vi. Como é que tu adoraste?

A verdade é que não sei, assim como não sei porque gostei tanto deste "Darjeeling Limited", olha porque sim, olha porque a um nível subconsciente alinho com a maluqueira destes tipos.



2ª feira. De manhã pedalo 45km sob ameaça séria de borrasca. O que me levará mais tarde, após dois dias sem me sentar direito, a comprar umas calças de ciclista com enchumaço de protecção aos orgãos de canalização. São de lycra. Vou usar uns calções "não-panisgas" por cima.
Terceira fita do fim-de-semana: um filme sério, crimes de colarinho-branco, o falecido Sydney Pollack como garantia de qualidade. Um bom e não-extraordinário filme.



Quarta fita do fim-de-semana: também eu já estive mais longe de comprar uma boneca anatómicamente correcta para me fazer companhia.
Só peço que o meu filme tenha um final feliz com este teve.
Ryan Gosling a sacar mais uma excelente interpretação, num filme leve que trata de coisas sérias.
Vem mais um fim-de-semana prolongado, se houver borrasca, venho cá dar mais seca, ok?