quarta-feira, maio 24, 2006

Afogado...

...em fotos. Graças às últimas férias.
São 600 e tal e muitas estão muito porreiras. Fazer uma selecção para publicar aqui no tasco está muito díficil.
Só ontem comecei a brincar com elas por isso, para já, vou mostrar as que vou colocar no concurso quinzenal do meu fórum de fotografia favorito. Daí o facto de terem títulos em inglês.

Understanding Freud

Wanna' come down?

Desert Flower

Muitos outros posts em perspectiva.

segunda-feira, maio 22, 2006

A fé dos outros

No seguimento da abordagem metódica, intelectual, avessa à demagogia e a temas da moda a que o Fisterra a todos tem habituado, venho cá falar um bocado dessa obra-prima emanada pela literatura e cinema contemporâneos: “O código Da Vinci”.
E desde já os meus parabéns aos autores, porque conseguiram entrar à bruta por tudo o que era noticiários, jornais, crónicas de opinião, programas de entretenimento e até blogs... (não fosse a superliga já ter acabado e creio que até no balneário do Benfas se falaria sobre o assunto, tal a concentração de Madalenas, hehehe!).

Já tinha lido o livro e agora fui ver o filme.
Tive de ler o livro uns tempos depois da loucura em relação às revelações da vida de Maria Madalena ter amainado. Não de propósito (ou com qualquer propósito).
Há ano e meio, estava eu de férias no Algarve quando uma amiga de um familiar meu me começa a bombardear com as verdades insofismáveis de há dois mil anos atrás, contidas na literatura do momento. A mim e aos outros desgraçados, incautos, sentados naquela mesa. Estava um bocado em desvantagem, só conhecia o familiar, embora tivesse a meu favor a 2ª caipirinha.
A senhora sabia “coisas”, pois já tinha “lido livros” e dei por mim a deixar cair alguns comentários ligeiramente desagradáveis acerca de uma ou outra eventual falta de rigor do papel do feminino noutras culturas que não a judaico-cristã, pois se calhar essa opressão não seria propriamente um exclusivo deste lado do globo (ao contrário das hóstias de trigo, cuja patente ninguém questiona).
Errado, devia ter-me encaminhado calmamente para a 3ª caipirinha, em conjunto com a maioria. Em vez disso, eu que ainda não tinha lido o livro, quase ia dizendo outras “coisas” até me ter apercebido... ninguém me estava a pagar para aquilo...e, ainda por cima, sou agnóstico; a minha causa não ganhava lá grande coisa se continuasse a questionar a eventual manipulação dos factos que a igreja católica nos tinha a todos imposto durante séculos.
O corolário foi não ter pegado no livro devido às náuseas que a memória daquela recém-discípula do "madalenismo" me provocava mal avistava a “Mona Lisa” (do Da Vinci).

Fui já ver o filme, almofadado, por forma a conseguir manter-me tranquilamente na senda da 3ª caipirinha, caso com um qualquer "madalenismo" encarnado me torne a ensombrar.

E eu (que agora também me apetece dizer que sei “coisas”) acho que este é o principal problema do “Código”. Os fanatismos da “pato-bravaria”.
A “Visão” e o “Expresso” já me explicaram este fim de semana algumas imprecisões/erros do livro. Livro esse que não será para Nobel, mas também não suficientemente excelente ou asqueroso para motivar novas seitas ou colocá-lo no “Índex” (semi-abolido em 1966). Teria sido interessante que o autor descrevesse as fontes utilizadas e esclarecesse qual a parte de pura ficção por si criada, embora as vendas se pudessem ressentir...
O filme parece-me que vai pelo mesmo caminho (apenas um pouco pior que o livro, como habitualmente); não chega ao Oscar, nem estará na minha lista dos 10 horríveis (ou então sou eu que só vejo os muito maus...). De certa forma, não compreendo devidamente os apupos que lhe atribuíram em plena estreia no festival de Cannes (arriscaria que já por lá passaram filmes pelo menos tão duvidosos).

E depois de ter ouvido os louvores à “abertura” da Opus Dei durante a última semana (instituição que nunca me inspirou grande coisa), dei por mim a consultar isto. A minha boleia de Sábado, cuja ligação ao divino está devidamente protocolada, também se riu da “abertura” (parece que sempre foram bons a demarcarem-se) e referiu-se a um eventual caso amoroso do Cristo com um sucinto “Não me parece que o amor possa ser pecado”.
Bem visto. Sobretudo porque já estava convencido que não iria mais ser capaz de discutir fés com ninguém.
Lx

sexta-feira, maio 12, 2006

Peregrinagens...

Este ano parece haver mais peregrinos para Fátima. Ou é da crise, ou é dos coletes amarelos...
Mas também eu vou peregrinar, de um modo mais profano, é certo.
Com efeito, depois de uma semana com péssimas notícias, tais como o João Almeida não ter ganho o congresso do PP ou o Koeman deixar a Luz, finalmente um final em beleza: o Sá Pinto não se retira e eu vou de férias!!!
Uma semana para gastar os dias de 2005.
Paragens garantidas na Corunha, em Copenhaga e em Berlim.
Auf Wiederblogen!!!

terça-feira, maio 09, 2006

O grande final (possível)

Já com o título decidido, o calendário impôs vários jogos à mesma hora. Na era do futebol de activos, uma presença na Champions equivale a um desafogo financeiro temporário, portanto, domingo, ficar em segundo, era mais que ser o primeiro dos últimos.
Noutros campos, outras contas, e apesar da azia que a actual “gestão” da Naval me provoca, não resisti a levar o anti-depressivo comigo, em modos de FM, para acompanhar o desfecho “em directo”. A lógica irracional era um bocado à populaça em apoio à Fátima Felgueiras: sei que aquilo é uma desgraça, mas é a nossa desgraça, vejam lá se se aguentam.

Mais uma vez, passámos pelas filas maiores em direcção às minúsculas (poupámos cerca de 10 minutos, sem infringir coisa nenhuma; ou há pessoal que gosta de ficar na fila ou então é algum fenómeno sociológico que eu desconheço) e, este ano, entrei pela primeira vez de dia no estádio.
No ano passado, a última jornada também foi de dia e não deixou saudades; confesso que senti alguma superstição e temi assistir mais uma vez ao vivo ao adeus ao segundo lugar e à Champions.
Mas à chegada, tudo diferente. Desta vez havia público, frenesim, vontade de não repetir a escorregadela.

A homenagem da praxe e apito inicial. Primeira palavra para a monumental assobiadela ao Wender (curioso, ele ainda é jogador do Sporting e só não equipou de verde porque o recambiaram). A segunda para o Hugo a titular (grande exibição). A terceira para os aplausos e restante apoio incondicional ao Ricardo (o “peru” da semana passada foi à moda antiga, à medieval mesmo). E para o futebol.

Faltei a bastantes jogos este ano, mas diga-se que houve alguns muito, mas mesmo muito, muito, mal jogados. Por isso, quando vi o Caneira a subir com a bola controlada em tabelinhas com o Tello, com as jogadas a culminarem em centros bem medidos, pois que sim senhor, que assim vale a pena. É que aqui o irracional vai para férias bastante prolongadas e não queria levar como última recordação aquele futebol confuso e espartilhado de certas jornadas. Talvez tenha sido uma fase, a rapaziada andava desmoralizada, houve ali alturas em que o que importava era pontuar e não sofrer golos - mas desgasta a alma do adepto que no ano transacto apreciou o Rockemback, o Hugo Viana e o Pedro Barbosa a imporem futebol bonito (excepto a uns certos russos).

Público animado; isto vir à bola à tarde até tem piada, ânimo que o Bento conseguiu manter até final. A defesa estava impecável, e eh pá! Pára tudo! Tenho de dizer isto: o Hugo não só despachou quando foi preciso, como ainda teve um pormenor distintivo de alta classe ao, em plena marca de penalty, matar um cruzamento do Braga no peito, para o Ricardo apanhar tranquilo junto à linha de golo. O estádio correspondeu em apoteose; “Só eu sei!...”.

Mas dava jeito marcar, que só encher o olho... Vai daí, jogada que além de vistosa funcionou mesmo. Moutinho, titular em todos os jogos deste ano, da cantera, idolatrado pela massa associativa, tipo que parece jogar com o baralho todo, pô-la lá dentro: 1-0.
Festa rija, “SLB, SLB, ...”. Apesar do Benfas ter marcado, este assunto estava em vias de resolução; continuo a seguir em FM as outras contendas. A Naval sem marcar...

Entretanto, até se falham golos (Deivid e Liedson) e houve direito a uma data de livres potencialmente perigosos se o Carlos Martins não andasse às turras com o Bento. Mas o Paulo Santos parece ser mesmo bom guarda-redes, nunca se mostrou intimidado e transmitiu tranquilidade à defesa do Braga. Braga que parecia vir com ideias, sobretudo o Tomás, que bem que podia estar num dos “grandes”.

Intervalo, com um “Allez Sá Pinto” a vir das claques e tempo de balanços. Nada está resolvido, embora a Académica esteja a abusar da sorte; se o Fogaça marca, quem se lixa são os coimbrinhas.

Bem, e a segunda parte começa praticamente com um golo do Paços. Meus amigos, até os jogadores ficaram baralhados tal foi o estardalhaço dos festejos em Alvalade. Já não me lembro qual o “Leão” que estava com a bola, mas perdeu-a por se distrair com o chavascal: “E quem não salta é lampião” saído do peito, desabrido, ninguém estava quieto. Empataram o Benfas.

Ainda mais apoio à equipa, de cada vez que se voltava a jogar bonito. Eu estava um bocado dividido, até dava jeito o Paços descer, só para a Naval se manter. E não era o único, um dos habituais compinchas tinha-me confessado antes do início que até gostava que o Sporting ganhasse, claro, mas já agora por 2-1, que é a para a BetandWin lhe dar jeito (acho que ainda o vi de cachecol verde a torcer muito dissimuladamente pelo Braga – mas tudo bem, há umas semanas eu também tinha esperanças que este jogo fosse para decidir o título e me oferecessem 300 euros pela box à entrada).

O Hugo sai lesionado e outra estreia, dado que este acontecimento gerou preocupação nos adeptos do Sporting. Entra o Garcia.
Mais uma jogada perigosa, Paulo Santos fora da baliza e o Nem empurra o Nani. Árbitro e fiscal de linha fazem de conta que nada vêem, penalty por marcar e o clima festivo esfuma-se. Petardos, a caírem demasiado próximos do guarda-redes do Braga, caldo entornado num ápice, clima de tempestade...
Até que tudo volta a descontrair, 2º do Paços, retorno da apoteose festiva. Não resisti, contrariei a alergia que não me deixava sem espirrar 5 minutos e a valente dor de cabeça por no dia anterior me ter armado em samaritano durante 5 Km sem boné; alinhei na aeróbica, se ficasse sentado era lampião.
Como o clima era de festa, entra lá também tu, ó João Alves, até porque mais ou menos nessa altura a Naval marca (finalmente).

O Benfas a perder, a Naval na 1ª e o Sporting a jogar bonito. Apesar disso, ainda se ouviram alguns protestos (o tipo da rádio chegou a dizer que o fiscal de linha era cego).
Descontracção total, e o Douala (aonde esteve a alegria de jogar do ano passado, Camarão?) que este ano parece ter iniciado as férias antes da época acabar entrou, e até fez umas coisas.
Pouco antes de o jogo acabar e de se ouvir logo ali no estádio a música da Champions, tempo para o 3-1. Júnior, Paços 3 – Passarada 1.
O estádio despede-se da época 2005/2006 com um renovado “Allez Sá Pinto”. Tempo de voltar à minha boleia, e de ir ver o golos para casa; parece que o do Moretto vale a pena.
Quanto ao safanço da Naval , só espero não ouvir que é mais importante do que manter uma maternidade aberta na Figueira – o tema quente do fim de semana (e sobre o qual confesso ainda não ter opinião clara). Talvez os jogos da bola sejam capazes de mobilizar mais os “nossos
deputados, pois infindáveis razões devem eles ter para guardarem as suas sábias tomadas de posição e não proferirem declarações públicas aonde interessa.
Lx

PS – Foto do “Expresso”.

segunda-feira, maio 08, 2006

XXIXº...


Para os mais incautos o tipo na foto estará a prestar continência a algo invisível...
Na verdade está a pegar na sua fiel Canon, em posição vertical, compondo uma daquelas fotos que se revelam a seu tempo, sem pressas e com alguma surpresa.
O tipo na foto é o Jq e hoje é o seu aniversário...Parabéns, pá...

sábado, maio 06, 2006

JAF, o Repovoador...

...a autarca de Vila de Rei resolveu encomendar várias familias brasileiras, no total de 240 pessoas, para repovoar o seu desertificado munícipio.

Concordo com a ideia base, mas proponho outra hipótese de concretização em duas fases, a saber:
1º Mandam-se vir várias mulheres qualificadas brasileiras, cujo CV deve corresponder ao da figura abaixo.
2º O pessoal aqui trata de assegurar o repovoamento.

Eu voluntariava-me já, em nome do interesse nacional, claro.

Ps: chama-se Adriana Lima, e a foto faz parte da edição de 2005 do muito bom calendário Pirelli.

sexta-feira, maio 05, 2006

Lousã Geométrica...






Alguns anos depois, retorno aos trilhos da Lousã, desta vez à civil e com a máquina a tiracolo a ganhar protagonismo...

Paisagens noutra oportunidade...

quarta-feira, maio 03, 2006

Perdidas II

Maurícias

Chinese Garden of Friendship, Sydney


Seychelles

Eu, no meu escritório

Sydney

segunda-feira, maio 01, 2006

Perdidas I

Antsiranana, Madagascar

Safaga, Egipto

Roma, Itália


Siracusa, Itália



Roma, Itália