sexta-feira, abril 28, 2006

Sotão da Avó...







Móveis empoeirados e madeira empoeirada e televisores Telefunken.
Devo estar a ficar artista.

quinta-feira, abril 27, 2006

Volta ao Mundo

Marseille, Motril, Algeciras, Funchal, Barbados, St Lucia, Dominica, Pointe a Pitre, Martinique, Curaçao, Cartagena, San Blas, Panama Canal, Puntarenas (Costa Rica), Puerto Quetzal, Acapulco, Taiohae, Rangiroa, Papeete, Bora Bora, Samoa, Suva (Fiji), Vanuatu, Noumea, Cairns, Sydney, Melbourne, Adelaide, Fremantle, Port Louis, Madagascar, La Digue, Praslin, Port Victoria, Safaga, Sharm El Sheikh, Suez, Suez Canal, Heraklion, Katakolon, Siracusa, Napoli, Civitavecchia, Marseille.

Segue-se post com as fotos perdidas...

quarta-feira, abril 26, 2006

A poda do Meireles

Finalmente, depois de 20 tentativas, lá o consegui ver.
Começo a ficar fã deste Meireles; por um lado aprecio particularmente a fotografia do filme, por outro, diria que consegue ser lamechas sem o chegar a ser (qualquer coisa de subtil a transmitir sensualidade ou violência). Consta que também aqui o livro é melhor (explica melhor algumas passagens – eu confesso que alguns pormenores só à segunda mas, no meu caso, podem ser considerados vários outros factores, hehehe!).
Já agora, a banda sonora pareceu-me interessante. Será?
Lx

segunda-feira, abril 24, 2006

Linhagem Parte 2...

Os dois pares de bisavós paternos resgatados da casa da avó paterna para a era digital...

Só eu sei...

Comoção, tragédia, apocalipse, goleada. O Campeonato entra na fase decisiva, pelo que me abstive de ver as minhas duas equipas da superliga e fui alombar com mais uma sequência danosa de golos. Eventos importantes todos à mesma hora e, grande pena minha, tive de descartar a o ponto da Naval ao vivo. Neste, qualquer resultado seria bom, e se calhar o ponto ainda pode safar a Naval (se é que a Naval, sendo o que é hoje, tem alguma safa).

A equipa de ontem já nos tinha demonstrado as agruras da idade por duas vezes (uma em treino, outra a doer). “Special Ones”, chamam-se os catraios, indivíduos ainda salutares de pulmões e fígado, com corrida desafogada. Como diria um qualquer Luís Campos, “embora as vitórias morais não contem, tenho de dar uma palavra aos meus jogadores, que foram dignos dentro de campo”. Ou mesmo, num registo mais Carlos Brito, “Não discuto a justiça do resultado, e não foi pela arbitragem que perdemos, mas é inadmissível que um árbitro veja uma falta do outro lado do campo e não sancione o fora de jogo escandaloso que deu origem ao primeiro golo”.

Ainda em branco neste campeonato, depois se só ainda não ter jogado a guarda-redes (quando joguei a ponta de lança, estava a ser defendido pelo Bruno Caires; amiguinhos, hã?) desta vez não tive nenhuma oportunidade de facturar (nos três jogos anteriores, três perdidas imperdoáveis...). Curioso é que apesar de termos perdido pelos mesmos números da primeira volta, desta vez estivemos bastante melhor. Ao intervalo estava 1-0, e os petizes já estavam a ficar irrequietos. Mas demos o berro na segunda metade.

A luta pelo quarto lugar mantém-se, o que nos pode conferir direito à subida de divisão. O que já não volta é a forma de outros tempos. Uma boa desculpa são os comes e bebes desenfreados a que quatro titulares de ontem se entregaram no casório de sábado. Eu, pela minha parte, cometi ainda o pecado capital de não me ter negado um “puro”, interrompendo 2 anos, 10 meses e 9 dias de privação fumegante (apenas com quatro ligeiras incursões por cachimbos de água). Estava portanto, parafraseando Alves, Gabriel; “com um défice nos índices físicos”.

Eu já não gramava muito o Mourinho, a garotagem dizimou a réstia de simpatia que existia.
Lx

PS – Parece que houve aí um certo Holandês que, com o triplo do orçamento dos restantes, até ganhou um qualquer título a duas jornadas do fim. Se alguém o vir, faça o favor de lhe dar os meus parabéns. Não há nada como quebrar um enguiço de 30 anos, hehehe... parabéns FCP.

Campeões, carago!!!

sexta-feira, abril 21, 2006

Tenho é de aprender a receita

Dias há que me sinto Pulido Valente. Claro que não pelo talento, mas sim pela postura, “Está Sol, está, meus palermas! Não vão a correr comprar anoraques e deixem-se ficar na praia, que já vão ver como elas mordem…”.
Há pouco tempo, deixei-me de me$&#s, fui cobrar o “Hot Tube”. E sim senhor.
Num programa da televisão pública de há uns anos atrás, ouvi esta destrambelhada armar-se em psicóloga de opereta e recomendar a um concorrente que se sentisse bem com ele próprio nesse dia, lindo, porque momentos porreiros há poucos e, meu amor, se não alimentamos devidamente o ego quando podemos, ó querido, não aproveitamos nada.
O problema de uma boa notícia é que a partir daí vão surgir outras, boas ou más.
O “Hot Tube”, precedido de um “Between the sheets”, já nem estava no menu de Verão - e soube a ginjas.
Prometi-me outro, merecido ou não.
Lx

PS – Outras boas notícias.

Por esta altura, já se percebeu que eu publico fotos assim, porque sim senhor (ainda Dubrovnik).

Misticismos...


Há uns tempos estava uma pilha de 6 livros com leitura começada e não acabada na minha mesinha de cabeceira.

Não é bem uma mesinha de cabeceira, é uma prateleira basculante presa por dobradiças ao topo da minha cama. Deve servir para pousar fraldas ou algo assim. O quarto onde durmo tem mobília destinada a (e desenhada para) filhos.

Há uns tempos menos uma semana estava uma pilha de 6 livros menos 1 livro com leitura começada e não acabada na minha mesinha de cabeceira.

O primeiro que acabei de ler foi o último que comecei. È um romance pequeno, mas não foi isso, não...é que é sobre Moçambique. Chama-se “Lourenço Marques”, foi escrito pelo Francisco José Viegas e alimenta-se da nostalgia africana.

“Quando chegarem, sentem logo o cheiro da Mãe Terra. Quando partirem apenas vos reconforta a certeza de que vão voltar.” avisava um nativo de cor branca, na antecipação da aventura de 1999.”Misticismos”, pensei eu. Exagero...essa nostalgia africana.

Só lá estive 3 semanas, foi o suficiente para me apanharem. Mesmo numas 3 semanas em que a minha cabeça frequentemente voltava cá a casa...roubada pelos remorsos do ano de 1998/1999 perdido.

Fiquei com a doença, o tempo não a curou...sou nostálgico por África, Moçambique, terra de boa gente. Imagino que quem tenha lá nascido, ou vivido a vida importante lá, tenha levado bem pior com a enfermidade...colonialismo, neo ou não, à parte. Não...na verdade, não sou capaz de imaginar isso...

Acho que o bicho me mordeu por entre os putos das barracas de chapa do imenso bairro de lata Polana Caniço.


Os outros cinco marcadores perdem-se da página 5 à página 470. Há uma caçada de vampiros para terminar, há uma explicação económica freak da vida para dar, há uma sociedade egípcia contemporânea para transgredir, há uma guerra colonial para entender e há uma mulher da vida dele para encontrar...haja tempo.

Provérbio de lá: “Saúde é que interessa, o resto não tem pressa.”

quarta-feira, abril 19, 2006

Ou talvez não

Anda tudo entusiasmado com o novo casino. Comovido até. Já eu, sinto-me um pouco interrogativo.
Nestas coisas, quem se começa pelo discurso excessivamente moralista lixa-se, porque o jogo existe quer hajam casinos ou não. E vai daí, se calhar existe uma justiça redistributiva mais justa com um casino; eles são extremamente tributados, receitas que podem servir para que um Estado faça aquilo que tem a fazer (isto, claro, do ponto de vista de um não-neoliberal com complexos de esquerda, que ainda se atreve a sugerir que o Estado tem algumas funções).
Entrei poucas vezes nas salas de jogo tradicional (aquela das roletas, cartas e dados; em que cada aposta será, em teoria, mais elevada). Não sei porquê, achei aquilo doentio. As magnificas instalações, os ordenados do pessoal, a banda que tocava lá fora e as bebidas baratas estavam, na realidade, a ser pagos por aqueles senhores. A mim pareceram-me doentes, estavam a gastar mais que o meu ordenado em cada aposta de cada roleta (alguns jogavam em 4 roletas ao mesmo tempo), sendo que cada jogada deve demorar qualquer coisa como um minuto. As expressões não eram propriamente de felicidade, estavam assim mais com um ar de consumidos.
Depois estavam as slots cá fora. Estes também estavam a trabalhar bem. Segundo dizem os entendidos, o jogo tradicional tem vindo a perder adeptos para as slots (e também porque os registos de entrada e pagamentos são mais apertados e há pessoal um bocado alérgico a modernices). Vinha um artigo no “Público” num dos dias desta semana a explicar que as slots viciam mais. O vício, parece-me, pode ser entendido como um gasto excessivo que pões em risco a estabilidade económica de alguém.
Provavelmente sou quadrado e sei que o jogo existirá sempre. Mas, se calhar, defender acerrimamente um casino pelos benefícios que uma cidade irá ter, vir citar teorias de redistribuição “ad-hoc” sem ter em conta o outro lado da equação (o dinheiro privado que não vai para outras coisas, e se calhar até iria se não houvesse uma estrutura legítima e legal a vender o seu produto com o profissionalismo exigido) parece-me um bocadinho descomedido. Ao menos uma duvidazita, não?
(Entretanto, ainda estou a dever um jantar da última aposta que fiz e ando aqui mortinho por um “King”.)
Lx

quinta-feira, abril 13, 2006

Anonimatos...

Eu sei que disse e re-disse que não me importava se o blog era lido ou não...mas também não sou de ferro. Ainda há uns tempos assinalava humildemente a visita número cinco mil, congratulando-me com a média de catorze vírgula duas visitas diárias...agora estou a mudar de perspectiva.

No ano passado lá pelo fim do verão deu-se uma explosão bloguística entre os meus antigos colegas de copos, perdão, faculdade. Um dos seus expoentes máximos é pintado em tons de cor-de-rosa. A minha amiga autora do mesmo agradecia há uns tempos, de voz (escrita) embargada, a primeira milena de visitas e um pico diário de oitenta loads. É pá, prontos, um post dela nunca se fica por menos do que duas dezenas de comentários...

O que é que ela tem, para além da extrema capacidade de produzir texto com alto grau de “ó-que-queridismo” ou “lágrima-ao-canto-do-olhismo”, que nós aqui não temos?

Eu respondo. Essencialmente duas coisas:

1. Eu, pelos menos, falto um bocado aos treinos do desporto que se chama: ”tu comentas o meu, que eu clicko no teu”;

2. Nenhum de nós tem um pirralho...

É verdade meus amigos, ela tem um babyblog, hardcore por sinal. E aquilo é malha apertada, tipo máfia siciliana, tipo interesses político-partidários, vá lá.

Portanto, estando o problema enunciado, vamos em busca de soluções que catapultem o Fisterra para outro nível de interesse. Ora, começando pelos autores aqui do tasco que têm cara metade:

O Psil, o capitão. Ele tem uma vida bastante complicada...enquanto o seu local de trabalho se situar longe de terra firme, nomeada e concretamente no eixo entre as Caraíbas e Tonga, vai ser díficil. Se bem que quando desembarca por cá, a vontade, de nos resolver a crise, deve ser mais que muita...

O Jq, o membro iniciático. Esse também tem a vida complicada, mas primeiro temos que considerar a hipótese do rebento sair tão feio como o pai, o que exclui a sempre interessante vertente fotográfica. Segundo, não sei como é que a blogosfera puericultural iria reagir ao saber que a primeira palavra do cachopo tinha sido “P...P...Pilim”, que o puto rejeitava o Noddy e batia palmas à SIC Notícias e que, em vez da “Branca de neve...”, só adormecia com a leitura do Diário
Económico.

O Jaf, eu próprio, o gordo. Eu por acaso até tenho o relógio biológico a tocar. A mim falta-me um pequeno pormenor, uma mãe para o garoto. Mas prometo que, assim que a encontrar, devotar-me-ei, assim a minha hérnia discal na zona lombar o permita, de corpo e alma ao assunto...

Outra solução seria qualquer de nós adquirir habilidades literárias relevantes e ter algo de interessante para dizer. Mas, isso sim, é rebuscado e distante...Logo, fica aqui prometido como fez o Soares Franco, se este post não tiver mais de 1 comentário, eu faço como a Angelina: encomendo um puto cambodjano...

PS1: Não entendam isto como ataque ao babyblog. Se o fosse não passava lá de vez em quando para o ler.

PS2: Outros blogs de colegas de faculdade: o merecida e imensamente popular, pois é serviço público, o feminino e o feminino irritado.

terça-feira, abril 11, 2006

Oh, minha obsessão escarlate...

...a primeira vez que reparei em ti, foi na tua bela aventura japonesa, há um bom par de anos.

Muitas vezes escondo esse momento num canto, pois foi também nesse momento em que, pela primeira vez, entrelacei timidamente os meus dedos da minha mão esquerda nos dedos da mão direita de uma fase importante da minha vida que...agora recordo contrariado com tristeza, raiva e rancor...

Como diz o outro, um filme contigo é um bom filme e agora proclama-se pelo mundo inteiro que mais bela do que tu não existe...
Eu por mim, sou tentado a concordar...

segunda-feira, abril 10, 2006

Fim do sonho

Antes que insinuem que tenho mau perder, cá vai a minha breve versão dos factos da roub... da última jornada.
Ao sair de casa, o habitual movimento junto do comércio do condomínio lançava a sua laracha: “Porque é que leva isso, vizinho? Olhe que vai perder!” ou o “Grite por mim, temos de lhe ganhar!” - ainda hei-de sentir saudades disto.
Mais cedo, com sol, que em dias de jogos grandes convém não abusar da sorte; o bilhete dá para um sector que só acaba lá mesmo em cima.
O metro estava ainda mais repleto de verde, mais garrido, menos tímido. E nestas coisas, acho que convém referir o saudável, também os vi do Porto (mães com um filho em cada mão, um verde e outro azul, equipados a rigor). Apesar de se estar a adivinhar um clima de “cortar à faca”, ninguém quis alombar nos trip...ehh nos ladr...hmmm, nos adeptos do Porto.
Desta vez, com polaroid. Incautos, deixaram-na lá em casa.

Grande nervosismo antes do jogo. Levo sempre o “anti-depressivo” para os jogos grandes - mais para saber se posso sair sem preocupações do estádio – e isso não facilita o abrandamento do batimento cardíaco (desta vez foi muito útil para saber quem ainda não tinha apanhado amarelo).

Primeira explosão, quando anunciam a entrada do Ricardo para o aquecimento. Será o mesmo? È que a ovação foi monumental: “De falta de apoio não se vai poder queixar!”.

Passado pouco tempo (e sem anúncio) entram o Helton e o Baía. A claque do Porto rejubila, mas o que se sobrepõe no estádio é um “Baía / C$%?&! / Não vais à Selecção!”

A selecção musical é sempre cuidada nestes dias. Entre os comentários mais ou (muito) menos felizes dos speakers, lá saltam os vários êxitos do CD da Juve Leo (adaptações de Frank Sinatra, The Clash, etç - “uma equipa belíssima / uma curva fantástica, etç”). Antes do hino (“Viv’ó Sporting”), tempo ainda para um “Cheira bem! Cheira a Lisboa!” (prontamente coadjuvado pelo público) e para aquele memorável dueto entre Freddy Mercury e Montserrat Caballé em “Barcelona!”.

Anunciam a entrada do resto da equipa da casa para o aquecimento e o barulho é ensurdecedor. Deve ser um sonho entrar no relvado assim... se se jogar em casa.

Claro que assim que os “azuis” entraram, a coisa atirou um bocado mais para o vernáculo, ensaiaram-se os habituais gritos, complementados entre os topos: “Em cada tripeiro! / Há um panel#$&?!”

Recolha aos balneários e o nervosismo apertou forte. Homenageadas várias figuras do atletismo do Sporting, com palmas atrás de palmas, e o relógio a correr.
Entram as equipas, sem surpresas nos “onzes”. As coreografias são postas em prática. Parece incrível. Novamente o hino do Sporting e novamente o “Cheira a Lisboa!”

O resultado do sorteio foi o adequado, na segunda parte atacam para este lado.

Sai do Porto, que na primeira jogada consegue canto. Irritantes, os tipos. O Porto começa bem, embora daí não resulte nada. O Sporting demorou algum tempo a assentar o jogo. Claro que quando o fez, foi bonito, com o Carlos Martins a fazer jogadas que enchem um estádio. O Porto começa a encostar ligeiramente, mas nunca dá a posse de bola de barato e começam as entradas feias (dos dois lados). Foram várias, de onde estou não tenho repetições e sou extremamente influenciado pelo ambiente, mas não me parece que o árbitro tenha estado bem.
O amarelo ao Deivid soou a despropositado, alguns defesas do Porto precisaram de bem mais que isso, e só o viram na segunda parte. O amarelo ao Carlos Martins e ao Sá na primeira parte vinham complicar as contas. São ambos muito impetuosos e estava instalado um certo clima de distribuição de fruta.
O árbitro perdoa uma entrada do Bosingwa sobre o Liedson, lei da vantagem dada ao contra-ataque, não se mostra cartão na paragem seguinte. E a paragem seguinte foi um ajuste de contas do “Levezinho”; portanto, dois amarelos no bolso.
O Quaresma estava a ter muitas dificuldades em desequilibrar e começa também ele a perder a cabeça. Faz uma entrada muito feia e o público não lhe perdoa. Ferve-se em Alvalade...
Intervalo com direito a espectáculo de ginástica (por acaso, não costumo ligar um caracol a estas coisas, mas desta vez prenderam-me a atenção). Nani a aquecer, entram as equipas e ele já sem fato de treino, mas afinal parece que não. Bluff do Bento? (Directivo XXI: “O Vaticano tem o Bento XVI, nós o Bento 17”...).
Recomeça.
O Quaresma, o Carlos Martins e o Sá começam a forçar a disciplina. O Pepe e o Pedro Emanuel a abusar. De futebol, vê-se pouco.
Adriaanse não arrisca e tira o Quaresma, irritadíssimo, que por pouco não empurra o Reinaldo Teles quando este o tenta cumprimentar. O Bento tira o Carlos Martins (o Nani se aquecesse mais desfalecia). Duvido do futuro da contenda, a bola andava cá e lá, não percebia para que lado poderia cair o jogo.
Sobrou o , que assim que pôde, azimbrou mais uma e veio mesmo para a rua. Estamos com dez, e agora?
Bem o Bento não se mostra perturbado e a equipa não vacila. Continuam a tentar e o Nani começa a fazer misérias na defesa do Porto. Finalmente saem cartões para o Bosingwa e, como não fome que não dê em fartura, aquele abraço e banhinho mais cedo. Renasce a fé, “Só eu sei, porque não fico em casa!”.
Mas não rematamos, exigiam-se mais riscos.
Começa a aquecer o Bruno Alves e eu recupero algum ânimo. Quanto ao Rudolfo, ainda deve estar na mãe África, dali só saem suspiros da bancada.
Sai o Abel e entra o Koke (eu ainda hoje não percebi se o gajo presta ou não), três defesas e o resto lá na frente.
Mas contra-ataque e golo do Jorginho. Balde água fria, os adeptos do Porto gritam a bom gritar junto dos jogadores do Porto mais de minuto e meio, sem que ninguém veja amarelo. As claques do Sporting não desanimam e retomam logo os cânticos. Grande parte do público “desacredita”, abandonam o estádio.
Alterno entre o “anti-depressivo” ligado e desligado. O som do estádio vale mais a pena, mas sucedem-se lances duvidosos e não tenho repetições. Pede-se penalty (eu também sou capaz de ter dito qualquer coisa, hehehe!). Lá em baixo, os nervos falam mais alto, mas apesar disso há ainda um livre frontal.

Sem Carlos Martins, a bola bate na barreira e sai. Canto, sobe o Ricardo. Misto de esperança e conformismo na bancada. Também não resulta. Apesar do treinador, a festa é do Porto.
Lx

PS – outra visão da coisa.
As minhas desculpas pela má qualidade das fotos e pela extensão disto.

sexta-feira, abril 07, 2006

Seychelles



Depois de Madagascar (mau) e das Maurícias (bom), estive nas Seychelles (bom).
Agora rumo ao Egipto por águas não muito seguras...

segunda-feira, abril 03, 2006

Obrigado Cinema Português...

...sem a tua existência, eu nunca teria visto uma modelo deitada nas flores da campa recente do seu vizinho homossexual a rogar ao defunto noite fora:
"F$%&-me, F$%&-me!!!"
Pois é...ontem o filme no CAE foi o "Odete". O cinema português continua a testar os limites da minha pachorra e do meu estômago...não saí da sala porque estava cercado, mas houve quem saísse.
Não sou homofóbico, mas podia ter morrido sem ver visto a cena dum felatio numa sauna gay, que não perdia nada. Os cowboys comparados com isto são uma brincadeira.
Mas a náusea não vem do facto do filme conter relações homossexuais. Vem da história não ter pés nem cabeça. Vem da gratuitidade da efabulação dos sentimentos de perda (morte e maternidade). Vem da espiral psicótica em que as personagens principais caem e da qual nunca mais saem (o filme acaba sem que a história acabe). Vem de algumas cenas francamente mal representadas.
Salva-se a banda sonora, francamente boa. Salvam-se alguns planos muito bem filmados. Regista-se com agrado o nu da Ana Cristina Oliveira (isto nos filmes portugueses é sempre garantido)... mas como foi no ínicio não deu para acalmar os ânimos. Salvam-se também as pessoas na sala que às tantas reagiam aos diálogos e cenas mirabolantes com aquilo que mereciam: a risota geral!
Já achei mais piada à teoria de que um filme é bom quando provoca a reacções fortes, boas ou más, ou quando provoca a falta de consenso entre os que o viram. Também vou ter que rever o meu hábito de ir ao CAE sem ver que filme está em cartaz.
E acreditem, este nem sequer foi produzido pelo Paulo Branco...